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O Presidente da República no Navio Escola “Sagres”
           O Presidente da República no Navio Escola “Sagres”


               “Sagres” foi residência oficial do   Chegaram à Marina de
               Presidente da República no pe-  Flisvos no dia 12 de Agosto,
         A  ríodo de 11 a 15 de Agosto último,  e o navio foi a residência ofi-
         durante a visita que efectuou à Grécia,  cial do mais alto magistrado
         por ocasião do início do Jogos Olímpicos  da nação durante a curta es-
         de Atenas.                         tadia na Grécia, onde assistiu
           O Dr. Jorge Sampaio foi recebido pelo Al-  à abertura dos XXVIII Jogos
         mirante Chefe do Estado-Maior da Arma-  Olímpicos da era moderna.
         da, embarcando no porto de Argostolion,   A situação teve, natural-
         na ilha de Cefalónica.             mente, um particular signi-
           O navio partiu em direcção ao estreito  ficado para a Marinha e para
         Canal de Corinto. À entrada do canal em-  o navio, que se viu no cen-
         barcaram ainda o Dr. José Luís Arnaut, Mi-  tro das atenções públicas na
         nistro das Cidades, Administração Local,  qualidade de ex-libris nacio-
         Habitação e Desenvolvimento Regional,  nal acrescida pela presença
         o Emb. José Ramalho Ortigão, Embaixa-  do Dr. Jorge Sampaio e pelo
         dor de Portugal na Grécia, o Comandante  facto de tudo isto estar a ocor-
         Vicente de Moura, Presidente do Comité  rer no início dos Jogos Olím-
         Olímpico de Portugal e diversos órgãos  picos. A representação políti-
         de comunicação social. Esta travessia teve  ca portuguesa teve como sede
         uma particular emoção, com a guarnição  a Sagres e isso conferiu uma
         da Sagres a demonstrar a sua eficácia e mo-  importância extraordinária
         tivação, que mereceram o particular elogio  ao navio. O Chefe do Estado
         do Presidente da República.        Português estava ali embar-









                                                                               Chegada do Presidente da República ao NE “Sagres” em
                                                                               Argostolion.
                                                                               cado, e foi a partir dali que as suas acções
                                                                               foram observadas pelo mundo inteiro, num
                                                                               ambiente inerente ao carácter internacional
                                                                               e cosmopolita dos jogos.
                                                                                 Mas, para além da invulgar situação de
                                                                               ter o Presidente da República a bordo - fac-
                                                                               to que já aconteceu noutras circunstâncias,
                                                                               mas que nunca teve a notoriedade de ter
                                                                               ocorrido na abertura de uns Jogos Olím-
                                                                               picos – nesta altura decorria a viagem de
                                                                               instrução dos cadetes do 2º ano da Escola
                                                                               Naval, que puderam acrescentar uma expe-
                                                                               riência invulgar à sua própria formação. O
                                                                               convívio que tiveram com o Comandante
                                                                               Supremo das  Forças Armadas não é algo
                                                                               vulgar, e não pode deixar de ser um factor
                                                                               de motivação do empenho que colocaram
                                                                               em toda a viagem. Para além disso o Dr. Jor-
                                                                               ge Sampaio teve a visão clara dos objectivos
                                                                               da viagem que decorria e da importância
                                                                               que ela tinha para a formação de mar dos
                                                                               futuros oficiais. De forma que não deixou
                                                                               de inquirir sobre a sua vivência a bordo, os
                                                                               exercícios que efectuavam, o que pratica-
                                                                               vam e o que aprendiam, apreciando o seu
                                                                               carácter de jovens que aprendem e que que-
                                                                               rem ser Oficiais da Marinha
                                                                                                               Z
                                                                                                  J. Semedo de Matos
                                                                                                           CFR FZ
                                                                                REVISTA DA ARMADA U SETEMBRO/OUTUBRO 2004  7
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