Page 297 - Revista da Armada
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O Presidente da República no Navio Escola “Sagres”
O Presidente da República no Navio Escola “Sagres”
“Sagres” foi residência oficial do Chegaram à Marina de
Presidente da República no pe- Flisvos no dia 12 de Agosto,
A ríodo de 11 a 15 de Agosto último, e o navio foi a residência ofi-
durante a visita que efectuou à Grécia, cial do mais alto magistrado
por ocasião do início do Jogos Olímpicos da nação durante a curta es-
de Atenas. tadia na Grécia, onde assistiu
O Dr. Jorge Sampaio foi recebido pelo Al- à abertura dos XXVIII Jogos
mirante Chefe do Estado-Maior da Arma- Olímpicos da era moderna.
da, embarcando no porto de Argostolion, A situação teve, natural-
na ilha de Cefalónica. mente, um particular signi-
O navio partiu em direcção ao estreito ficado para a Marinha e para
Canal de Corinto. À entrada do canal em- o navio, que se viu no cen-
barcaram ainda o Dr. José Luís Arnaut, Mi- tro das atenções públicas na
nistro das Cidades, Administração Local, qualidade de ex-libris nacio-
Habitação e Desenvolvimento Regional, nal acrescida pela presença
o Emb. José Ramalho Ortigão, Embaixa- do Dr. Jorge Sampaio e pelo
dor de Portugal na Grécia, o Comandante facto de tudo isto estar a ocor-
Vicente de Moura, Presidente do Comité rer no início dos Jogos Olím-
Olímpico de Portugal e diversos órgãos picos. A representação políti-
de comunicação social. Esta travessia teve ca portuguesa teve como sede
uma particular emoção, com a guarnição a Sagres e isso conferiu uma
da Sagres a demonstrar a sua eficácia e mo- importância extraordinária
tivação, que mereceram o particular elogio ao navio. O Chefe do Estado
do Presidente da República. Português estava ali embar-
Chegada do Presidente da República ao NE “Sagres” em
Argostolion.
cado, e foi a partir dali que as suas acções
foram observadas pelo mundo inteiro, num
ambiente inerente ao carácter internacional
e cosmopolita dos jogos.
Mas, para além da invulgar situação de
ter o Presidente da República a bordo - fac-
to que já aconteceu noutras circunstâncias,
mas que nunca teve a notoriedade de ter
ocorrido na abertura de uns Jogos Olím-
picos – nesta altura decorria a viagem de
instrução dos cadetes do 2º ano da Escola
Naval, que puderam acrescentar uma expe-
riência invulgar à sua própria formação. O
convívio que tiveram com o Comandante
Supremo das Forças Armadas não é algo
vulgar, e não pode deixar de ser um factor
de motivação do empenho que colocaram
em toda a viagem. Para além disso o Dr. Jor-
ge Sampaio teve a visão clara dos objectivos
da viagem que decorria e da importância
que ela tinha para a formação de mar dos
futuros oficiais. De forma que não deixou
de inquirir sobre a sua vivência a bordo, os
exercícios que efectuavam, o que pratica-
vam e o que aprendiam, apreciando o seu
carácter de jovens que aprendem e que que-
rem ser Oficiais da Marinha
Z
J. Semedo de Matos
CFR FZ
REVISTA DA ARMADA U SETEMBRO/OUTUBRO 2004 7