Page 135 - Revista da Armada
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TOMADAS DE POSSE



                                      DIRECTOR DO MUSEU DE MARINHA
         ¬ Presidida pelo Calm Leiria Pin-                                              O CMG José António Rodrigues Pe-
         to, presidente da Comissão Cultu-  Foto Rui Salta                            reira entrou para a Escola Naval, e foi
         ral da Marinha, em representação                                             promovido a G/M em JAN70.
         do Chefe do Estado-Maior da Ar-                                                Desde muito novo que se dedica à his-
         mada, realizou-se no passado dia                                             tória marítima e a navegação. Em 1969,
                                                                                      ainda cadete, foi agraciado com o Prémio
         7 de Fevereiro, no Pavilhão das                                              Almirante Augusto Osório dos Anais do
         Galeotas do Museu de Marinha, a                                              Clube Militar Naval com um conjunto
         tomada de posse do novo Director                                             de artigos sobre a “História da Marinha
         daquele museu.                                                               Portuguesa” e participou na Sessão So-
                                                                                      lene Comemorativa do V Centenário do
           Na cerimónia, estiveram pre-                                               Nascimento de Vasco da Gama. Espe-
         sentes para além dos elementos                                               cializou-se em Electrotecnia concluiu o
         da guarnição do Museu, cerca de                                              segundo CGNG o curso conducente ao
         meia centena de convidados, entre                                            Mestrado em Estratégia no Instituto Su-
         eles os almirantes Andrade e Sil-                                            perior de Ciências Sociais e Políticas da
                                                                                      Universidade Técnica de Lisboa nos anos
         va e Vieira Matias e o ex-director                                           lectivos de 1988/90.
         CMG Martins e Silva.                            Prestou serviço em diversas UN’s, algumas em zona de conflito, salientando-se os em-
           O CMG Beça Gil, Director cessante, usou da palavra   barques nos NRP “Porto Santo” e “Boavista” nos Açores, NRP “Jacinto Cândido” em Mo-
         para referir o que foi a actividade do museu nos cerca   çambique, NRP “Afonso Cerqueira” em Timor. Foi imediato dos NE’s “Vega”, “Polar”, e
                                                       do NRP “São Miguel” durante a Guerra do Golfo, participando nas operações de embargo
         de 6 anos em que desempenhou aquele cargo.    ao Iraque decretadas pela ONU.
           Seguidamente procedeu-se à leitura da Ordem de   Desempenhou os cargos de comandante dos NRP “Zaire” e NE Polar. Foi professor
         Dia à Unidade em que era nomeado seu Director o   efectivo da EN, da cadeira de História Naval, de 1982 a 1990.
         CMG Rodrigues Pereira, que a seguir usou da palavra   Esteve colocado no Departamento de Relações Bilaterais da Direcção Geral de Políti-
                                                       ca de Defesa Nacional, desempenhou os cargos de Capitão do Porto de Aveiro, Chefe do
         referindo-se à necessidade de continuar o esforço para
                                                       Gabinete do SSP e Secretário da Comissão Cultural da Marinha.
         modernizar, dinamizar e divulgar o Museu.       Proferiu diversas conferências sobre temas de História e Estratégia em diferentes ins-
           A terminar o CALM Leiria Pinto usou da palavra   tituições e organismos no país e no estrangeiro. Tem publicados mais de meia centena de
         para se referir às funções já desempenhadas pelos   trabalhos sobre aquelas matérias, alguns em publicações estrangeiras. Publicou em NOV04
                                                       o livro “Wenceslau de Moraes, o Marinheiro e a Armada do Seu Tempo”, em MAI05 “For-
         dois oficiais sob a sua direcção, desejando a ambos os
                                                       talezas Marítimas da Figueira da Foz” e em 2005 os 2 volumes das Campanhas Navais
         maiores sucessos na nova fase da vida que cada um   Portuguesas (1793-1823) da colecção Batalhas de Portugal.
         iria iniciar.                                   É membro efectivo da Classe de História Marítima da Academia de Marinha e membro
           Seguiu-se a habitual sessão de cumprimentos ao   da Comissão de Estudos Corte-Real da Sociedade de Geografia de Lisboa.
         empossado.                                      Foi agraciado com diversos louvores e condecorações.


                                         CHEFE DA BANDA DA ARMADA

         ¬ Em 20 de Dezembro                                                O Maestro CFR MUS Carlos da Silva Ribeiro nasceu em
         de 2006 o CFR MUS Car-                                           Santa Maria de Bouro, Amares, tendo vivido a sua infância
         los da Silva Ribeiro assu-                                       em Vidago.
                                                                            Ingressou na Banda da Armada em 1971, após concurso na-
         miu as funções de Chefe                                          cional, onde desenvolveu a sua carreira como executante solista
         da Banda da Armada.                                              de Saxofone Alto, tendo-se apresentando várias vezes como con-
           O acto decorreu no fi-                                          certista, até ascender a Maestro Oficial Músico da Armada.
         nal do concerto de Natal                                           Paralelamente prosseguiu e concluiu a sua formação Mili-
         da DSP, nas instalações                                          tar/Académica/Artística, fazendo os cursos do Conservató-
         da Banda da Armada no                                            rio Nacional: complementar de Saxofone, Acústica, História
                                                                          da Música e Superior de Composição, assim como os Estágios
         “Quartel dos Marinhei-                                           Tecniconavais inerentes ao desenvolvimento da carreira.
         ros” em Alcântara e foi                                            Em 1983 frequentou o 1º curso de Direcção de Orquestra
         presidido pelo CALM                                              promovido pela Associação Portuguesa de Educação Musical
         Eurico Fernando Correia                                          e patrocinado pelo Conselho de Música da Alemanha Federal
                                                                          no qual foi leccionado pelo maestro Hans Herbert Joris.
         Gonçalves, Direc-                                                  Integrou como executante as várias orquestras sinfónicas de
         tor do Serviço de                                                Lisboa ( Gulbenkian, Emissora Nacional ( Sinfónica e Ligeira
         Pessoal, tendo as-                                    e S. Carlos), alguns grupos de Câmara no âmbito do Conservatório Nacional e
         sistido os Oficiais,                                   ainda outros grupos de Música Ligeira, destacando-se neste âmbito a digressão
         Sargentos, Praças                                     que em 1974 realizou ao Canadá e aos estados Unidos da América, onde a par
                                                               de espectáculos realizados em várias cidades participou em programas de tele-
         e Civis da DSP, fa-  Batuta do Maestro António Maria Chéu.  visão em Toronto e Nova Iorque.
         miliares e amigos                                      Tem dividido a sua actividade no meio civil pela Direcção de Bandas, Coros
         que assistiram ao Concerto e ainda um vasto número de milita-  e pelo ensino da Música.
                                                                É autor de algumas composições ligeiras inéditas com edição discográfica e
         res músicos na Reserva e na Reforma, que se deslocaram aquelas   arranjos para Banda e pequenos agrupamentos.
         Instalações afim de participarem no evento.             Pela especificidade da classe de Músico da Armada exerce funções na Banda da
           A passagem de testemunho realizou-se através da entrega   Armada desde que foi incorporado na Marinha, e nos últimos 18 anos como Subche-
         “simbólica” da “Batuta”, legada à Banda da Armada por um   fe da Banda, dirigiu-a em inúmeros Concertos, Cerimónias Militares e Protocolares,
         neto, ainda vivo,  do ex-Chefe da Banda Maestro António Maria   tendo participado em toda a actividade da Banda, no país e no estrangeiro.
                                                                Ao longo da sua carreira foi agraciado com vários louvores individuais e colecti-
         Chéu com gravação em prata datada de 04 de Setembro de 1910   vos e com a Medalha de Mérito Militar e a de Comportamento exemplar (ouro).
         ao novo Maestro.
                                                                                        REVISTA DA ARMADA U ABRIL 2006  25
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