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Novos “Radiolinks” ao serviço da Marinha
          Novos “Radiolinks” ao serviço da Marinha



               Marinha, para cumprir as mis-  RCM e já há navios com a infra-estrutu-  para 20Mbps;
               sões que lhe estão atribuídas, ne-  ra de rede de bordo preparada para se  UÊÊ Õ̜“>̈â>XKœÊ`>Êi݇ , Ê*œÀ̜Ê->˜Ìœ]Ê
         A  cessita de efectivas capacidades   ligarem a 1Gbps a esta rede;      cujos  locais de transmissão e de recep-
         de Comando e Controlo (C2), praticáveis  UÊÊ œ>LœÀ>XKœÊ˜>ʈ“«i“i˜Ì>XKœÊ`œÃÊÛ?-  ção passaram a ser comandados remo-
         em situações de paz, crise ou conflito e   rios projectos SICOM relacionados com   tamente do Centro de Comunicações da
         adaptadas à estrutura da organização, ao   a Marinha, nomeadamente os novos   Madeira (CCMA);
         dispositivo de forças e aos conceitos ope-  Feixes Hertzianos do Anel SW, o novo  UÊÊ ˆ}À>XKœÊ`>ÊÀi`iÊ`iÊÌiÀ“ˆ˜>ˆÃÊ   -Ê
         racionais. Quando se fala de “comando e   Anel de Lisboa e vários Radiolinks Pon-  de ligações RDIS para ligações IP sobre
         controlo”, há tendência para se pensar em   to a Ponto;                 a RCM;
         computadores ligados, circuitos de comu-  UÊÊ Àˆ>XKœÊ`œÊ`œ“‰˜ˆœÊº“>Àˆ˜…>°«Ì»]ÊÀi-  UÊÊ œ`iÀ˜ˆâ>XKœÊ`>Ê,i`iÊ/iiv˜ˆV>Ê`>Ê
         nicação sofisticados, satélites inteligentes,   gistando todos os recursos de rede num   Marinha iniciando-se a substituição da
         etc. O que é verdadeiramente importante é   serviço de directório global único da   rede tradicional por novos telefones IP
         que um comandante e o seu staff tenham a   Marinha;                     que comunicam sobre a RCM;
         todo o momento a capacidade para empre-  UÊÊ œ`iÀ˜ˆâ>XKœÊ`œÊ˜Ê`iʏˆ}>XKœÊ`>Ê >-  UÊÊ/iÃÌiÃÊ`iÊVœ˜iV̈ۈ`>`iÊ *ÊÜLÀiÊ  ]ÊLi“Ê
         garem os meios disponíveis potenciando    rinha à Internet, que durante este pe-  sucedidos, usando os protótipos dos no-
         a sua capacidade de intervenção num de-  ríodo de três anos passou de 512Kbps   vos transreceptores HF.
         terminado teatro de operações, de maior
         ou menor escala. Para que tal seja possível
         é necessário que exista uma infra-estrutu-
         ra de comunicações capaz de manter em
         rede todos os recursos disponíveis, sejam
         eles materiais ou humanos. Neste sentido,
         é preciso que a própria organização de um
         Órgão ou de uma Unidade seja orientada
         por forma a potenciar a Capacidade de
         Comando e Controlo através de todos os
         meios que permitam o eficaz uso da infor-
         mação necessária ao sucesso do cumpri-
         mento da missão.
           Foi com este espírito que se iniciou há
         três anos a modernização da Rede de Co-
         municação da Marinha (RCM), a par do
         projecto de Modernização e Automatiza-
         ção das Estações Radionavais (GP-RAD-
         NAV). Sob a designação de Modernização
         da RCM desenvolveram-se vários projec-
         tos todos eles contribuindo para um ob-
         jectivo bem mais ambicioso que é colocar
         a Marinha a funcionar em rede.
           De entre os vários projectos desenvol-
         vidos autonomamente pela DITIC, ou em
         estreita colaboração com o EMGFA-DICSI,
         salientam-se os seguintes:
         UÊÊ ˜ÃÌ>>XKœÊœÕʓœ`iÀ˜ˆâ>XKœÊ`iÊՓ>ÊVi˜-
          tena de redes locais da Marinha. Estas
          novas redes são estruturadas suportan-
          do voz e dados. Salienta-se, por exem-
          plo, a ETNA e a Base de Fuzileiros;
         UÊÊ*>˜i>“i˜ÌœÊiʈ“«i“i˜Ì>XKœÊ`œÊ«Àœ-
          jecto MAN ALFEITE, que permitiu in-
          terligar em rede todas as unidades da
          BNL. Foi finalmente possível ligar todas
          as unidades da BNL numa rede única em
          fibra óptica;
         UÊÊ*>˜i>“i˜ÌœÊiʈ“«i“i˜Ì>XKœÊ`œÊ«Àœ-
          jecto MAN LISBOA, que permitiu ligar a
          1Gbps o IH, a DSP, o ISNG e futuramente
          o HM e LTX de Monsanto;
         UÊÊ*>˜i>“i˜ÌœÊiʈ˜‰VˆœÊ`>ÊiÝiVÕXKœÊ`œÊ
          projecto “In-Port Communications”, que
          visa permitir a ligação dos navios nacio-
          nais e aliados em dois portos nacionais.
          Nesta fase do projecto estão já activos
          na Estação Naval 37 pontos de acesso à   Fig.1 – Rede de transmissão do SICOM e Ramos no Continente.

         10  MAIO 2006 U REVISTA DA ARMADA
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