Page 156 - Revista da Armada
P. 156
Novos “Radiolinks” ao serviço da Marinha
Novos “Radiolinks” ao serviço da Marinha
Marinha, para cumprir as mis- RCM e já há navios com a infra-estrutu- para 20Mbps;
sões que lhe estão atribuídas, ne- ra de rede de bordo preparada para se UÊÊ ÕÌ>Ìâ>XKÊ`>ÊiÝ , Ê*ÀÌÊ->Ì]Ê
A cessita de efectivas capacidades ligarem a 1Gbps a esta rede; cujos locais de transmissão e de recep-
de Comando e Controlo (C2), praticáveis UÊÊ >LÀ>XKÊ>Ê«iiÌ>XKÊ`ÃÊÛ?- ção passaram a ser comandados remo-
em situações de paz, crise ou conflito e rios projectos SICOM relacionados com tamente do Centro de Comunicações da
adaptadas à estrutura da organização, ao a Marinha, nomeadamente os novos Madeira (CCMA);
dispositivo de forças e aos conceitos ope- Feixes Hertzianos do Anel SW, o novo UÊÊ }À>XKÊ`>ÊÀi`iÊ`iÊÌiÀ>ÃÊ -Ê
racionais. Quando se fala de “comando e Anel de Lisboa e vários Radiolinks Pon- de ligações RDIS para ligações IP sobre
controlo”, há tendência para se pensar em to a Ponto; a RCM;
computadores ligados, circuitos de comu- UÊÊ À>XKÊ`Ê`ʺ>À
>°«Ì»]ÊÀi- UÊÊ `iÀâ>XKÊ`>Ê,i`iÊ/iivV>Ê`>Ê
nicação sofisticados, satélites inteligentes, gistando todos os recursos de rede num Marinha iniciando-se a substituição da
etc. O que é verdadeiramente importante é serviço de directório global único da rede tradicional por novos telefones IP
que um comandante e o seu staff tenham a Marinha; que comunicam sobre a RCM;
todo o momento a capacidade para empre- UÊÊ `iÀâ>XKÊ`ÊÊ`iÊ}>XKÊ`>Ê >- UÊÊ/iÃÌiÃÊ`iÊViVÌÛ`>`iÊ *ÊÃLÀiÊ ]ÊLiÊ
garem os meios disponíveis potenciando rinha à Internet, que durante este pe- sucedidos, usando os protótipos dos no-
a sua capacidade de intervenção num de- ríodo de três anos passou de 512Kbps vos transreceptores HF.
terminado teatro de operações, de maior
ou menor escala. Para que tal seja possível
é necessário que exista uma infra-estrutu-
ra de comunicações capaz de manter em
rede todos os recursos disponíveis, sejam
eles materiais ou humanos. Neste sentido,
é preciso que a própria organização de um
Órgão ou de uma Unidade seja orientada
por forma a potenciar a Capacidade de
Comando e Controlo através de todos os
meios que permitam o eficaz uso da infor-
mação necessária ao sucesso do cumpri-
mento da missão.
Foi com este espírito que se iniciou há
três anos a modernização da Rede de Co-
municação da Marinha (RCM), a par do
projecto de Modernização e Automatiza-
ção das Estações Radionavais (GP-RAD-
NAV). Sob a designação de Modernização
da RCM desenvolveram-se vários projec-
tos todos eles contribuindo para um ob-
jectivo bem mais ambicioso que é colocar
a Marinha a funcionar em rede.
De entre os vários projectos desenvol-
vidos autonomamente pela DITIC, ou em
estreita colaboração com o EMGFA-DICSI,
salientam-se os seguintes:
UÊÊ ÃÌ>>XKÊÕÊ`iÀâ>XKÊ`iÊÕ>ÊVi-
tena de redes locais da Marinha. Estas
novas redes são estruturadas suportan-
do voz e dados. Salienta-se, por exem-
plo, a ETNA e a Base de Fuzileiros;
UÊÊ*>i>iÌÊiÊ«iiÌ>XKÊ`Ê«À-
jecto MAN ALFEITE, que permitiu in-
terligar em rede todas as unidades da
BNL. Foi finalmente possível ligar todas
as unidades da BNL numa rede única em
fibra óptica;
UÊÊ*>i>iÌÊiÊ«iiÌ>XKÊ`Ê«À-
jecto MAN LISBOA, que permitiu ligar a
1Gbps o IH, a DSP, o ISNG e futuramente
o HM e LTX de Monsanto;
UÊÊ*>i>iÌÊiÊVÊ`>ÊiÝiVÕXKÊ`Ê
projecto “In-Port Communications”, que
visa permitir a ligação dos navios nacio-
nais e aliados em dois portos nacionais.
Nesta fase do projecto estão já activos
na Estação Naval 37 pontos de acesso à Fig.1 – Rede de transmissão do SICOM e Ramos no Continente.
10 MAIO 2006 U REVISTA DA ARMADA