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BIOGRAFIA DO PROF. DR. ANÍBAL CAVACO SILVA
• Professor Catedrático da Universidade • Prémio “Joseph Bech” (1991) pela con-
Católica Portuguesa. tribuição para a construção europeia; “Fre-
• Licenciado em Economia pela Universi- edom Prize” da Fundação Schmidheiny
dade Técnica de Lisboa (1964). (1995) pela acção como político e econo-
• Ph.D. em Economia pela Universidade mista; Prémio “Carl Bertelsmann” da Fun-
de York, Inglaterra (1973). dação Bertelsmann (1995) pelos resultados
• Doutor “Honoris Causa” pelas Universi- conseguidos por Portugal no combate ao
dade de York (1993) e da Coruña (1996). desemprego.
• Primeiro-Ministro de Portugal de No- • Membro da Sociedade Científica da
vembro de 1985 a Novembro de 1995. Universidade Católica Portuguesa e do
• Ministro das Finanças e do Plano (1980). Instituto Internacional de Finanças Pú-
• Presidente do Conselho Nacional do Pla- blicas.
no (1981-1984). • Membro da Real Academia de Ciên-
• Presidente do Partido Social Democrata cias Morais e Políticas, Espanha.
de Maio de 1985 a Fevereiro de 1995. • Membro do Clube de Madrid para a
• Investigador da Fundação Calouste Gul- Transição e Consolidação Democrática, e
benkian (1966-1977). da “Global Leadership Foundation”.
• Professor do Instituto Superior de Ciên- • Autor de vários livros (“Economic
cias Económicas e Financeiras (1966- 1978) e Effects of Public Debt”, “Finanças Públi-
da Faculdade de Economia da Universidade cas e Política Macroeconómica”, “As Re-
Nova de Lisboa (1978- 2001). formas da Década”, “Portugal e a Moe-
• Director do Departamento de Estatísticas da Única”, “União Monetária Europeia”,
e Estudos Económicos do Banco de Portugal “Autobiografia Política”, entre outros) e
(1977-1985). numerosos artigos nos domínios da eco-
• Consultor do Banco de Portugal nomia, finanças, relações internacionais
(1996 -2004). e políticas.
• Director da revista “Economia” da Uni- • Eleito Presidente da República de Por-
versidade Católica Portuguesa (1977- 1985) tugal em 22.01.06.
Comemorações do 10 de Junho
Comemorações do 10 de Junho
ealizaram-se no Porto as cerimónias E, entre eles, estão também e naturalmente eminentemente nacional da Instituição Mili-
alusivas à Comemoração do Dia de os portugueses em uniforme, os que por fei- tar e manifestar-lhe perante os portugueses
RPortugal, de Camões e das Comuni- tos militares se cobriram de glória e os que e a mais alta hierarquia do Estado, neste dia
dades Portuguesas. se distinguiram e prestaram relevantes ser- maior da Portugalidade, o reconhecimento e
O Presidente da República presidiu na ma- viços ao País no campo da ciência, das artes profundo respeito pela acção desenvolvida
nhã do dia 10 de Junho à Cerimónia Militar e das letras. ao longo de séculos na defesa da nossa sobe-
durante a qual proferiu o importante rania, pelo seu notável apego aos mais
discurso que a seguir se transcreve na nobres ideais de serviço ao País e pela
íntegra. excelência do seu desempenho.
A História das Forças Armadas con-
“Comemora-se hoje no País, e em di- funde-se e é indisso ciável da História
versas partes do Mundo onde existem de Portugal.
núcleos de portugueses, o Dia de Por- Foi assim na fundação do Reino, no
tugal, de Camões e das Comunidades período da sua expansão e na epopeia
Portuguesas. dos Descobrimentos. Foi assim nas
É um marco de reencontro de Portu- Campanhas da Restauração, no em-
gal com a sua história, com os valores penhamento de sacrifício na Primeira
e tradições que enformam a alma e o Guerra Mundial, nos campos da Flan-
sentir português. É uma celebração da dres, e no enorme esforço desenvolvi-
cultura portuguesa, porque é a cultura do na guerra em África.
que marca de forma impressiva o ca- Foi assim no envolvimento das nos-
rácter e a identidade de um povo. Sendo esta data também de homenagem ao sas Forças Armadas no processo que, em 25
Mas é acima de tudo um sinal da nossa de- mais insigne dos nossos poetas - Luís Vaz de de Abril de 1974 e depois em 25 de Novembro
terminação como Povo. Da nossa vontade Camões – que, para além de nos ter legado o de 1975, trouxe a Portugal a democracia, a li-
inabalável de continuar Portugal soberano e maior poema épico até hoje escrito em língua berdade, o Estado de Direito, o respeito da co-
independente, da confiança no nosso devir co- portuguesa, foi ele próprio um militar de ele- munidade internacional e a plena integração
lectivo, da nossa vontade de construir um País vado sentido patriótico, entendi adequado e no espaço europeu a que pertencemos.
cada vez mais justo e mais próspero, protago- de inteira justiça que a realização desta ceri- Foi um caminho árduo de sacrifícios, de
nista activo e credível na cena internacional. mónia constituísse um dos momentos altos bravura e de luta vitoriosa do povo portu-
Comemorar é também celebrar os nossos destas comemorações. guês, um caminho de sucesso na luta pela
melhores, a excelência e a magnitude da sua Quero assim sublinhar, como Comandan- independência e pela consolidação das fron-
obra, a nobreza e dignidade do seu carácter. te Supremo das Forças Armadas, o carácter teiras de Portugal, fronteiras cuja estabilidade
8 JULHO 2006 U REVISTA DA ARMADA