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SWORDFISH 2006
                                SWORDFISH 2006

         O                                                                     padrões de prontidão operacional num con-
               exercício bienal SWORDFISH 2006,  D’Eça”, NRP “Andrómeda”, NRP “Centauro”,  pantes, a fim de garantir a manutenção dos
               conduzido pelo Comando Naval (CTF  NRP “Pégaso”, NRP “Argos”, NRP “Barracu-
               443), decorreu entre 02 e 12 de Maio  da²”, SPS “Galerna²”, NRP “D. Carlos”, NRP  junto muito variado de disciplinas da guerra
         de 2006, na costa ocidental portuguesa, nas  “Auriga”, foram desempenhando diferentes  clássica, até a operações de resposta a crises,
         áreas de exercício nacionais, entre os parale-  tarefas ao longo do exercício, a maior parte  projecção de força, culminando numa PSO-
         los de Lisboa e Sagres, constituindo                                          HA, habilitando-as ao cumprimen-
         um dos eventos militares mais im-  “Boarding Team”                            to das missões atribuídas à Marinha
         portantes a nível nacional.                                                   e à sua integração em grupos de
           Este exercício tinha como cená-                                             tarefa combinados, permitiu tam-
         rio, uma ilha, Lusolândia, com dois                                           bém, reforçar a interoperabilidade
         países Brownland e Greenland, en-                                             e coesão a nível de Força Naval.
         volvidos em conflito, em que o pri-                                              Para a concretização destes ob-
         meiro através do apoio a milícias                                             jectivos, concorriam diversos exer-
         tem desenvolvido acções terroris-                                             cícios seriados (1ª fase-CET), de
         tas, tendo como objectivo conduzir                                            complexidade crescente, que con-
         à anexação do segundo, edificando                                              feriram às unidades participantes,
         um novo país, a grande Lusolândia.                                            para além de um treino próprio bas-
         Uma facção do exército de Green-                                              tante profícuo, a possibilidade de
         land, denominada Junta Militar, e                                             treino integrado numa Força Naval
         apoiada pelas forças armadas de                                               (2ª fase/3ª fase- FIT/TACEX), repre-
         Brownland, concretizou uma ope-                                               sentando neste caso a mais valia em
         ração no sul do país, assumindo o                                             termos de objectivo genérico.
         controlo de uma parte do território,   Assalto                                  Destacam-se, entre outros, os
         com vista a estabelecer um novo                                               exercícios HULKEX e o salto de
         governo e reforçar a ligação de Gre-                                          pára-quedas do DAE. O primeiro
         enland a Brownland. Por resolução                                             consistiu no disparo de misséis NSS
         das Nações Unidas, Portugal foi                                               e Standard, em modo superfície,
         mandatado para liderar uma Força                                              respectivamente, pelos NRP “Vas-
         de Coligação Multinacional, e con-                                            co da Gama”, FGS “Mecklenburg
         duzir uma operação de embargo de                                              Vopormen”, e SPS “Canárias”, con-
         armas a Brownland, executar uma                                               tra uma alvo de superfície (ex-NRP
         CRO/PSO-HA, a fim de garantir a                                                “Limpopo”), tendo resultado o seu
         paz e a segurança na região, resta-                                           afundamento. No segundo, o DAE
         belecer as fronteiras em Greenland                                            efectuou um salto de pára-quedas
         e criar as condições adequadas para                                           para um ponto de reunião no mar,
         a transferência para as FoF.                                                  sendo recolhido pelo NRP “Barra-
           Neste exercício participaram 25                                             cuda”, e transportado para uma po-
         unidades navais de oito países, di-                                           sição, a partir da qual, foi efectuada
         vididas na sua maioria, em três gru-                                          a sua projecção para terra.
         pos de tarefa: Grupo de Tarefa An-                                              No último dia de exercício, a
         fíbia, TG 443.01, comandada pelo                                              TG 443.01, com a participação
         CMG Pereira da Cunha e composta                                  Tiro 100 mm  de aeronaves Alpha-Jet da Força
         pelos NRP “Corte Real” (navio-che-                                            Aérea Portuguesa, efectuou uma
         fe, com um helicóptero Lynx), FGS                                             Demonstração Naval dirigida aos
         “Hessen¹”, TCG “Gokeada”, HMS                                                 auditores do Curso de Defesa Na-
         “Sutherland”, NRP “João Roby”,                                                cional e aos Adidos de Defesa acre-
         NRP “Baptista de Andrade”, NRP                                                ditados em Portugal, tendo execu-
         “Bérrio”, e ainda o BLD, o DAE,                                               tado um conjunto de exercícios
         e o DMS2; Grupo de Tarefa de                                                  padrão no âmbito das operações
         Operações de Interdição Maríti-                                               de interdição, protecção de força,
         ma (SNMG1) TG 443.02, coman-                                                  reabastecimento no mar, e projec-
         dada pelo Comodoro CAN Denis                             Disparo Míssil NSS VDG  ção anfíbia.
         Rouleau, e composta pelos HMCS                                                  Em síntese, o SWORDFISH
         “Athabaskan” (navio-chefe, com um helicóp-  das quais constituindo-se como forças opo-  2006, apesar da indisponibilidade inopina-
         tero Seaking), o NRP “Vasco da Gama” (com  sitoras. Participaram também, aeronaves P3-P  da de submarinos, contribuiu para o adestra-
         um helicóptero Lynx), o FGS “Mecklenburg Vo-  Orion, F-16, Alpha-Jet, SA330 Puma, FTB337,  mento das unidades navais participantes, nas
         pormen”, USS “Simpson” (com um helicópte-  Allouette III da Força Aérea Portuguesa, um SP  diferentes disciplinas da guerra no mar, em
         ro LampsIII), RFA “Orangeleaf”; e o Grupo de  P3M, um CAN CP 140, Mitsubishi MU-2 de  ambiente litoral, operações CRO/PSO-HA, e
         Tarefa Anti Submarino (EUROMARFOR) TG  nacionalidade sueca contratada para reboque  fundamentalmente, para a sua integração e
         443.03, activada para este período, comanda-  de um alvo específico, indispensável à exe-  treino ao nível de Força Naval.
         da pelo CMG SPN Martinez Avial, e compos-  cução de exercícios de tiro anti-aéreo, e ain-             Z
         ta pelos SPS “Canárias”, FS “La Motte Piquet”  da uma unidade móbil de guerra electrónica   (Colaboração do Comando Naval)
         (com um helicóptero Lynx), e o NRP “Sacadu-  TRACSVAN.                Notas:
         ra Cabral”. As restantes unidades, NRP “João   Este exercício, tendo como objectivo gené-  ¹ Abandonou o exercício por avaria em 03 de Maio
         Belo”, NRP “João Coutinho”, NRP “Pereira  rico, proporcionar treino às unidades partici-  ² Abandonaram o exercício por avaria.
                                                                                       REVISTA DA ARMADA U JULHO 2006  11
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