Page 249 - Revista da Armada
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de dificulades). Devemos recorrer porque lentamente. Saiu da ventilação e acabou, por dos os que labutam na sombra, todos os que
achamos que estamos a ser injustiçados e esta vez, por ter alta. Enquanto esteve no hos- sofrem num qualquer leito de hospital, têm
porque – tenho-o dito recorrentemente – a pital, ajudou muitos à sua volta e espalhou um remédio, uma libertação….
sede de justiça é um dos grandes motores do confiança e boa disposição. Vou continuar a tentar definir o meu ca-
sentir humano. Nas semanas em que convivi com este minho, a minha própria fé. Assim farão to-
Este Homem de Fé, às portas da morte, Homem de Fé voltei a sorrir. Fui correr para dos aqueles que procuram um sentido, um
rezou como se visse para além da vida. Re- uma praia, até uma exaustão feliz, e sen- caminho de honestidade. Devem faze-lo,
zava com um sorriso de confiança, a que ti na face o pôr-do-sol, um Deus de outros acredito eu, com sinceridade e verdade para
não estou habituado e achei que quer vi- tempos. Noutra noite voltei a ouvir “Avec le si mesmos e para os outros…Neste caminho
vesse ou morresse, já teria vencido. Venceu Temps” de Léo Ferré, o derradeiro poeta, e que é a vida, todos sentimos, a insegurança,
por que acreditou que merecia viver e que fiz eu próprio muitos poemas, tantos quan- a solidão e o medo. Todos queremos a justiça
o Seu Deus, o Seu Deus muito pessoal o ia to a alma me pediu, porque – sabem muitos a que temos direito, nesta vida… esse parece
agarrar e salvar – afigura-se-me ser esta a – a prosa pode ser libertação, mas a poe- ser o verdadeiro caminho da salvação é esta,
essência da fé, em qualquer religião. No fi- sia, a poesia é sempre oração…Estive feliz, por fim, a força da oração…
nal tinha razão. Contra todas as expectativas porque acreditei, acreditei graças a tanta fé Z
salvou -se. Aos poucos, a situação melhorou (porque a fé também é contagiosa), que to- Doc
CONVÍVIOS
“FILHOS DA ESCOLA” ABRIL DE 1973 3ª GUARNIÇÃO DO
NRP “JOÃO COUTINHO” 1974 / 1976
¬ No passado dia 5 de Maio em Coimbrões, Vila Nova de Gaia
decorreu mais um convívio dos “Filhos da Escola” de Abril de ¬ Realizou-se no passado dia 12 de Maio o 3º almoço-convívio da
73. Este evento realizou-se com a animação habitual e contou 3ª Guarnição da CORTINHO. O evento decorreu no Restaurante
com a presença de cerca de centena e meia de Filhos da Escola e Manjar das Estrelas, em Barcelos, e contou com a presença de 28
familiares. Para o próximo ano ficou a promessa de novo encon- elementos da guarnição, acompanhados por 38 familiares.
tro, desta vez na Marinha Grande. Neste convívio comemorou-se o 32º aniversário do regresso de
Moçambique a 13 de Julho de 1975.
SARGENTOS ELECTRICISTAS
MARINHEIROS DE SÃO BRÁS DOS MATOS
¬ Realizou-se no passado dia 12 de Maio, na Delegação do Clu-
be do Sargento da Armada, o 6º almoço-convívio dos Electrões ¬ Realizou-se no
em movimento. passado dia 2 de
Este convívio reuniu cerca de 90 amigos, onde estiveram pre- Junho o segundo
sentes várias gerações de sargentos electricistas, no activo, reserva almoço-conví-
e reforma. Em ambiente de sã camaradagem foram recordados vio do Núcleo de
com emoção e saudade os bons velhos tempos da “Briosa”. Marinheiros da
Freguesia de São
Brás dos Matos,
Alandroal, Évora,
acompanhados
pelos seus fami-
liares, na Delegação do Clube do Sargento da Armada, no Feijó.
Os convivas concentraram-se junto ao Portão Verde, de onde ru-
maram ao Museu de Marinha. Após o almoço seguiu-se uma visita
ao NRP “Cte. João Belo” na B.N.L.
O próximo almoço-convívio, que será alargado a todos os mari-
nheiros e ex-marinheiros do conselho do Alandroal, foi marcado para
inícios de Junho de 2008, na zona da Barragem do Alqueva, com um
possível passeio ao longo da albufeira.
REVISTA DA ARMADA U JULHO 2007 31