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            PROTOCOLO ENTRE A FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
                                                    E A MARINHA

         ¬ No passado dia 25 de Junho,                                                   assenta, nos dois primeiros se-
         na Escola Naval, foi assinado                                                   mestres, nas áreas de História
         um protocolo de colaboração                                                     Marítima, História da Náutica
         entre a Faculdade de Letras                                                     e da Cartografia, Arqueologia
         da Universidade de Lisboa e                                                     Naval, Viagens e Explorações
         a Marinha.                                                                      Marítimas, entre outras. Os
           Este protocolo teve como fim                                                   dois últimos semestres consis-
         a criação de condições e a de-                                                  tem em seminários de orienta-
         finição da forma de coopera-                                                     ção, nas instalações da Facul-
         ção para a realização do mes-                                                   dade de Letras, e no final uma
         trado em História Marítima,                                                     Dissertação.
         ministrado em parceria, pela                                                     Ficou ainda estabelecida a
         Faculdade de Letras e pela Es-                                                  isenção do pagamento das pro-
         cola Naval.                                                                     pinas de três de discentes pro-
           A Marinha foi representada                                                    postos pela Marinha no acesso
         pelo Comandante da Escola                                                       à formação dos segundos ciclos
         Naval, CALM Saldanha Junceiro e a Faculdade de Letras pelo Pre-  de estudos da Faculdade de Letras de acordo com os requisitos le-
         sidente do Conselho Directivo, Professor Doutor Álvaro Luís An-  gais e regulamentares de admissão.
         tunes Pina. Assistiram a este acto simbólico o Superintendente dos   Este Mestrado, tem início no próximo ano lectivo, em Outubro,
         Serviços do Pessoal, VALM Vilas Boas Tavares, o Director do Serviço  sendo a primeira parte ministrada, aos sábados das 9h às 18H, na
         de Formação, CALM Macieira Fragoso e o Director do Serviço de  Escola Naval.
         Pessoal, CALM Bonifácio Lopes, entre outros oficiais da Marinha e   As candidaturas estão abertas e os interessados devem fazer a
         professores da Faculdade de Letras.                  sua candidatura, até ao dia 31 de Agosto, nos serviços académicos
           O Mestrado em História Marítima, coordenado pelo Professor  da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (www.fl.ul.pt,
         Doutor Contente Domingues, tem uma componente académica que  telefone 217920000).


            ARSENAL DO ALFEITE RETOMA A CONSTRUÇÃO METALOMECÂNICA EM AÇO


         ¬ No passado dia 14 de Maio,  foi                                              balho contribui para a finalidade
         instalada com sucesso a porta ba-                                              estatutária de manter o Arsenal
         tel de doca nº 2 da  ex – H. Parry                                             com proficiência nas áreas nucle-
         & Son, em Cacilhas, construída                                                 ares de construção e reparação de
         no Arsenal do Alfeite no final do                                               estruturas em aço.
         ano transacto.                                                                   A porta batel tem uma boca
           No âmbito dum protocolo es-                                                  máxima de 15.28 metros e um
         tabelecido em Setembro de 2005,                                                pontal de 7.60 metros e um ca-
         entre a Marinha, a Câmara Mu-                                                  lado de 4 metros;  pesa 30  tons.
         nicipal de Almada  e o então de-                                               às quais foram acrescentadas 53
         tentor dos terrenos das docas                                                  tons de lastro sólido constituído
         da ex- Parry & Son, Lda, ficou                                                  por blocos de aço e betão, perfa-
         estabelecida a recuperação da                                                  zendo um “deslocamento leve”
         doca nº 2 para acolher a Fragata                                               de  83 tons.
         “D. Fernando II”.                                     Neste caso, por não ser navio militar nem unidade auxiliar de Ma-
           A construção da porta batel foi comparticipada financeiramente  rinha, houve que cumprir todos os requisitos exigidos e obter apro-
         pela  Marinha e pela Câmara, tendo esta última suportado igual-  vações da Administração Marítima e da Autoridade Portuária, facto
         mente o encargo da remoção da porta batel antiga, que estava irre-  que é pouco vulgar na actividade quotidiana do Arsenal.
         cuperável.                                            A construção e instalação da porta batel só foi possível pela conju-
           Devido à inexistência de desenhos, a construção da porta batel foi  gação de esforços de diversas entidades como o NUTEMA (Núcleo
         precedida do levantamento local da geometria do encaixe e das di-  Técnico de Construção Naval em Madeira), os Serviços Técnicos da
         mensões. A concepção estrutural e o modo de operação foram ba-  Câmara de Almada e o Destacamento de Mergulhadores nº 2.
         seados nos elementos disponíveis relativos à porta da doca nº1, de   Da parte do Arsenal, foram envolvidos vultuosos meios do sector
         diferentes dimensões, tendo-se feito as simplificações possíveis para  do projecto, da produção e dos serviços de apoio.
         reduzir custos de construção. O levantamento da parte submersa con-  Terminou assim uma primeira mas importantíssima fase do pro-
         tou com o árduo trabalho do Destacamento de Mergulhadores nº 2  jecto de recuperação da Fragata D. Fernando II. Existem agora con-
         da Armada, cuja guarnição teve um papel igualmente relevante na  dições para se proceder á limpeza e reabilitação interna da doca e
         limpeza e desobstrução do acesso e da soleira da doca.  posterior preparação para docagem da Fragata.  Prevê-se que as
           A construção propriamente dita possibilitou ao Arsenal a retoma  actividades de reparação deste navio histórico se possam conciliar
         da prática de construção metalomecânica, típica de estruturas de na-  com a abertura da Fragata ao público, constituindo uma atracção da
         vios em aço. Para além da motivação profissional sempre associada à  freguesia de Cacilhas, nesta fase de reabilitação urbana que se está a
         realização de “novas construções”, há que referir que este tipo de tra-  iniciar localmente.

         28  AGOSTO 2007 U REVISTA DA ARMADA
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