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PÁGINA DA SAÚDE 4
Exposição Solar e Prevenção do Cancro Cutâneo - II
Exposição Solar e Prevenção do Cancro Cutâneo - II
cancro da pele é o cancro mais frequente da raça huma- QUAL A SUA LOCALIZAÇÃO MAIS FREQUENTE?
na e tem origem nas células que constituem o tegumento No sexo masculino, no tronco, em particular no segmento supe-
O cutâneo. O cancro da pele pode atingir pessoas de todas rior do dorso, e no sexo feminino, nas pernas e no segmento supe-
as idades sendo mais frequente nos idosos. Todavia, as pessoas rior do dorso. Nos indivíduos de raça negra e asiática, o melanoma
expostas a grandes quantidades de radiação solar podem desen- tende a surgir nas regiões palmares, plantares, unhas e mucosas.
volver cancro tão precocemente quanto os 20/30 anos. QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS?
Existem muitos tipos e encontram-se divididos em dois gran- Os melanomas são, habitualmente, assimétricos, com bordos irre-
des grupos: gulares, de cor não uniforme e diâmetro superior a 0,6 mm. A pele
I - Melanoma (melanoma maligno) em redor do sinal pode apresentar feridas, crostas ou vermelhidão. A
Doença do foro oncológico cada vez mais frequente e potencial- sua cor pode variar entre castanho, preto, azul ou mesmo laranja.
mente letal, tem origem nas células do sistema de pigmentação A regra do ABCD pode ajudar a distinguir um MM de um
da pele (melanócitos) que produzem o bronzeado após a exposi- nevo normal:
ção ao sol. Em casos raros este cancro pode ter origem nos olhos, A, de Assimetria: metade diferente da outra.
vias respiratórias, intestino, cérebro e mucosas. B, de Bordo: os bordos são irregulares, nodulados e recortados.
O Melanoma é dos cancros mais graves e as hipóteses de so- C, de Cor: a cor não é uniforme. Pode haver diferentes tonalida-
brevivência dependem, sobretudo, de um diagnóstico precoce e des de castanho, preto e por vezes de vermelho, azul ou branco.
tratamento adequado. D, de Diâmetro: o diâmetro é maior que 6 mm.
II - Não-Melanoma Como sinais de alarme referem-se:
Este grupo inclui o carcinoma basocelular ou basalioma, e o car- - uma ferida que não cicatrize, aumente de tamanho ou mude
cinoma espinocelular. São habitualmente menos perigosos, mas de forma;
podem ter mau prognóstico se não tratados precocemente. - um sinal preexistente que mude de cor, tamanho ou forma,
MELANOMA MALIGNO (MM) ou comece a sangrar,
O MM é o cancro da pele mais perigoso e um dos tumores ma- - um sinal que se torne anormalmente grande;
lignos mais agressivos da espécie humana. - “manchas de sangue” que apareçam sob as unhas e que não
Pode surgir de novo na pele sã de qualquer parte do corpo (70% tenham resultado de um traumatismo;
dos casos), ou sobre sinais pré-existentes, denominados de nevos - o aparecimento de um sinal novo, principalmente após os 40
pigmentados (30%). Sabe-se hoje que o MM está associado, na anos, que apresente uma forma irregular ou cor anormal;
maioria dos casos, à exposição solar intermitente, aguda e intem- - um sinal que dê sintomas, do tipo comichão ou picadas.
pestiva, muitas vezes acompanhada de queimaduras solares. COMO SE DIAGNOSTICA?
QUAL A FREQUÊNCIA DO MELANOMA? O diagnóstico é efectuado por um Dermatologista, se neces-
Representam 5% dos tumores malignos diagnosticados de novo sário com o auxílio de biópsia da pele (fragmento da lesão para
no homem. A sua incidência tem aumentado, sendo actualmente análise ao microscópio). O diagnóstico deve ser o mais precoce
de 3-8 casos por 100.000 habitantes por ano. Nos Estados Unidos, possível, um tratamento tardio ou um não tratamento pode sig-
onde o risco de um indivíduo desenvolver um melanoma inva- nificar a morte do doente.
sivo durante a vida era de 1 em 1500, em 1935; de 1 em 600, em COMO SE DESENVOLVE?
1960; de 1 em 105, em 1992; de 1 em 88, em 1996; e de 1 em 75 em O MM tem potencial para metastisar (disseminar-se à distância
2000, pode chegar a 1 em 50, no ano de 2010. a outras partes do corpo) rapidamente. Se crescer em profundi-
Também em Portugal se observa o aumento da incidência do dade e penetrar nos vasos sanguíneos e/ou linfáticos pode pro-
MM, o qual, em mais de 90% dos casos, está relacionado com um vocar a morte em alguns meses ou anos. A sua evolução varia de
passado de exposição exagerada ao sol, estimando-se que surjam pessoa para pessoa e parece depender da profundidade atingida
cerca de 100 novos casos por ano. e das defesas do sistema imunitário, entre outros factores.
QUAIS AS SUAS CAUSAS? FORMA DE TRATAMENTO?
Estima-se que 80% dos cancros da pele sejam originados pela expo- Cirurgia. O MM tem de ser totalmente removido e com mar-
sição solar intensa. É geralmente desencadeado pela lesão dos cons- gens de segurança confirmadas pelo exame histológico da peça
tituintes da pele causada pelo sol, principalmente quando ocorrem operatória.
queimaduras solares (escaldão). Os solários podem também ser causa Se o tumor não tiver metastizado e se proceder à sua remoção
de cancro da pele e foto-envelhecimento cutâneo prematuro. cirúrgica, a cura aproxima-se dos 100%”. São necessários con-
QUAIS OS PRINCIPAIS FACTORES DE RISCO? trolos periódicos.
Vários estudos mostram que a exposição ao sol é o principal O QUE FAZER?
factor de risco para o seu aparecimento, pelo que recomendamos Em caso de dúvida procure o seu médico.
sobretudo medidas preventivas, salientando-se, a não exposição Z
solar das crianças. (Colaboração da Direcção do Serviço de Saúde)
CONVÍVIOS
“FILHOS DA ESCOLA” DE SETEMBRO DE 1964 GUARNIÇÃO DO NRP “HONÓRIO BARRETO” 1977/79
¬ Realiza-se no próximo dia 29 de Setembro em Évora, o 43º aniversário de incorpo- ¬ Pela primeira vez vai reunir em 13 de Outubro num almoço-convívio a guar-
ração na Armada dos “Filhos da Escola” de Setembro de 1964, com passeio no “Centro nição do NRP “Honório Barreto” de Maio de 1977 a Maio de1979 num restau-
Histórico” seguido de um almoço-convívio no restaurante “Páteo Alentejano”. rante em Arraiolos. Os interessados devem contactar: Ex-MAR CM Bandeira
As inscrições podem ser feitas até 18 de Setembro. Contactos: CMG Fernando TM 96 676 74 48.
Inácio, 212 961 837/964 016 487; SMOR Manuel Raposo, 212 536 280/964 044 289;
ex.MAR FZE João Mourato, 212 530 197/963 191 096; ex. MAR F/CM António Ja-
cob, , 212 533 729/960 164 071.
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