Page 367 - Revista da Armada
P. 367

Cerimónia de Abertura do Ano Operacional 2007/08
         Cerimónia de Abertura do Ano Operacional 2007/08

              ealizou-se no passado dia 26 de Outu-  fiscalização “Centauro”; a capacidade hidro-
              bro a já tradicional Cerimónia Militar que  -oceanográfica, através da lancha hidro-oceano-
         Rassinala a Abertura do Ano Operacional  gráfica “Auriga”; a capacidade de projecção de
         2007/08, na Base Naval de Lisboa tendo sido  força, pelo Batalhão Ligeiro de Desembarque e
         presidida pelo Chefe de Estado-Maior da Arma-  pelo Destacamento de Acções Especiais; os des-
         da (CEMA).                         tacamentos de mergulhadores sapadores; a ca-
           Esta cerimónia tem como objectivo principal  pacidade de treino de vela, com o NE “Sagres” e
         fazer o balanço anual da actividade operacional  o veleiro “Polar”; a capacidade de treino de mar,
         e perspectivar o futuro.           o navio “Creoula”, o submarino “Barracuda”; fi-
           Constitui oportunidade para o CEMA, atra-  nalmente a representar a Autoridade Marítima a
         vés do seu discurso, reconhecer publicamente  lancha da Polícia Marítima “Nortada”.
         o trabalho efectuado pelos que no mar, a partir   As forças em parada foram comandadas pelo
         do mar, no litoral, e nos serviços em terra, dão  CMG Coelho Cândido, actualmente a desem-
         o melhor do seu esforço e dedicação à Marinha  penhar as funções de Comandante da Zona
         e ao País., bem como enaltecer o esforço de to-  Marítima da Madeira, Chefe do Departamento
         dos quanto, no dia-a-dia, tratam da manuten-  Marítimo da Madeira e Comandante Regional
         ção e operação de uma Esquadra envelhecida  da Polícia Marítima. Constituíam as forças em
         e asseguram que ela é guarnecida por pessoal  parada: a Banda da Armada e a fanfarra; o Blo-
         preparado e treinado segundo os mais elevados  co de Estandartes Nacionais, constituído por Es-
         padrões. Deste modo, serviu também para reite-  tandartes pertencentes a unidades e organismos
         rar a necessidade de substituição das corvetas e  do Comando Naval e da ETNA, e a respectiva
         patrulhas, que se encontram no limite da sua vida  escolta constituída por um pelotão da Compa-
         operacional. Para o futuro, anunciou algumas  nhia de Apoio de Fogos; o Bloco de Guiões era
         medidas que estão em estudo, designadamente,  constituído por guiões pertencentes a unidades
         a reorganização da estrutura superior da Defesa  e organismos do Comando Naval; três batalhões
         Nacional e das Forças Armadas, a revisão dos  a duas companhias cada, o primeiro batalhão,
         vínculos, remunerações e carreiras, e do Ensino  constituído por elementos das guarnições das
         Superior Público Militar e a empresarialização  Unidades Navais, o segundo batalhão, consti-
         do Arsenal do Alfeite.             tuído por elementos do Batalhão de Fuzileiros
           Momento oportuno também para o Coman-  nº1 e da Unidade de Polícia Naval; finalmente,
         dante Naval fazer a análise da actividade opera-  o terceiro batalhão, constituído por elementos do
         cional, tendo feito um breve resumo das acções  Batalhão de Fuzileiros nº2.
         mais relevantes no âmbito do Comando Naval.   Assistiram também a esta cerimónia os cade-
         Congratulando mulheres e homens das guarni-  tes, alunos do 1º ano da Escola Naval.
         ções pelo dever cumprido, num ano operacional   Durante o desfile das forças em parada uma
         exigente, revelou os desafios para o novo ciclo  formação de quatro helicópteros Lynx sobrevoou
         de actividades.                    as forças, em formação de diamante.
           É, em suma, o reforço da motivação e espírito   De seguida, desfilou, em marcha acelerada, o
         de missão, apanágio dos marinheiros.  Batalhão de Fuzileiros Nº2, a duas Companhias,
           Esta cerimónia congregou unidades navais nos  que foram, novamente, sobrevoadas por helicóp-
         cais 2 e 3 da BNL, de fuzileiros e de mergulha-  teros LYNX, precedendo uma Força Motorizada
         dores dispostas em forças apeadas e motoriza-  constituída por: um elemento de comando; um
         das, uma formação de helicópteros e, ainda, de  grupo de abordagem; um destacamento de ac-
         meios terrestres pertencentes à Direcção-Geral  ções especiais, um elemento de manobra; um  Foto 2MAR FZ RC Espregueira
         de Autoridade Marítima.            elemento de apoio de combate; um elemento
            O Almirante CEMA, acompanhado pelo Co-  de apoio de serviços em combate, um elemen-
         mandante Naval, embarcou na Doca da Marinha  to de assalto anfíbio, e um destacamento de
         no N.R.P. “Centauro”, comandado pelo 2TEN  mergulhadores-sapadores. Encerrou o desfile
         Costa Caetano, e navegou até à BNL onde efec-  das Forças Motorizadas, o Grupo da Direcção-
         tuou uma Revista Naval às unidades atracadas  -Geral de Autoridade Marítima com uma viatu-
         nos cais 2 e 3 e à corveta “António Enes” que se  ra pick-up com pistola pneumática lança-cabos
         encontrava fundeada.               e moto 4 em atrelado; uma viatura do ISN com
           Terminada a revista, foram condecorados o  mota-de-água a reboque; uma viatura da Direc-
         NRP “Sagres” e diversos militares e prestada ho-  ção de Faróis; um tractor do serviço de combate
         menagem aos mortos em defesa da Pátria, com  à poluição; uma viatura todo-terreno DUNAR
         uma evocação proferida pelo Capelão Chefe da  do serviço de combate à poluição; e uma Gale-
         Marinha, seguida das alocuções do Comandante  ra transportando uma viatura LARC.
         Naval e do CEMA.                     Finalmente um helicóptero Lynx MK95 so-
           Na BNL, encontravam-se representadas as di-  brevoou o local da cerimónia e cumprimentou
         versas capacidades operacionais da Marinha, de-  em despedida o Almirante CEMA e os dignís-
         signadamente: a capacidade oceânica de super-  simos convidados.
         fície, através das fragatas “Cte. Sacadura Cabral”,   Após a conclusão da cerimónia militar, o
         “Cte. João Belo” e “Vasco da Gama”; a capacida-  Comandante Naval convidou todos os pre-
         de de fiscalização oceânica, com a corveta “An-  sentes para um porto de honra a bordo do
         tónio Enes”; a capacidade de fiscalização costeira  N.R.P “Sagres”.
         e ribeirinha, pelo patrulha “Zaire”, a lancha de                   Z
                                                                               Fotos Júlio Tito
                                                                                      REVISTA DA ARMADA U DEZEMBRO 2007  5
   362   363   364   365   366   367   368   369   370   371   372