Page 101 - Revista da Armada
P. 101
com responsabilidade na actividade operacio- numa unidade operacional? Que processo de prática regular de exercício físico e às Provas
nal da Marinha, desde o processo de treino e treino e avaliação, permite promover, assegurar de Valor Físico (PAF)? Qual a importância da
avaliação dos padrões de prontidão operacio- e controlar os padrões operacionais? Em que robustez física? Outros temas surgirão certa-
nal das unidades navais (Flotilha de Navios) e consistirá o Centro de Simulação Médica da mente decorrentes da reflexão.
de fuzileiros (Corpo de Fuzileiros), do coman- Marinha? Estaremos preparados para assegu- Z
do e controlo médico operacional (Comando rar operações de assistência humanitária? Qual (Colaboração da DIRECÇÃO DO SERVIÇO DE SAÚDE)
Naval e CITAN), do sistema de informação a importância do Navio Polivalente Logístico Notas:
operacional (CIOM), até ao apoio na definição ou do Navio de Patrulha Oceânica neste ob- 1 IONAV 8000 (A) – Padrões de Prontidão Naval; IONAV
dos requisitos formativos em saúde para todos jectivo? Representará o Comando e Controlo 8100 – Padrões de Prontidão de Unidade de Fuzileiros
os militares/militarizados da Marinha (Direc- Médico Operacional uma mais valia no Apoio 2 Lei n.º 27/2006 , de 3 de Julho – Lei de Bases da Pro-
ção do Serviço de Formação) e no processo à Decisão do Comando? Uma carreira médi- tecção Civil
3
Entre outros: MC 326/1 NATO Medical Support Princi-
de ensino já instituído (Escola de Fuzileiros, ca Operacional e Hospitalar? Temos forma de ples and Policies; AJP 4.10 (A) Alllied Joint Medical Support
Escola de Tecnologias Navais – Departamen- aceder de forma célere a dados médicos com Doctrine; STANAG 2122 - Medical Training in First-Aid,
to de Limitação de Avarias; Escola de Serviço relevância operacional? Que tipo de contribui- Basic Hygiene and Emergency Care; STANAG 2358- NBC/
de Saúde Militar). ção poderão dar as ciências sociais (como a MED (Edition 3) – First-Aid and Hygiene Training in NBC
Pretende-se, com este primeiro artigo, ini- psicologia, psiquiatria ou a sociologia) na ges- Operations; STANAG 2879 – Principles of Medical Policy
in the Manangement of a Mass Casualty Situation (MAS-
ciar um ciclo em que a Saúde Naval promova tão de Situações de Crise? Como se processa CAL); AMEDP 15 – Military Medical Support in Humanita-
uma reflexão sobre alguns dos aspectos que se e que etapas implicam o Aprontamento Mé- rian and Disaster Relief; AMedP 17- Training Requirements
julgam serem mais influentes para o seu desíg- dico-Sanitário para uma determinada missão? fot Health Care Personnel in International Missions
4 Despacho do Almirante Chefe do Estado-Maior da
nio e missão. Estaremos adequadamente equi- Como promover e controlar a Aptidão Física Armada nº 17/99 de 3 de Março, revogado em 2006 pelo
pados para a emergência pré-hospitalar? Que e Psíquica adequada às funções individuais? Despacho do Almirante Chefe do Estado-Maior da Arma-
competências técnicas serão mais prementes Existirá um paralelismo na prioridade dada à da nº 25/06 de 22 de Fevereiro.
NOTÍCIAS
XIII ENCONTRO DE SAÚDE MILITAR DA CPLP
¬ Realizou-se no hotel Trópico na cidade de Luan- buiu com 29 trabalhos científicos, desses a Marinha
da no período de 27 a 29 de Novembro de 2007 o apresentou 5, sendo, “corpo estranho em militar
evento em epígrafe. fuzileiro” e “localização cutânea rara de doença vi-
Estiveram representados todos os países da CPLP ral frequente” sob a forma de comunicação livre e
excepto Cabo Verde, ressaltando a presença pela pri- três comunicações a saber, “apoio médico sanitário
meira vez de Timor Leste. à actividade operacional em contexto naval e anfí-
A delegação portuguesa que incluía representan- bio - modelo organizacional da Marinha Portugue-
tes dos Ramos e da ESSM foi a mais numerosa, ex- sa” e “apoio…anfíbio- instrumentos de apoio à
cluindo naturalmente a angolana, era constituída por decisão da Marinha Portuguesa”, sendo a terceira
26 elementos. A Marinha fez-se representar pelos CALM MN Goulart “tuberculose o estado da arte” apresentada a encerrar os trabalhos na
Porto, CFR MN Costa Dias e 1TEN MN Pestana Araújo. sala do plenário.
Os trabalhos que decorreram em três salas, normalmente com “casa No último dia do encontro realizou-se a reunião das delegações pre-
cheia”, incluíram algumas sessões plenárias e tiveram como focos en- sentes, em que ficou acordado entre outros: a) a edificação de uma pá-
tre outros: a. o papel dos serviços de saúde militar perante as grandes gina Web a ser implementada por Portugal; b) na área das grandes en-
situações de emergência nacional (calamidades naturais e outras); b. demias: o desenvolvimento do projecto do Centro Militar de Higiene
inteligência em saúde e bio-segurança; c. a situação das grandes ende- e Epidemiologia das FA angolanas e ainda informar o SPAD da CPLP
mias – VIH/SIDA, Tuberculose, Malária e Dengue. sobre as conclusões do seminário sobre aquelas; c) a criação dum órgão
Para as apresentações que ocorreram sob a forma de mesa-redonda, para promover a cooperação no âmbito da CPLP; e d) a realização do
conferência e comunicação livre, a representação portuguesa contri- XIV Encontro em Lisboa na última semana de Outubro de 2008.
O RENASCIMENTO DO ASTROLÁBIO NÁUTICO
¬ O astrolábio náutico, que foi o instrumento que permitiu guiar, com a uma das mais importantes invenções do famoso matemático portu-
segurança, os Portugueses na descoberta do Mundo, foi completamente guês Pedro Nunes.
esquecido durante vários séculos. Nas salas referidas, estavam ainda expostas reproduções de ambos os
Todavia, graças ao incremento que tem tido, nos últimos anos, a explo- instrumentos, manufacturados pela joalharia Leitão e Irmãos. E, também
ração do fundo dos mares, onde se procuram cargas milionárias de navios folhetos, cujas fotografias se apresentam, com textos em português e in-
perdidos, encontram-se, por vezes, astrolábios. glês, elaborados pelo nosso colaborador Está-
Já foram recuperados mais de seis dezenas de cio dos Reis. Gostaríamos ainda de esclarecer
exemplares. Assim, tem sido possível estudar que esta iniciativa se deve ao proprietário da
e colocar o astrolábio náutico no lugar que ele já mencionada joalharia e do Dr. Jaime Leitão,
realmente merece. responsável pela laboriosa logística das referi-
Recentemente, tivemos o gosto de saber das Reuniões.
que, nas instalações onde se realizaram as Terminamos com a informação que o Pre-
Reuniões da Presidência Portuguesa da União sidente do Conselho, ao passar o testemunho
Europeia, e também a Cimeira com os países da Presidência da União Europeia à Eslovénia,
africanos, as salas foram designadas ASTRO- fê-lo entregando um astrolábio náutico, como
LÁBIO e NÓNIO, prestando homenagem símbolo de segurança na viagem que este país
não só a esse instrumento de excepção, como irá percorrer nos próximos seis meses.
REVISTA DA ARMADA U MARÇO 2008 27