Page 136 - Revista da Armada
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NOVO GUIA DO UTENTE

                                  Hospital da Marinha
                                  Hospital da Marinha

                        Dois Séculos a servir Portugal e a Família Militar

         HOSPITAL DA MARINHA,               lado e inaugurado o Hospital Real da
         BREVE RESENHA                      Marinha.
                                              O edifício fica situado na freguesia
         O                                  do na zona de protecção da Igreja de
               Hospital da Marinha (HM) está  de São Vi cente de Fora e está incluí-
               instalado no actual edifício des-
               de 1806. Em 1796, o Ministro da  Santa Engrácia e Panteão Nacional. É
         Marinha e Ultramar D. Rodrigo de Sousa  um prédio urbano, construído num
         Coutinho, Conde de Linhares, ordenou  aclive, com uma fachada lateral direi-
         ao Físico-Mor da Armada, Dr. Inácio Xa-  ta encostada a edifício residencial e
         vier da Silva a criação de um hospital que  voltada a poente, es tando as demais
         servisse a Armada. Este hospital ficou ini-  viradas a espaços públicos. A fachada
         cialmente acomodado na Rua do Olival  principal está orienta da a norte dando
         mas, perante a precariedade das instala-  para amplo largo, (Praça Dr. Bernardi-
         ções, foi transferido para o Convento do  no António Gomes ou Campo de San-
         Desterro. Até que em 7 de Julho de 1797  ta Clara), onde se realiza, desde 1385,
         a Real Junta da Fazenda da Armada tomou  em regime bissemanal, a Feira da La-
         posse do antigo Colégio de São Francisco  dra. Apresenta uma planta rectangular
         Xavier, anteriormente pertença dos Jesuí-  irregular, composta por vá rios corpos
         tas. Com a assinatura do Alvará Real pelo  rectilíneos, adossados e articulados en-
         Príncipe Regente D João, em Queluz, a  tre si, construídos em épocas distintas,
         27 de Setembro de 1797, sob projecto  desenvolvido em torno de dois pátios,
         de Francisco Xavier Fabri, iniciaram-se as  um re ctangular e outro trian gular. As
         obras de construção do imóvel, tendo sido  fachadas são rebocadas e pintadas de
         a 1 de Novembro de 1806 por fim insta-  amarelo, apresentando vários panos
                                            e revelando ao nível dos seus emba-
           Serviços Clínicos - localização  samentos de cantaria aparente, os vá-
                                            rios pisos que se adaptam ao desnível
          PISO 1 (Entrada pelo “túnel”)     do terreno. Estas fachadas são rasga-
          – Serviços de Patologia Clínica;   das regularmente por janelas de peito-
          – Serviço de Triagem de Doentes;  ril rectilíneo com molduras simples de
          – Serviço de Imagiologia (TAC, Eco.,   cantaria e em algumas delas ao nível in-
          Mamo grafia, Convencional);        ferior, são visíveis os antigos respirado-
          – Serviço de Ortopedia;           res ovais em cantaria que eram essen-
          – Serviço de Medicina Física e Reabilita-  ciais para a circulação de ar.
          ção/Fisiatria;                      Mais de dois séculos passados desde
          – Serviço de Cardiologia;         o início da sua construção, nunca dei-
          – Hospital de Dia;                xou de ser uma obra aberta, concei-
          – Serviço de Estomatologia;       to moderno de hospi tal, ajustando-se,
          – Centro de Medicina Hiperbárica.  desde sempre, às exigências da saúde,
                                            às novas tecnologias e à aplicação dos
          PISO 2                            novos desenvolvimentos científicos,
          – Serviço de Pneumologia e Alergologia;  permitindo assim, acom panhar a mo-
          – Serviço de Endocrino logia, Nutrição   dernidade hospitalar. Hoje o HM está
          e Dietética;                      distribuído por dois corpos, um a Este e
          – Serviço de Gastrenterologia;    o outro a Oeste, cujo centro é a Sala do
          – Serviço de Neurologia;          Príncipe e a partir da qual se sistemati-
          – Serviço de Psiquiatria.         zam as diversas áreas e serviços clíni-
                                            cos dispostos em vários pisos.
          PISO 3 (Entrada pela Sala do Príncipe)   O esforço empreendedor, empenho
          – Serviço de Medicina Interna;    e dedicação de muitas gerações de pro-
          – Serviço de Cirurgia;            fissionais de saúde, que têm servido o
          – Serviço de Anestesiologia;      Hospital e a Marinha, legitimam a afir-
          – Serviço de Urologia;            mação de que possuímos um Hospital
          – Serviço de Otorrinolaringologia;  com serviços modelares no seu uni-
          – Serviço de Dermatovenereologia;  verso assistencial e que possibilitam o
          – Serviços de Ginecologia, Obs tetrícia   cumprimento da missão que lhe está
          e Senologia;                      superiormente atribuída.
          – Serviço de Oftalmologia.          É neste edifício, que o Hospital da
                                            Marinha continua instalado des de há
          PISO 4                            mais de duzentos anos, com uma acti-
          – Serviço de Psicologia           vidade assistencial ininterrupta a servir
                                            Portugal e a Família Naval e Militar.

         26  ABRIL 2008 U REVISTA DA ARMADA
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