Page 17 - Revista da Armada
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Cerimónia comemorativa da partida
Cerimónia comemorativa da partida
da Família Real para o Brasil
da Família Real para o Brasil
umpre-se neste mês de Novembro o das: pela Banda e Fanfarra da Armada sob a dois pelotões, com o respectivo guião, coman-
bicentenário da partida para o Brasil direcção do CFR M Silva Ribeiro; pelo Bloco dada pelo aluno 444 – Gadelho Castro, co-
Cda Família Real, a bordo das principais de Estandartes constituí do por 4 estandar- mandante da 4ª companhia (aluno) do Colé-
Unidades Navais Portuguesas, que transporta- tes, pertencentes ao Colégio Militar, à Escola gio Militar; por uma companhia de alunos
ram igualmente diversos organismos do País, Naval, ao Comando do Corpo de Fuzileiros da Escola Naval, a dois pelotões, com o res-
nomeadamente o Real Colégio Militar, a pectivo guião, comandada pela 2TEN
Companhia Real de Guardas-Marinhas Sofia Nunes de Miranda; pela Força
e a Brigada Real de Marinha com a sua de Fuzileiros, integrando militares de
banda. Este acontecimento, pela trans- Portugal e do Brasil, representativa da
posição da sede de poder e das princi- Brigada Real da Marinha envergando
pais instituições, permitiu sedimentar a os uniformes e armamento da época
Nação Brasileira, estando na origem das e com bandeira da Brigada Real da
relações fraternas entre os dois países, M arinha, comandada pelo G/M FZ
persistindo inúmeras instituições com Gomes Goulart; pelo Batalhão de Fu-
a mesma origem. zileiros nº 2 do Corpo de Fuzileiros, a
No âmbito das comemorações desta duas companhias, com guião, coman-
efeméride realizou-se, no passado dia 24 dado pelo seu Comandante, CFR FZ
de Novembro, uma Cerimónia Militar, Almeida Gabriel.
junto à Torre de Belém. A criação da Academia Real de Guar-
A cerimónia teve início com a integra- das-Marinhas em 1782, cujos alunos for-
ção na formatura do Bloco de Estandar- mavam um corpo militar designado por
tes nacionais. Companhia Real de Guardas-Marinhas,
Presidiu a esta cerimónia o Ministro deu origem às actuais Escolas Navais de
da Defesa Nacional, tendo-lhe sido pres- Portugal e do Brasil.
tadas, à sua chegada, as honras militares A força de fuzileiros conjunta de Por-
que lhe são devidas, após as quais pas- tugal e Brasil recreou a Brigada Real da
sou revista às forças em parada. Marinha com a respectiva bandeira, en-
Terminada a revista, o CMG Rodri- vergando os uniformes e o armamento
gues Pereira, Director do Museu de em uso em 1807, simbolizando a origem
Marinha, proferiu uma alocução alu- comum dos actuais Corpos de Fuzilei-
siva à partida da Família Real para ros de ambos os países.
o Brasil. Participaram ainda nesta cerimónia,
Seguiu-se a imposição de condecora- fundeados frente à Torre de Belém:
ções ao Estandarte do Comando-Geral – O N.R.P. “Álvares Cabral”, Fragata
do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil da classe Vasco da Gama, que compre-
e ao Estandarte Nacional do Comando ende um total de três navios. Este na-
do Corpo de Fuzileiros da Marinha Por- vio prestou as salvas regulamentares
tuguesa. Impuseram a Medalha Naval ao Ministro da Defesa Nacional. A sua
de Vasco da Gama o Ministro da Defesa guarnição é composta por 20 oficiais, 33
Nacional acompanhado pelo Almirante sargentos e 109 praças. É comandado
CEMA. A Medalha de Mérito Taman- pelo CFR Nobre de Sousa.
daré foi imposta pelo Embaixador do – A Fragata “Niterói” é um navio da
Brasil em Portugal, acompanhado pelo classe Niterói que compreende um total
Almirante-de- Esquadra, Comandante de seis navios, constituindo a mais im-
Geral do Corpo de Fuzileiros Navais portante classe de navios da Marinha
do Brasil. do Brasil. A sua guarnição é composta
Após a cerimónia de imposição de por 35 oficiais, 91 sargentos e 149 cabos
condecorações foi prestada homenagem e soldados. É comandado pelo CFR
aos que tombaram no campo da honra e R icardo Alves de Barros. É de realçar o
da glória, ao serviço do Brasil e de Por- seu empenhamento específico para esta
tugal, com uma oração proferida pelo cerimónia, o que constitui uma prova
Capelão do Corpo de Fuzileiros. das relações fraternas existentes entre
De seguida, o Almirante-de-Esqua- os dois países.
dra, Comandante-Geral do Corpo de – O NTM “Creoula”, é um navio es-
Fuzileiros Navais do Brasil e o Almiran- pecialmente vocacionado para o treino
te CEMA proferiram uma alocução. de mar da juventude. Tem uma guarni-
A cerimónia incluiu o desfile das forças em e ao Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros ção permanente de 5 oficiais, 6 sargentos e 28
parada, terminando com uma actuação da Navais do Brasil, comandado pelo 1TEN FZ praças e pode alojar até 51 jovens aquando das
Banda da Armada. Costa Frescata; por um pelotão, constituí do suas viagens de treino de mar. É comandado
As forças em parada foram comandadas por militares do Corpo de Fuzileiros, coman- pelo CFR Silva Ramos.
pelo CMG FZ José António Ruivo, actual- dado pelo GMAR FZ Arvins Fernandes e que Concluída a cerimónia, os ilustres pre-
mente a desempenhar as funções de Coman- constitui a escolta de honra ao Bloco de Estan- sentes participaram num Porto de Honra na
dante da Escola de Fuzileiros, sendo constituí- dartes; pela companhia do Colégio Militar, a Torre de Belém.
REVISTA DA ARMADA U JANEIRO 2008 15