Page 203 - Revista da Armada
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Dixie é uma expressão que caracteriza honras militares.
a música afro -americana do sueste dos As Forças em Parada, comandadas pelo
Estados Unidos e Tribute to Dixieland é, CMG FZE José António Ruivo, tiveram a
naturalmente, uma homenagem ao jazz, seguinte constituição: a Banda e Fanfar-
mesmo que não apenas aquele que se ra da Armada dirigidas pelo CFR Músico
fechou na sua expressão mais clássica Silva Ribeiro; um bloco de 15 estandartes
(ou purista) de New Orleans. Esta inter- de unidades e organismos da Marinha co-
pretação – em que actuaram como solis- mandado pelo CTEN EN MEC Carmo Sal-
tas Paulo Gaspar, Valter Passarinho, Má- vador, escoltado por um pelotão de Cade-
rio Parreira, Luís Cunha, Fábio Vilhena e tes da Escola Naval comandado pelo 1TEN
Luís Grenha, todos membros da Banda Serrano Augusto; um batalhão de fuzileiros
da Armada – agradou especialmente ao a duas companhias comandado pelo CFR
público presente, surpreendido que foi FZ Almeida Gabriel; e um batalhão a duas
por um solo de bateria executado por companhias constituído por militares das
CAB B Luis Salgado. Aliás, a sua escolha unidades navais presentes no Funchal, co-
exprime bem a sensibilidade e inteligên- mandado pelo CFR Santos Oliveira.
cia artística do maestro CFR Carlos da Sil- Cerca das onze horas chegou o Ministro
va Ribeiro. O programa fechava com o da Defesa Nacional, recebido pelo Chefe
Cais de Embarque, de Jorge Salgueiro, de do Estado-Maior da Armada, Almirante Fer-
novo com a participação especial da Or- nando Melo Gomes. As Forças em Parada
questra de Bandolins do Funchal, numa prestaram-lhe as honras militares devidas e
homenagem à Madeira, à sua música e o NRP “Álvares Cabral” efectuou uma sal-
às suas gentes. Extra programa, foi ainda va de 19 tiros. Deu-se, então, início à ceri-
apresentada a peça Tico-Tico, de Zequi- mónia militar com a imposição de conde-
nha Abreu, com a actuação do músico corações a militares e civis que, de algum
Paulo Gaspar, como solista. Naturalmen- modo, se distinguiram pela sua activida-
te, a Banda fechou a sua actuação com a de profissional e desempenho de funções.
Marcha dos Marinheiros. Seguiu-se uma homenagem aos militares,
militarizados e civis da Marinha, já faleci-
A CERIMÓNIA MILITAR dos, após o que o Chefe do Estado-Maior
da Armada proferiu uma alocução.
As comemorações do Dia da Marinha As primeiras palavras do Almirante Melo
tiveram o seu ponto culminante no dia 24 Gomes foram de saudação para a Região
Maio, que começou com uma missa de Autónoma da Madeira e para o Funchal,
sufrágio dos militares, militarizados e ci- que dentro em breve completará 500 anos
vis da Marinha, celebrada na Sé do Fun- sobre a sua elevação a cidade. Agradeceu
chal pelo Bispo da Diocese, D. António a disponibilidade das entidades presentes
Cavaco Carrilho, acolitado pelo Capelão- na celebração, e enviou uma “saudação
-Chefe da Marinha, P Ilídio Costa. calorosa” para todos os que cumprem mis-
e
Seguiu-se-lhe a cerimónia militar que sões no mar, lembrando de forma especial
teve lugar na Av. do Mar e das Comunida- “os fuzileiros que hoje honram os compro-
des Madeirenses, presidida pelo Ministro missos de Portugal no Afeganistão.” De se-
da Defesa Nacional, Prof. Dr. Nuno Seve- guida traçou um quadro global estratégico
riano Teixeira. Estiveram presentes o Re- onde enquadrou o mar – “o nosso mar”, o
presentante da República para a Região mar que “pertence ao sentir da Nação” –,
Autónoma da Madeira, o Presidente da salientando como “os recursos nele des-
Assembleia Legislativa Regional, o Presi- pendidos, não são uma despesa mas antes
dente do Governo Regional, o Bispo do um investimento.” E é esse o espaço de ac-
Funchal, o Presidente da Câmara Muni- tuação da Marinha. Uma marinha que se
cipal do Funchal, o Secretário de Estado quer adaptada às circunstâncias do presen-
da Defesa Nacional e dos Assuntos do te, actuando sobre “três pilares fundamen-
Mar e outras altas entidades civis e mili- tais: a organização e doutrina, os meios e
tares convidadas da Marinha no seu dia as pessoas.” No âmbito do primeiro pilar”
de festa. No porto estava reunida toda a – disse o CEMA – “está em curso uma re-
Força Naval que constituía a TG 443.20, visão profunda da estrutura superior de
com o NRP “Álvares Cabral” fundeado Defesa Nacional e das Forças Armadas”,
em frente à tribuna, pronto para prestar à qual estamos vinculados e empenha-
REVISTA DA ARMADA U JUNHO 2008 21