Page 202 - Revista da Armada
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ra e pelo estabelecimento de acolhimento  pelas levadas, junto a Ribeiro Frio, des-
         “Vila Mar”, levando-as até à capital do Ar-  tinada a militares e familiares de pessoal
         quipélago.                         da Marinha.
           Entretanto, no dia 20, o NRP “Corte-Re-
         al” saiu do Funchal em direcção às ilhas   ACTUAÇÕES DA BANDA
         Selvagens, embarcando o Almirante CEMA   DA ARMADA
         de helicóptero, com um conjunto de enti-
         dades civis e representantes da comunica-  As actuações da Banda da Armada são
         ção social convidados. Estas ilhas, situadas  sempre momentos altos das comemora-
         155 milhas a sueste da Madeira e parcela  ções do Dia da Marinha, e a qualidade
         derradeira do território português, são de-  artística a que nos habituou surpreende
         tentoras de uma significativa Zona Econó-  sempre o público menos atento a este
         mica Exclusiva, determinante para a Região  tipo de espectáculos musicais. Este ano
         Autónoma e para todo o País, e dispõem  não foi excepção. A Banda actuou em
         de um importante parque natural, reserva  Porto Santo, no dia 19 de Maio, para cer-
         de espécies raras ou quase extintas, que é  ca de 2500 pessoas, e, a 22, no Parque
         preciso defender e preservar.      de Santa Catarina, no Funchal, com um
           Na capital decorria, desde o dia 17 de  número semelhante de assistentes, que
         Maio, uma Exposição das Actividades da  não pouparam aplausos.
         Marinha, no Centro de Congressos do Pes-  O grande concerto da Banda teria lu-
         tana Casino Park. Este certame procura  gar no dia 23, no Centro de Congressos
         mostrar uma parte do que é a nossa acti-  do Pestana Casino Park. A primeira parte
         vidade quotidiana, com particular relevo  do programa começou com a Abertura
         para a parte operacional e de apoio às po-  do Musical Madeira, opus 126, da auto-
         pulações (a Marinha designada de “duplo  ria de Jorge Salgueiro. Feita à maneira da
         uso”), complementada com a actividade  ópera do século XVIII e XIX, onde a aber-
         cultural, científica, de ensino e formação.  tura apresenta os temas desenvolvidos no
         Está representado o Comando Naval e todas  resto da obra, esta peça introdutória dei-
         as suas subunidades, Escola Naval, Escola  xou-nos com a água na boca. Do talento
         de Tecnologias Navais (ETNA), Instituto Hi-  deste compositor, que tão bem consegue
         drográfico, Autoridade Marítima, Socorros  interpretar o encanto do mar e o sentir
         a Náufragos, a Comissão Cultural de Mari-  dos marinheiros, esperamos sempre o
         nha com os seus departamentos e o Aquá-  melhor, e este trabalho não foge à regra,
         rio Vasco da Gama.                 sendo de realçar o entrosamento com a
           Como vem sendo tradicional no Dia da  Orquestra de Bandolins do Funchal. Se-
         Marinha, foram patrocinadas várias com-  guiu-se o Poema Sinfónico Vasa, de José
         petições desportivas, cuja realização con-  Suñer Oriola, numa homenagem ao na-
         ta sempre com a colaboração de clubes  vio sueco do mesmo nome, construído
         locais, gerando um convívio especial com  no século XVII e afundado logo após o
         a sociedade civil. No mar, tiveram lugar  lançamento à água, que foi recuperado
         regatas de vela ligeira e cruzeiro, canoa-  recentemente para funcionar como mu-
         gem, canoas de pesca, modelos à vela e  seu marítimo. E a primeira parte fechou
         jet-ski, organizadas pela Associação Náu-  em crescendo com o imortal Bolero de
         tica da Madeira, Associação Regional de  Maurice Ravel, a que ninguém é indi-
         Vela, Associação Regional de Canoagem  ferente.
         e AJET; e concursos de pesca desportiva e   Abriu a segunda parte com a Dan-
         mergulho com o patrocínio da Associação  ça Sinfónica de James Barnes. O autor
         Náutica e Associação Regional de Pesca.  norte-americano, seduzido pelos temas
         Em terra, decorreu no dia 22 uma prova  ibéricos, deixa-nos aqui um tema que
         de corrida e orientação em espaço urba-  transborda o sol e o calor do al Anda-
         no, tendo como palco a zona centro do  lus e das suas gentes. Toda a peça é feita
         Funchal, organizada pelo Clube Aventura  de emoções à flor da pele  que sugerem
         da Madeira em parceria com o Centro de  uma noite quente de Granada ou Sevi-
         Educação Física da Armada (CEFA), e com  lha com vinho, cantares, guitarras, dan-
         a participação de cerca de duzentas pesso-  ças e sangue andaluz que fervilha. Se-
         as de vários escalões etários. O CEFA viria  guiu-se-lhe Curtain Up, de Alfred Reed,
         a organizar, também, um passeio pedestre  e Tribute to Dixieland, de Gilbert Tinner.

















         20  JUNHO 2008 U REVISTA DA ARMADA
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