Page 353 - Revista da Armada
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gumas das palavras que o mesmo provocou nos nos trazer das te, magnífica, inspira-
principais órgãos de informação cultural: obras mais ima- díssima. (Risoleta Pinto
Saga é sobretudo uma extravagante ópera e ginativas, tocan- Pedro - www.risocorde-
um magnífico espectáculo: plástica e musical- tes, e absoluta- tejo.blogspot.com)
mente. (...) Ao centro, e ocu- Com a SAGA, a Ban-
pando o lugar com maior des- da da Armada escreveu
taque, estão 60 músicos da nas páginas da sua me-
Banda da Armada Portuguesa mória colectiva mais
– que executam (as vibrantes) um marco indelével de
composições do sargento mú- sucesso, sendo este mo-
sico Jorge Salgueiro. (Rui Pina tivo de satisfação tanto
Coelho – Público); individual como institu-
Sob a direcção do maestro cional, dado o prestígio
Carlos da Silva Ribeiro, a Ban- e dignidade que a Marinha pôde recolher, con-
da da Armada atacou uma firmando a sua predisposição para a inovação
partitura que não hesita em e para o progresso, para o desenvolvimento da
misturar ingredientes da mú- cultura e do conhecimento, enfim, cumprindo
sica erudita com o fado e com com rigor e excelência a sua missão.
o rock, desafiando fronteiras Z
entre os géneros musicais. É Jorge Pereira
façanha di gna de louvor, a de compor com «mé- mente belas que estão em cena em Lisboa, e das 1º Sargento B
tier» uma ópera para uma falange de instrumen- melhores que nos últimos anos passaram por cá. Licenciado em Composição pela
tistas de sopro com uma música que realmente (www.soprosdimproviso.blogspot.com); Escola Superior de Música de Lisboa.
Professor de Composição nos Conservatórios
«funciona». (Ana Rocha – Expresso) O texto é comovente, a “composição”/libreto de Música de Santarém, Minde e Torres Novas
Saga - Ópera Extravagante, é o encontro único de João Brites a partir do manancial de Sophia,
de um conjunto de talentos, que se unem para profundamente inspirada. A música é arrepian- Fotos de Raul Pinto
ABATE AO EFECTIVO
N.R.P. “ZAMBEZE” (P 1147)
N.R.P. “ZAMBEZE” (P 1147)
1972-2006
O além das tarefas habituais, destacam-se as
N.R.P. “Zambeze” foi aumenta-
do ao Efectivo dos Navios da Ar-
participações em inúmeras acções S.A.R.
mada em 20 de Julho de 1972,
sendo o oitavo de dez navios patrulhas (Busca e Salvamento no mar) em auxílio
de navios mercantes, de embarcações de
da classe Cacine. pesca e recreio, a participação em exercí-
Durante os anos de 1972 e 1973 após cios nacionais e internacionais e missões
um período de treino e adestramento de apoio às entidades regionais da Ma-
da guarnição, realizou algumas missões deira e às respectivas populações. Duran-
nas Zonas Marítimas do Norte e do Sul. te estas missões o N.R.P. “Zambeze” este-
No dia 14 de Novembro de 1973 partiu ve em diversos portos onde manteve uma
com destino a Cabo Verde para uma Co- presença digna, prestigiando a Marinha.
missão no Ultramar. Entre 24 de Abril de No dia 25 de Setembro de 2003 o
1974 e 10 de Maio de 1974 reforçou o N.R.P. “Zambeze” iniciou o processo
dispositivo na Guiné-Bissau. De regresso a Cabo N.R.P. “Zambeze” efectuou várias missões nas de abate ao efectivo naval da Armada. A data
Verde, continuou a desempenhar a sua missão Zonas Marítimas do Norte, do Centro, do Sul marcou o final da profícua actividade operacio-
até 25 de Fevereiro de 1975, altura em que re- e da Madeira com visitas esporádicas ao ar- nal do navio, sendo marcada por uma singela
gressou a Lisboa. quipélago das Canárias. Nestas missões, para cerimónia presidida pelo Comandante Naval,
Desde aí até ao fim da sua vida útil, o VALM Silva Santos e teve lugar na Base
COMANDANTES DO N.R.P. “ZAMBEZE” (P 1147) Naval de Lisboa.
1TEN José Manuel Ferreira de Gouveia 1972-1974
Características Técnicas 1TEN João Alberto de Magalhães Cruzeiro 1974-1976 Após 31 anos de valiosos serviços pres-
1TEN Álvaro Amado Bordalo Ventura 1976-1977 tados a Portugal, o N.R.P. “Zambeze” en-
- Deslocamento: 310 toneladas; cetou então o seu processo de desarma-
- Comprimento: 44 m; 1TEN José Augusto Vilas Boas Tavares 1977-1979 mento, concluído a 02 de Setembro de
- Largura: 7,7 m; 1TEN António José da Costa Mateus 1979-1981
- Velocidade Máxima: 20 nós; 1TEN Augusto César da Gama Ferreira de Carvalho 1981-1983 2003 e que culminou no abate do navio
- Autonomia: 8.000 km a 12 nós; 1TEN Luís Filipe Borges Pereira e Cruz 1983-1985 em 15 de Novembro de 2006, determi-
- Propulsão: 2 Motores MTU 12V 538 Maybach 1TEN Luís Alberto Quartin Pereira da Costa 1985-1987 nado pela Portaria 1821/2006 de 08 de
com 37.500 hp de potência; Novembro.
- Guarnição: 3 Oficiais 6 Sargentos 24 Praças; 1TEN Guilherme José Lucrécio Chambel 1987-1988
- Armamento : 1 Peça Bofors de 40 mm/L60 1TEN Diogo Alberto Font Xavier da Cunha 1988-1990 A Marinha e o País agradecem ao
e 1 Peça Oerlikon de 20 mm. 1TEN Fernando José da Silva Coelho 1990-1992 N.R.P. “Zambeze” e a todos os que nele
- Armamento durante a Guerra do Ultra mar: 1TEN Miguel Nuno Pereira de Matos Machado da Silva 1994-1996 serviram e souberam levar longe o nome
1 Peça Bofors de 40 mm/ L60, 2 Peças Oer- 1TEN Nuno Miguel D’Orey Roquette Cornélio da Silva 1996-1997 de Portugal em tão prestigioso navio.
likon de 20 mm e 1 lança-foguetes de 32 tu- 1TEN António Pedro Ferreira Moreira 1999-2001 Z
bos de 37 mm;
- Sensores: Radar Kelvin Hughes KH-1007. 1TEN Pedro Gil Miranda de Castro 2001-2002 (Colaboração da ESQUADRILHA
1TEN César Manuel Pires Correia 2002-2003 DE NAVIOS PATRULHAS)
REVISTA DA ARMADA U NOVEMBRO 2008 27