Page 23 - Revista da Armada
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seu membro em 1984. “A ação de a iconografia, os sinais, entre outros”, seu nome e da Família, a home-
Valdez dos Santos na Academia acrescentou o Comandante Malhão Pereira nagem que a Academia quis fazer
de Marinha desde a sua admissão na fase final da sua comunicação. a seu Pai, cuja memória e faceta
é das mais notáveis.”, disse o ora- humana traçou em breves aponta-
dor, que prosseguiu salientando Por fim usou da palavra a filha primogé- mentos, plenos de afecto e emo-
que “esteve praticamente presente nita do Coronel Nuno Valdez dos Santos, ção, a que a assistência corres-
em todos os Simpósios, colaborou Dra. Maria da Graça, que agradeceu, em pondeu com uma forte e sentida
em inúmeros trabalhos colectivos, ovação.
proferiu inúmeras conferências,
representou frequentemente a Aca- A sessão de homenagem termi-
demia no âmbito da colaboração nou com a inauguração da sala
com outras instituições” e “traba- onde ficou instalado o «Legado do
lhou intensivamente na elaboração Coronel Nuno Valdez dos Santos»,
dos seus queridos Apontamentos e uma pequena mostra da produ-
para a História da Marinha”. “As 19 comu- ção bibliográfica do ilustre Acadé-
nicações que proferiu, não o foram só em mico, sendo ainda oferecida aos presentes
quantidade, mas também em qualidade. a Separata com as intervenções proferidas.
Os temas, sempre relacionados com a Na ocasião foram, simbolicamente, carim-
Armada, abarcam a artilharia naval, o ensino bados os primeiros quatro livros do acervo
náutico, os regulamentos e leis da Armada, – pela Viúva, pelas Filhas e por um Neto do
Coronel Nuno Valdez dos Santos.
Académico Emérito Coronel Nuno Valdez dos Santos
Comunicações nas sessões culturais Achegas para a História das Bandeiras Navais controvérsias sobre a Viagem de Vasco da Gama
da Academia de Marinha 23 de Março de 1999 IV Simpósio de História Marítima, 21 de Novembro
Setecentos anos de Estudos Navais em Portugal A Artilharia Neurobalística e os navios de 1996
21 de Fevereiro de 1982 dos Cruzados na Conquista de Lisboa Os Naufrágios da Carreira da Índia
A Hierarquia Naval 20 de Junho de 2000 V Simpósio de História Marítima, 21 de Outubro de 1998
20 de Junho de 1984 Dom Sebastião e o Mar Os Navios da Armada de Álvares Cabral – dúvidas
A Artilharia Naval e os canhões do galeão Santiago 22 de Janeiro de 2002 e controvérsias
18 de Dezembro de 1985 Lançamento do livro - Apontamentos para a História VI Simpósio de História Marítima, 26 de Outubro de 2000
Pedras que falam do Mar da Marinha Portuguesa Vol. II Fernão de Magalhães – algumas facetas da sua vida
10 de Dezembro de 1986 27 de Janeiro de 2004 VII Simpósio de História Marítima, 24 de Outubro 2001
A Marinha na época da Restauração O Professor Charles Boxer. Recordando um Mestre A Gloriosa Batalha e a Inglória Refrega
24 de Fevereiro de 1988 e um Amigo IX Simpósio de História Marítima, 26 de Outubro de 2005
Um desconhecido Tratado de Marinharia do 9 de Novembro de 2004 Comunicações em representação
séc.XVIII Os magníficos canhões da Ilha de Malta da Academia de Marinha
25 de Janeiro de 1989 13 de Dezembro de 2005 O Tejo e o Terramoto de 1755
A representação das Armas nacionais nas peças de Iconografia Naval Portuguesa. Apontamentos Academia das Ciências de Lisboa, 26 de Fevereiro de 2007
artilharia para o seu estudo Navios dos Cruzados na Tomada de Lisboa
11 de Julho de 1990 7 de Março de 2006 Sociedade de Geografia de Lisboa, 26 de Outubro de 2007
Os «Regimentos navais» do Marquês de Pombal Dois canhões portugueses com inscrições orientais Livros publicados pela Academia de Marinha
24 de Junho de 1992 14 de Outubro de 2008 Apontamentos para a História da Marinha Portugue-
As Bibliotecas Militares e o núcleo de temática Comunicações nos Simpósios de História Marítima sa, Vol I - 1991
marítima da Biblioteca do Exército da Academia de Marinha Apontamentos para a História da Marinha
11 de Abril de 1995 Os Regimentos de viagem das frotas do Brasil Portuguesa, Vol II - 2003
O Padre António Vieira e o Mar I Simpósio de História Marítima, 10 de Dezembro de 1992 Dieta Náutica e Militar (em colaboração)
11 de Dezembro de 1997 D. João II e a defesa marítima de Portugal Notas Introdutórias – “Através do Autor da Dieta
Os primeiros e os últimos navios a carvão III Simpósio de História Marítima, 12 de Outubro de 1995 Náutica”- 2004
da Marinha de Guerra Portuguesa D. João II e o Oceano Índico. Algumas dúvidas e
2 de Junho de 1998
Colaboração da ACADEMIA DE MARINHA
LANÇAMENTO DO LIVRO “DAS NAUS À VELA ÀS CORVETAS DE FERRO”
A MARINHA DE GUERRA E A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA - 1807 A 1857
No passado dia 18 de de-
zembro, decorreu, nas Francesa, e 1857, início do ree-
instalações da Livraria quipamento naval e entrada ao
“Ferin”, em Lisboa, a apresenta- serviço da propulsão a vapor e da
construção em ferro, olhando a
ção do livro Das Naus à Vela às Instituição não só como espelho,
Corvetas de Ferro - A Marinha de mas também como agente ativo
Guerra e a Evolução da Socieda- na transformação da realidade
de Portuguesa de 1807 a 1857, portuguesa naquele período.
da autoria do CFR Jorge Moreira A apresentação da obra ficou
Silva e editado pela Tribuna da a cargo do VALM Alexandre Sil-
História. va da Fonseca, tendo-se seguido
Este trabalho, baseado na tese de Guerra Portuguesa entre os anos de uma sessão de autógrafos e um
de mestrado em História Marítima do 1807, que marca a partida da Corte para “Setúbal de honra” a encerrar o evento.
autor, analisa a evolução da Marinha o Brasil aquando da primeira Invasão
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