Page 23 - Revista da Armada
P. 23
HOMENAGEM AO ACTOR RUY DE CARVALHO
NA ESCOLA NAVAL
O actor português Ruy nuamos a admirar. Teve, por
de Carvalho foi ho- isso, a Escola Naval a inicia-
menageado no passa- tiva de o convidar a visitar as
do dia 6 de Junho, na Escola suas instalações e conhecer
Naval, assinalando-se os 65 os cadetes do dia de hoje,
anos sobre o início das filma- convivendo um pouco com
gens da película “Eram 200 eles e revivendo os tempos
Irmãos”, onde interpretou em que aqui esteve durante
o personagem de um jovem as filmagens de há 65 anos.
cadete da Marinha. O filme, Durante a sua permanência,
realizado entre 1948 e 1951 teve ocasião de conhecer
por Armando Vieira Pinto, novas instalações e equipa-
tem como tema a vida dos mentos e visitando o museu
alunos da Escola, com espe- escolar, onde autografou os
cial enfoque para a relação dois cartazes que na época
de camaradagem e espírito de anunciavam o filme “Eram
entreajuda que continua a ser 200 Irmãos”. Foi homenageado
uma referência do nosso dia- na formatura diária, em que
-a-dia. Num enredo próprio foi lida a nota biográfica que
da vivência de quem tem vin- abaixo se transcreve e onde
te anos de idade, os rapazes teve oportunidade de dirigir
da “camarata 21” são 5 dos aos alunos algumas palavras
200 irmãos que integram o de sentida comoção. Para
Corpo de Alunos: alegres e além do extraordinário ta-
apaixonados como todos os lento enquanto actor, Ruy de
jovens, ufanos das suas faça- Carvalho é conhecido pela
nhas e ciosos do seu dever, sua militância cívica, não
como é próprio dos cadetes. hesitando em compartilhar
O filme marcou uma época connosco os valores que lhe
do cinema português e teve inspirou aquela formatura de
um efeito muito especial na jovens cadetes da Marinha.
Marinha, merecendo ainda “Amai a vossa Pátria e dêem-
hoje a nossa atenção pelos -lhe tudo o que ela mere-
valores morais que evoca, e ce” – foram as palavras com
com os quais a Escola Naval que encerrou o seu peque-
continua a identificar-se e a no e emocionado discurso.
pugnar. A Escola Naval viveu um mo-
mento alto na partilha de va-
O extraordinário actor que lores que lhe são muito caros
é Ruy de Carvalho dava, nes- e que têm um especial signi-
se tempo, os primeiros pas- ficado na educação dos seus
sos da longa e extraordinária alunos.
carreira artística. É, talvez, o
último sobrevivente do elen- J. Semedo de Matos
co então escolhido pelo rea- CFR FZ
lizador, desempenhando um
papel que está bem à medida N.R.
das qualidades que todos lhe O autor não adota o novo acordo
reconhecemos e que conti- ortográfico.
22 AGOSTO 2013 • REVISTA DA ARMADA
