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REVISTA DA ARMADA | 492

PRONTEX 14

AMarinha Portuguesa realizou entre            Gonçalves Alexandre, que embarcou, jun-                                                         Foto André Silva
     3 e 14 de novembro o exercício na-       tamente com o seu Estado-Maior, no NRP
val PRONTEX 14, cujo objetivo central foi     Bartolomeu Dias. O exercício PRONTEX 14        tação de procedimentos para a fase de
o de treinar e aperfeiçoar as capacidades     contou com a participação de dez navios        mar. Foram realizados, ademais, treinos
da Força Naval Portuguesa (FNP) e de um       de superfície e um submarino1. A Bartolo-      em simulador utilizando as capacidades
Estado-Maior embarcado na condução            meu Dias embarcou ainda um destacamen-         dos diversos polos de formação da Mari-
de operações navais. O exercício permitiu     to de helicópteros, o “Hooters”. Nas diver-    nha. A simulação efetiva a nível tático das
desenvolver capacidades no âmbito das         sas unidades encontravam-se embarcados         operações, assim como de navegação tá-
tradicionais disciplinas da guerra no mar,    pelotões de abordagem e destacamentos          tica, de limitação de avarias, de simulação
bem como em operações de interdição           de mergulhadores de combate, com as ca-        médica e de reabastecimento no mar, foi,
marítima, manobras e evoluções, reabas-       pacidades de projeção de força sempre dis-     nesta primeira fase, bem sucedida, e aju-
tecimento no mar e operação com aero-         poníveis. A componente de forças era assim     dou a preparar os exercícios a realizar na
naves. O PRONTEX 14 contou com a par-         constituída por um efetivo somado de mais      fase seguinte. Foram também testados to-
ticipação, pela primeira vez, de duas uni-    de um milhar de militares, que treinaram       dos os meios de comunicações e todos os
dades navais da Marinha Real de Marro-        por forma a manter e melhorar os padrões       sistemas de informação que viriam a ser
cos, no âmbito das relações bilaterais com    de prontidão operacional estabelecidos.        posteriormente utilizados.
este país, que integraram a Força Tarefa
constituída para o efeito. O exercício foi      O exercício decorreu em duas fases dis-        Já na fase de mar, o exercício baseou-
ainda realizado em articulação com o pla-     tintas: o treino de porto (“Inport training”)  se num programa seriado intenso e mui-
no de treino operacional do NRP Álvares       e uma fase de mar (“Sea phase”). O trei-       to exigente, sob condições meteorológi-
Cabral. O PRONTEX 14 decorreu nas áreas       no de porto decorreu na BNL e teve como        cas adversas, praticamente durante toda
de exercícios ao largo de Lisboa e Setúbal.   objetivo testar e aperfeiçoar a interope-      a semana. Foram contempladas as áreas
                                              rabilidade entre as unidades nacionais e       clássicas da guerra no mar: aérea, super-
  O Comandante Naval, VALM Pereira da         marroquinas. Durante este período de-          fície e subsuperfície. Foi ainda dado es-
Cunha, foi a entidade que conduziu o exercí-  correram reuniões setoriais com vista à        pecial enfoque à vertente da interdição
cio, tendo a FNP sido comandada pelo CMG      harmonização de doutrina e à implemen-         marítima, com vistorias e abordagens
                                                                                             a navios suspeitos, e à manutenção de
                                                                                             uma zona de exclusão marítima. No que

6 JANEIRO 2015
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