Page 26 - Revista da Armada
P. 26
REVISTA DA ARMADA | 495
NRP ÁGUIA
40º ANIVERSÁRIO
Foi com um elevado sentimento de orgulho que a guarnição do
NRP Águia comemorou o 40º aniversário da sua Lancha de Fis-
calização, concluído em 28 de fevereiro do presente ano.
A comemoração decorreu no curso de uma missão atribuída à
Zona Marítima do Centro, o que enalteceu e honrou o significado
desta efeméride.
Têm sido quatro décadas a cruzar todo o território marítimo
continental, nas quais o NRP Águia tem desempenhado missões
atribuídas às Zonas Marítimas do Norte, do Centro e do Sul, usu-
fruindo de todos os seus portos de atracação.
No âmbito desta celebração, realizou-se um almoço a bordo
deste resistente navio com a sua guarnição atual, atracado no
Porto de Abrigo de Sesimbra. O evento, que contribuiu para o
convívio entre todos, num ambiente familiar, terminou com o
corte do bolo comemorativo.
Foi um dia cujo destaque se atribuiu a todos os marinheiros e
a quem com eles trabalharam, que contribuíram – e continuam
a fazê-lo – para que esta Lancha de Fiscalização ainda finalize as
suas missões com sentimento de dever cumprido, ao serviço da
Marinha Portuguesa. Acreditamos que continuará a finalizar.
40 anos na crista e na cava do mar de Portugal: “A Pátria hon-
rae que a Pátria vos contempla”.
Colaboração do COMANDO DO NRP ÁGUIA
ACADEMIA DE MARINHA
Na sessão cultural de 10 de feverei- -1975), se mantém profundamente actual”, bilidade das águas costeiras e interiores,
ro foi feita a apresentação do últi- acrescentando que “um país sem poder ma- da participação e apoio a operações em
mo livro editado pela Academia de Ma- rítimo está limitado nas suas estratégias, fi- terra, e, por fim, do exercício da autori-
rinha – “Actas do Seminário A Marinha cando totalmente dependente do apoio de dade marítima nos principais portos in-
em África (1955-1975). Especificidades”. amigos e aliados e das estratégias de tercei- seridos naqueles territórios.
ros”. O orador lembrou que “ao tempo em
Conforme salientou o Presidente Nuno que decorreu este painel corria o último Colaboração da ACADEMIA DE MARINHA
Vieira Matias, “é importante que fiquem processo de revisão do Conceito Estratégico
para a história os factos, e não as versões de Segurança e Defesa Nacional, o que redo-
romanceadas por aqueles que nunca os brava a importância desta iniciativa. Assim
viveram e que, por vezes, não têm pela tivessem sido lidos, ouvidos e entendidos
verdade o respeito que nos deve mere- por quem de direito os “ensinamentos ou
cer”, acrescentando que o seminário, para conclusões úteis para a formulação de uma
além da oportunidade de informar e de- estratégia marítima nacional no momento
bater a acção da Marinha na Guerra do Ul- presente”, como constava dos objectivos
tramar com os alunos do Instituto de Estu- deste seminário. Tal não sucedeu”.
dos Superiores Militares – onde decorreu
– também “abria a possibilidade de vir a Na segunda apresentação do livro,
publicar os textos das intervenções, trans- pelo moderador do painel subordinado
formando-as em documento perene”. ao tema “A Marinha nos Três Teatros de
Operações – Guiné, Angola e Moçambi-
Organizado conjuntamente pelo IESM que”, o académico Castanho Paes referiu
e Academia de Marinha, o evento teve lu- os aspectos mais salientes das missões
gar em 25 de outubro de 2012, dividido em desempenhadas pela Marinha no âmbi-
dois painéis, moderados pelos almirantes to da protecção das fronteiras marítimas,
Francisco Vidal Abreu e José Castanho Paes. fluviais e lacustres contra a penetração e
infiltração de forças inimigas e dos seus
Ao fazer a sua apresentação do livro, o aca- reabastecimentos, do controlo das vias
démico Vidal Abreu salientou que o tema do de comunicação marítimas e fluviais e
painel por si moderado – “O Poder Marítimo protecção da respectiva navegação, da
Nacional e a Independência Estratégica” – manutenção das condições de navega-
– “embora enquadrado na acção da Mari-
nha em África e balizado no tempo (1955-
26 ABRIL 2015