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REVISTA DA ARMADA | 495

NRP ÁGUIA

40º ANIVERSÁRIO

                                                 Foi com um elevado sentimento de orgulho que a guarnição do
                                                    NRP Águia comemorou o 40º aniversário da sua Lancha de Fis-
                                                 calização, concluído em 28 de fevereiro do presente ano.

                                                    A comemoração decorreu no curso de uma missão atribuída à
                                                 Zona Marítima do Centro, o que enalteceu e honrou o significado
                                                 desta efeméride.

                                                    Têm sido quatro décadas a cruzar todo o território marítimo
                                                 continental, nas quais o NRP Águia tem desempenhado missões
                                                 atribuídas às Zonas Marítimas do Norte, do Centro e do Sul, usu-
                                                 fruindo de todos os seus portos de atracação.

                                                    No âmbito desta celebração, realizou-se um almoço a bordo
                                                 deste resistente navio com a sua guarnição atual, atracado no
                                                 Porto de Abrigo de Sesimbra. O evento, que contribuiu para o
                                                 convívio entre todos, num ambiente familiar, terminou com o
                                                 corte do bolo comemorativo.

                                                    Foi um dia cujo destaque se atribuiu a todos os marinheiros e
                                                 a quem com eles trabalharam, que contribuíram – e continuam
                                                 a fazê-lo – para que esta Lancha de Fiscalização ainda finalize as
                                                 suas missões com sentimento de dever cumprido, ao serviço da
                                                 Marinha Portuguesa. Acreditamos que continuará a finalizar.

                                                    40 anos na crista e na cava do mar de Portugal: “A Pátria hon-
                                                 rae que a Pátria vos contempla”.
                                                 	

                                                                                          Colaboração do COMANDO DO NRP ÁGUIA

ACADEMIA DE MARINHA

Na sessão cultural de 10 de feverei-             -1975), se mantém profundamente actual”,        bilidade das águas costeiras e interiores,
     ro foi feita a apresentação do últi-        acrescentando que “um país sem poder ma-        da participação e apoio a operações em
mo livro editado pela Academia de Ma-            rítimo está limitado nas suas estratégias, fi-  terra, e, por fim, do exercício da autori-
rinha – “Actas do Seminário A Marinha            cando totalmente dependente do apoio de         dade marítima nos principais portos in-
em África (1955-1975). Especificidades”.         amigos e aliados e das estratégias de tercei-   seridos naqueles territórios.
                                                 ros”. O orador lembrou que “ao tempo em
   Conforme salientou o Presidente Nuno          que decorreu este painel corria o último                 Colaboração da ACADEMIA DE MARINHA
Vieira Matias, “é importante que fiquem          processo de revisão do Conceito Estratégico
para a história os factos, e não as versões      de Segurança e Defesa Nacional, o que redo-
romanceadas por aqueles que nunca os             brava a importância desta iniciativa. Assim
viveram e que, por vezes, não têm pela           tivessem sido lidos, ouvidos e entendidos
verdade o respeito que nos deve mere-            por quem de direito os “ensinamentos ou
cer”, acrescentando que o seminário, para        conclusões úteis para a formulação de uma
além da oportunidade de informar e de-           estratégia marítima nacional no momento
bater a acção da Marinha na Guerra do Ul-        presente”, como constava dos objectivos
tramar com os alunos do Instituto de Estu-       deste seminário. Tal não sucedeu”.
dos Superiores Militares – onde decorreu
– também “abria a possibilidade de vir a           Na segunda apresentação do livro,
publicar os textos das intervenções, trans-      pelo moderador do painel subordinado
formando-as em documento perene”.                ao tema “A Marinha nos Três Teatros de
                                                 Operações – Guiné, Angola e Moçambi-
   Organizado conjuntamente pelo IESM            que”, o académico Castanho Paes referiu
e Academia de Marinha, o evento teve lu-         os aspectos mais salientes das missões
gar em 25 de outubro de 2012, dividido em        desempenhadas pela Marinha no âmbi-
dois painéis, moderados pelos almirantes         to da protecção das fronteiras marítimas,
Francisco Vidal Abreu e José Castanho Paes.      fluviais e lacustres contra a penetração e
                                                 infiltração de forças inimigas e dos seus
   Ao fazer a sua apresentação do livro, o aca-  reabastecimentos, do controlo das vias
démico Vidal Abreu salientou que o tema do       de comunicação marítimas e fluviais e
painel por si moderado – “O Poder Marítimo       protecção da respectiva navegação, da
Nacional e a Independência Estratégica” –        manutenção das condições de navega-
– “embora enquadrado na acção da Mari-
nha em África e balizado no tempo (1955-

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