Page 8 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 517
O SERVIÇO DE BUSCA E
SALVAMENTO MARÍTIMO
INTRODUÇÃO Decorrente dos compromissos assumi- busca e salvamento marítimo, nas SRR de
dos por Portugal no âmbito da Convenção Lisboa e de Santa Maria. Neste âmbito,
ortugal tem a maior área de Busca e de Busca e Salvamento Marítimo da Orga- Portugal tem assumido um papel de cres-
PSalvamento Marítimo (Search and Res- nização Marítima Internacional (Interna- cente relevo internacional, em virtude da
cue Region – SRR) de todo o continente tional Maritime Organization – IMO), os organização interdepartamental/intera-
Europeu. Esta área de responsabilidade Centros de Coordenação de Busca e Salva- gência que tem adotado e que lhe tem
é sessenta e duas vezes maior que a área mento Marítimo (MRCC) de Lisboa e Del- permitido gerar sinergias relevantes para
terrestre, compreendendo mais de cinco gada têm por missão coordenar as ações os bons resultados que têm sido alcança-
milhões de quilómetros quadrados. e os meios empenhados em operações de dos. Com efeito, e por oposição ao que
sucede na maioria dos países que contam
apenas com as capacidades atribuídas aos
seus serviços de busca e salvamento, em
Portugal foi criado um sistema, dirigido
pelo Ministro da Defesa Nacional, para o
qual concorrem diversas entidades gover-
namentais com meios, conhecimento e
capacidade de atuação em situações de
ocorrência de sinistros no mar, gerando-
-se, assim, objetivamente, maiores ga-
nhos de eficiência.
Nesse sistema está integrado o servi-
ço de busca e salvamento (Search and
Rescue – SAR) marítimo que funciona no
âmbito da Marinha e é responsável pelas
ações de busca e salvamento relativas a
acidentes ocorridos com navios e embar-
cações no mar.
8 ABRIL 2017