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REVISTA DA ARMADA | 517
          SALVA-VIDAS CLASSE VIGILANTE II



          ASSINATURA DE CONTRATO DE CONSTRUÇÃO


             a sequência da assinatura, em 10 de novembro de 2016, do
         NMemorando de Entendimento relativo ao projeto e cons-
          trução de quatro embarcações salva-vidas da Classe Vigilante
          modificada, entre a Marinha Portuguesa, a Autoridade Maríti-
          ma Nacional e a Arsenal do Alfeite, S.A., com a presença do
          Ministro da Defesa Nacional e do Secretário Estado da Defesa
          Nacional, foi possível celebrar um contrato para a construção
          de duas dessas embarcações no passado dia  21 de fevereiro.
           O ato foi presidido pelo Secretário de Estado da Defesa Na-
          cional, Dr. Marcos Perestrello, e contou com a presença do Che-
          fe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacio-                                              Foto 1SAR A Ferreira Dias
          nal,   Almirante  António  Silva Ribeiro, de diversos convidados
          da Marinha, da autarquia, de outras entidades ou empresas e
          até de outros países, bem como trabalhadores da Arsenal do
          Alfeite, S.A.                                       base de fibra de vidro, dispondo de equipamento diverso, nome-
           O contrato, assinado pelo Vice-almirante Vice-CEMA, por par-  adamente uma moto de água e respetiva rampa, bem como uma
          te da Marinha, e por dois membros da Administração, por parte   borda rebaixada, que se constatou serem fundamentais ao em-
          do estaleiro, envolve um valor de 3 milhões de Euros e prevê a   prego operacional. A sua construção constitui-se adicionalmen-
          entrega das duas embarcações salva-vidas durante 2018, uma   te como um momento marcante para a Arsenal do Alfeite, S.A
          no início e outra no final do ano, para reforço do dispositivo   e seus trabalhadores, pois desta forma o estaleiro retoma a sua
          nos Açores e na Póvoa de Varzim, permitindo ao Instituto de   atividade de construção, contribuindo assim para a dinâmica do
          Socorros a Náufragos aumentar a sua capacidade de resposta   sector da Indústria Naval na Área Metropolitana de Lisboa, com
          em operações de socorro e salvamento no mar.        impacto na Região e no País.
           As embarcações serão construídas em material compósito, à

          NRP TRIDENTE


          1ª REVISÃO INTERMÉDIA (RI)



             NRP Tridente encontra-se pre-                                           estado dos sensores do sistema de
         Osentemente nos estaleiros na-                                              combate;  inspeção  ao  hélice,  veio
          vais da tkMS (thyssenkrupp Marine                                          propulsor  e  lemes;  remoção  do
          System),  em  Kiel,  na  Alemanha,  a                                      painel amovível da propulsão para
          realizar  a  RI01+D01  (primeira  Re-                                      permitir a inspeção, e certificação,
          visão  Intermédia  com  Docagem),                                          das  garrafas  de  N2,  acumulado-
          após  término  do  respetivo  ciclo                                        res hidráulicos e silenciadores dos
          operacional de 7 anos.                                                     MTU`s; manutenção do sistema de
           Prevê-se  que  a  RI  venha  a  ter                                       lançamento de contramedidas e do
          uma duração de entre 15 a 18 me-                                           sistema de tubos lança armas.
          ses, sendo a mesma acompanhada                                               Este  projeto,  para  além  de  pre-
          in loco, e em permanência, por uma                                         parar o navio para o segundo ciclo
          Delegação Técnica de Acompanha-                                            operacional, reveste-se de extrema
          mento  e  Fiscalização  constituída                                        importância para a futura sustenta-
          por militares da Direção de Navios, auxiliados pela guarnição pre-  ção logística dos submarinos, na medida em que se consubstancia
          sente, e pontualmente por militares da Esquadrilha de Subsuperfície   como o momento charneira, e catalisador, para a edificação da capa-
          (exº, atividades na Bateria PP), com a responsabilidade de garantir   cidade de reparação de submarinos na Arsenal do Alfeite, S.A. Sob
          escrupulosamente o especificado em âmbito de contrato. No res-  esta égide, a AA, S.A. empenhou um grupo de técnicos em Kiel a fim
          peitante a manutenção de 1º e 2º escalão, o garante da mesma recai   de acompanhar os trabalhos de docagem, permitindo a obtenção de
          sob o navio.                                        skills e know-how, de forma a serem criadas todas as condições para
           São exemplos de atividades de maior criticidade e realce as se-  a realização da RI01+D01 do NRP Arpão na AA, S.A. em 2018/2019.
          guintes: substituição da Bateria PP; revisão de todos reservatórios
          de H2 e LOX; revisão de todas as válvulas de casco; upgrade do      Colaboração da DELEGAÇÃO DE ACOMPANHAMENTO
          sistema inercial MINS; revisão de todos os mastros; verificação do             E DO COMANDO DO NRP TRIDENTE



                                                                                                     ABRIL 2017  11
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