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REVISTA DA ARMADA | 525


          BALANÇO DAS ATIVIDADES


          2017






         AUTORIDADE MARÍTIMA NACIONAL

           A AMN tem como órgãos execuƟ vos, técnicos e operacionais a   Em 2017 foi dada conƟ nuação à implementação do sistema “Costa
         Direção-Geral da Autoridade MaríƟ ma (DGAM), e sua estrutura   Segura”, no território nacional com a instalação das estações locais de
         desconcentrada, designadamente os Departamentos MaríƟ mos,   Vila Real de Santo António, Santa Maria (Olhão), Ponta Altar (PorƟ -
         as Capitanias dos Portos e suas Delegações MaríƟ mas, e a Polícia   mão), Douro, Póvoa do Varzim, Ponta do Pargo, S. Jorge (Madeira) e
         MaríƟ ma (PM).                                       Cabo de São Vicente, tendo fi cado edifi cadas um total de 16 estações.
                                                              Até ao fi nal de 2018 fi carão instaladas 30 estações em todo o territó-
         DIREÇÃO-GERAL DA AUTORIDADE MARÍTIMA                 rio nacional, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores.
                                                               Foi consumado o processo de edifi cação e capacitação da Estrutura
                        Está legalmente comeƟ da à DGAM a direção,   da AMN nas Ilhas Selvagens. As ações desenvolvidas decorreram em
                       coordenação e controlo das aƟ vidades  exercidas   três fases disƟ ntas, ao longo de seis meses, no período compreendido
                       por aqueles órgãos, bem como dirigir a aƟ vidade   entre julho de 2016 e julho de 2017, e foram coordenadas de forma
                       das suas direções técnicas, nomeadamente, a Dire-  integrada pela Direção de Faróis, Capitania do Porto do Funchal,
                       ção de Faróis (DF), o InsƟ tuto de Socorros a Náufra-  Departamento MaríƟ mo da Madeira e Comando Naval. A presença
                       gos (ISN), o Serviço de Combate à Poluição do Mar   da Polícia MaríƟ ma nas Ilhas Selvagens assegura o permanente exercí-
                       (SCPM) e a Escola da Autoridade MaríƟ ma (EAM).  cio da autoridade do Estado em todo o espaço maríƟ mo circundante.
           No que respeita à aƟ vidade desenvolvida em 2017 pelas Direções
         Técnicas da DGAM salienta-se:                        SERVIÇO DE COMBATE À POLUIÇÃO DO MAR
                                                               No SCPM, o ano de 2017 fi cou marcado pela vertente operacio-
         DIREÇÃO DE FARÓIS                                    nal de treino e formação em diversos exercícios e demonstrações
           Da aƟ vidade desenvolvida destacam-se três grandes áreas de   de capacidades conjuntas com organizações e enƟ dades nacionais
         atuação, nomeadamente, o Assinalamento MaríƟ mo e Balizagem,   e internacionais.
         o Sistema “Costa Segura” e a capacitação da estrutura da AMN nas   Entre outros cenários, o de poluição marinha foi simulado em duas
         Ilhas Selvagens.                                     grandes iniciaƟ vas, no exercício denominado PROTEGER, que teve
           A manutenção e atualização das ajudas à navegação, faróis e   lugar na Baía de Cascais, onde se treinou a capacidade de resposta
         boias, foram uma aƟ vidade permanente desta Direção durante o   em caso de emergência civil, e no exercício COASTEX, em Troia, o
         ano de 2017, consƟ tuindo um contributo essencial para a segu-  primeiro exercício europeu de aƟ vidades de Guardas Costeiras, no
         rança da navegação. Neste âmbito, é de relevar a remodelação do   âmbito do European Coast Guard FuncƟ ons Forum (ECGFF).
         automaƟ smo e do sistema iluminante do Farol de Sagres, man-  O ano terminaria com o exercício de combate à poluição ATLANTIC
         tendo o tradicional aparelho óƟ co  de  Fresnel. Decorrente des-  POLEX.PT de âmbito nacional realizado em Vila Real de Santo Antó-
         tes trabalhos foi instalado um sistema de mudança de lâmpada,   nio, que contou com a presença de várias enƟ dades e organizações
         desenvolvido por esta Direção, para a permuta da lâmpada prin-  nacionais e internacionais. Neste exercício, decorrente da simulação
         cipal alimentada a 220 VAC, quando inoperacional, por uma lâm-  de um incidente de poluição maríƟ ma, foram empenhados diver-
         pada alimentada através das baterias.                sos meios, em diferentes cenários, em terra e no mar, tendo parƟ ci-
           Foi também instalado um sistema de monitorização e controlo   pado, pela primeira vez neste exercício, a Marinha Real Marroquina.
         via Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM) que emite,   Para além disso, o SCPM recebeu nas suas instalações a visita de
         através do serviço de mensagens curtas (SMS), informação sobre o   uma Delegação da União Europeia, realizada no âmbito do pro-
         seu estado de funcionamento, bem como de situações anómalas.   grama de intercâmbio de peritos do Mecanismo Europeu da Pro-
         Salienta-se, ainda, a remodelação dos sistemas iluminantes dos   teção Civil, e foram ainda realizadas várias ações de formação bem
         farolins da Selvagem Grande e da Selvagem Pequena, para tecno-  como realizado o treino próprio que este Serviço realiza todos os
         logia de díodo emissor de luz (LED).                 anos na Base LogísƟ ca de Troia.
           Na vertente da balizagem foi realizada a manutenção das boias
         do Parque Natural da Arrábida (PNA), da boia NR 1 de Setúbal, das   INSTITUTO DE SOCORROS A NÁUFRAGOS
         boias NR 1 e NR 3AB do canal do Alfeite, da boia NR 8 do canal de   O Serviço de Salvamento MaríƟ mo do ISN, no âmbito da aƟ vidade
         Olhão e das boias NR 1, NR 3 e NR 5 do canal de PorƟ mão.  do conjunto das Estações Salva-vidas, registou em 2017 um total de
           No âmbito da Cooperação Técnico-Militar com a República Demo-  472 saídas de socorro, das quais resultaram 23 vidas salvas, bem
         cráƟ ca de São Tomé e Príncipe (CTM-STP), sob a égide da Direção-  como 265 pessoas e 85 embarcações assisƟ das.
         -Geral de PolíƟ ca de Defesa Nacional, foi realizada uma Assessoria   Ao longo de 2017, saliente-se a realização do curso de Tripulante
         Técnica Temporária (ATT), de 28 de outubro a 22 de dezembro.   de Embarcações Salva-vidas desƟ nado à integração nos quadros
         Esta ATT decorreu no âmbito do Programa-Quadro para o triénio   da AMN de 26 novos tripulantes para as Estações Salva-vidas.
         de 2015 a 2017, cujo objeƟ vo global é apoiar a Guarda Costeira   Também é de assinalar a organização, em Portugal, do exercício
         Santomense e o serviço de Apoio à Navegação, balizando a sua   internacional CREW EXCHANGE da InternaƟ onal MariƟ me Rescue
         ação na manutenção da rede de assinalamento maríƟ mo de São   FederaƟ on (IMRF) com a integração no SSM de cinco tripulantes
         Tomé e Príncipe.                                     oriundos de Inglaterra, Holanda, Alemanha, Estónia e França.


         20   JANEIRO 2018
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