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REVISTA DA ARMADA | 525
INSTITUTO HIDROGRÁFICO
O Projeto do Mapeamento do Mar Português nal de Hidrografi a e Navegação de Moçambique e com a Agência
foi uma das principais aƟ vidades do InsƟ tuto MaríƟ ma e Portuária de Cabo Verde.
Hidrográfi co (IH) em 2017, tendo sido mapeada Em 2017, o IH passou a estar cerƟ fi cado em conformidade com
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uma área de 120.000 Km , correspondente a o novo referencial ISO 9001:2015. Os ensaios İ sico-químicos, sedi-
mais de 30% da área terrestre de Portugal. mentológicos e as calibrações encontram-se acreditados pelo
No âmbito da cooperação técnico-militar, IPAC, tendo sido submeƟ dos aos requisitos da norma de referên-
foram efetuados mapeamentos hidrográfi cos na Guiné-Bissau e cia (NP EN ISO/IEC 17025) um conjunto mais alargado de ensaios.
em Cabo Verde, regiões onde o IH detém um extenso número A Escola de Hidrografi a e Oceanografi a obteve o reconhecimento
de cartas náuƟ cas. internacional do Curso de Especialização em Hidrografi a, Categoria A,
O IH tem reforçado o seu papel no desenvolvimento do conhe- que conƟ nua a ser, a nível mundial, um dos vinte cursos reconhecidos.
cimento do oceano nas áreas da oceanografi a, geologia marinha, Este curso integra, no ano leƟ vo de 2017/18, além de ofi ciais da Mari-
hidrografi a, gestão de dados, química e segurança da navegação. A nha Portuguesa, um ofi cial da Marinha Real de Marrocos e dois civis
acrescentar aos 14 projetos de invesƟ gação em curso, com fi nan- de nacionalidades italiana e brasileira. O Curso Técnico de Hidrografi a,
ciamento externo, o IH viu aprovados, durante o ano, mais 5 proje- concluído em 2017, também integrou 5 ofi ciais da Marinha de Angola.
tos de invesƟ gação, num total de 1,8 milhões de euros. Em 2017 foi organizada a exposição fotográfi ca “Convento das
A edifi cação do novo Centro Meteorológico e Oceanográfi co Trinas – Anos 40 vs. Hoje” e realizou-se a sessão evocaƟ va do Dia
Naval permite, agora, uma melhor gestão e a disponibilização da Mundial da Hidrografi a alusiva ao tema “Mapear os nossos mares,
informação GEOMETOC, essencial ao planeamento e à condução oceanos e vias navegáveis – mais importante do que nunca”.
das operações navais e maríƟ mas e à aƟ vidade do IH. O IH editou o livro “100 anos da Aviação Naval” e, no âmbito das
No âmbito da cooperação insƟ tucional, foram estabelecidos pro- comemorações dos 700 anos da Marinha, promoveu a exposição
tocolos de cooperação com o Centro Interdisciplinar de InvesƟ ga- “A Cartografi a nos 700 anos da Marinha”, que contou com a visita
ção Marinha e Ambiental, com a Faculdade de Ciências da Uni- do Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa.
versidade de Lisboa, com a Secretaria Regional do Mar, Ciência e
Tecnologia do Governo Regional dos Açores, com o InsƟ tuto Nacio- Colaboração do INSTITUTO HIDROGRÁFICO
ESCOLA NAVAL
No ano em que se celebraram 700 anos da cria- painel de oradores formado por enƟ dades de reconhecido mérito no
ção formal da Marinha e em que foram realizadas âmbito do ensino superior universitário e militar, nacional e estran-
múlƟ plas aƟ vidades para divulgar esta importante geiro, conferindo, assim, uma visão global sobre a perspeƟ va externa
efeméride, realizou-se na Escola Naval, no dia 8 de da formação dos ofi ciais da Marinha. De igual modo, o segundo dia
junho, a Sessão Solene alusiva a esta efeméride incidiu sobre a perspeƟ va interna da Marinha, tendo sido proferidas
e, concomitantemente, de assinatura de proto- comunicações pelos chefes dos setores com as suas apreciações sobre
colo com a Universidade de Lisboa, no domínio do o tema. Desta forma, o seminário possibilitou uma refl exão holísƟ ca
Estudo, Ensino e InvesƟ gação. Esta cerimónia foi presidida pelo Minis- sobre a formação inicial dos ofi ciais de Marinha, por forma a assegu-
tro da Defesa Nacional, Professor Doutor José Alberto Azeredo Lopes, rar que a Escola Naval possa conƟ nuar a enfrentar com sucesso os
e mostrou, de forma inequívoca, que ao longo dos úlƟ mos 700 anos inúmeros desafi os e, assim, contribuir para o cumprimento da missão
a Marinha esteve sempre presente e assumiu um papel fundamen- da Marinha.
tal nos grandes acontecimentos, ao serviço de Portugal e dos portu- Ainda no âmbito das Comemorações dos 700 Anos da Marinha,
gueses. Marcaram presença ilustres enƟ dades académicas, militares e decorreu no dia 11 de dezembro o Seminário Internacional “Estraté-
civis, que conferiram acrescido brilho e muito dignifi caram a cerimónia. gias MaríƟ mas para o Séc. XXI”. Presidido pelo CEMA e AMN contou
No dia 29 de setembro, realizou-se a cerimónia de Juramento de com um painel de oradores formado por docentes nacionais e inter-
Bandeira e entrega de espadas aos Aspirantes do Curso “D. Maria II”. nacionais pertencentes ao Ensino Superior Universitário, os quais têm
A cerimónia foi presidida pelo Presidente da República, simbolizando desenvolvido e publicado inúmeros trabalhos inseridos nesta temáƟ ca.
o fi m de uma etapa repleta de desafi os, de aprendizagem, de assimi- ParƟ ciparam também diversas comiƟ vas pertencentes às Marinhas
lação de experiências, de rigorosa formação intelectual, académica, amigas e aliadas de Portugal, bem como muitas outras individualida-
İ sica, militar-naval e comportamental, bem como o preambular de des de elevado mérito.
uma carreira de Ofi ciais de Marinha, servindo Portugal no mar. O objeƟ vo principal deste evento foi alcançado através de uma
Nos dias 6 e 7 de outubro, teve lugar na Escola Naval o seminário refl exão abrangente sobre o tema “Estratégia MaríƟ ma”, permiƟ ndo
“Escola Naval: Formação Inicial de Ofi ciais da Marinha”, o qual teve formar perspeƟ vas diversas sobre o uso do mar para o século XXI.
como objeƟ vo concreƟ zar uma refl exão abrangente sobre este tema.
No primeiro dia, o seminário contou com a presença de um ilustre Colaboração da ESCOLA NAVAL
JANEIRO 2018 17