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REVISTA DA ARMADA | 527

NRP D. FRANCISCO DE ALMEIDA

STANDING NATO MARITIME GROUP 1 Foto Chris an Valverde

A 6 de agosto de 2017, após um período de treino e aprontamento, a fragata NRP D. Francisco de Almeida largou da Base Naval de
Lisboa (BNL) rumo a uma missão de quatro meses ao serviço da North Atlan c Treaty Organiza on (NATO), integrando o Standing
NATO Mari me Group One (SNMG1). Esta força tem por principal objeƟ vo o estabelecimento célere de uma presença militar aliada
em operações de apoio à paz, embargo, ajuda humanitária e proteção ou segurança de populações e infraestruturas. Neste senƟ do,
as várias unidades navais operacionais integrantes benefi ciam de oportunidades constantes de treino internacional, desenvolvendo
perícias técnico-táƟ cas, espírito de coesão e garanƟ a de um elevado estado de pronƟ dão.

primeira fase da missão decorreu entre 6 de agosto e 26 de Marinha alemã e recebido pela Suécia no Mar BálƟ co durante o
A setembro, consisƟ ndo no reforço da presença naval no Mar período de 11 a 21 de setembro envolvendo a parƟ cipação de,
BálƟ co e no Mar do Norte, regiões maríƟ mas estratégicas para aproximadamente, 5000 militares em meios navais, terrestres e
a NATO e de singular sensibilidade dada a atualidade geopolí- aéreos de 11 países NATO e não-NATO.
Ɵ ca. Este período fi cou marcado pelas diversas interações com O NRP D. Francisco de Almeida integrou este exercício nas fases
unidades da Federação Russa, para além de diversas interações Combat Enhancement Training (CET) como parte do Task Group
com parceiros da NATO que permiƟ ram aumentar a interopera- 701.03, consƟ tuído adicionalmente pelos seguintes navios do
bilidade. Durante este período, o NRP D. Francisco de Almeida SNMG1: a fragata da Marinha norueguesa HNoMS O o Sverdrup
parƟ cipou no exercício Northern Coasts 2017. (navio-almirante onde se encontrou embarcado o Comandante
A segunda fase da missão decorreu entre 27 de setembro e 2 de do SNMG1 – COMSNMG1), o reabastecedor da Marinha alemã
novembro, altura em que o SNMG1 atuou no Mar Mediterrâneo, FGS Rhön, a fragata da Marinha holandesa HNLMS Evertsen, a
onde foi desenvolvida uma intensa aƟ vidade de vigilância e de fragata da Marinha canadiana HMCS Charlo etown e, da Mari-
conhecimento situacional. Este período fi cou ainda marcado pela nha dinamarquesa, o navio polivalente HDMS Esbern Snare e a
parƟ cipação em múlƟ plos exercícios conjuntos, dos quais se des- fragata HDMS Niels Juel.
taca o exercício Brilliant Mariner 2017 e a parƟ cipação na opera- O resultado deste exercício foi o reforço das componentes ope-
ção Sea Guardian. Durante esta fase destaca-se ainda o estreita- racionais da força, com incidência nas áreas da guerra conven-
mento das relações militares e diplomáƟ cas com a Argélia, que cional (luta anƟ ssubmarina, anƟ ssuperİ cie e anƟ aérea), apro-
culminaram com a paragem inaugural não só do NRP D. Francisco ximando-se dos padrões de interoperabilidade e desempenho
de Almeida como também de uma Força Naval NATO no porto de adequados e exigidos a uma força de elevada pronƟ dão mulƟ -
Argel, capital do mesmo país, a 16 de outubro de 2017. nacional.
A terceira e úlƟ ma fase desta longa missão decorreu entre 3
de novembro e 6 de dezembro, com incidência de operações BRILLIANT MARINER 2017
no AtlânƟ co Norte onde o NRP D. Francisco de Almeida realizou
vários exercícios de oportunidade que incluíram exercícios com a O exercício Brilliant Mariner 2017 foi parte integrante do pro-
Marinha portuguesa, mas também com as Marinhas marroquina, cesso de cerƟ fi cação da NATO Response Force 2018 (NRF18), à
espanhola e francesa, destacando-se a passagem nas áreas do qual o SNMG1 pertence e cujo principal objeƟ vo é garanƟ r a inte-
Flag Offi cer Sea Training (FOST). roperabilidade e cooperação entre os países NATO e os seus alia-
dos no mar, ar e terra em todos os cenários de operações, consƟ -
tuindo ainda uma oportunidade úƟ l de avaliação do Comandante
NORTHERN COASTS 2017
da Força Naval francesa (COMFRMARFOR) das capacidades de
O exercício Northern Coasts 2017 (NOCO17) teve como obje- combate das forças sob o seu comando.
Ɵ vo treinar a resposta de uma Força MulƟ nacional – em todas as A parƟ cipação do NRP D. Francisco de Almeida decorreu de 29
áreas de operações no mar – a um cenário de crise com potencial de setembro a 13 de outubro e, neste período, o exercício contou
escala para confl ito internacional. É um exercício realizado anual- com mais 28 meios navais, 32 meios aéreos e 440 militares no
mente e, este ano, na sua décima edição, foi organizado pela meio terrestre, contemplando um total de 13 países.

8 MARÇO 2018