Page 11 - Revista da Armada
P. 11
REVISTA DA ARMADA | 527
Foto Carlos Rodrigues
Guarnição do NRP D. Francisco de Almeida (Argel)
No dia seguinte, 30 de Novembro, ocorreu ainda a bordo a exercícios internos focalizados, como por exemplo, no treino de
cerimónia de atribuição das medalhas NATO evocaƟ vas dos 47 combate a incêndios, treino de combate a alagamentos, pales-
dias de missão na Operação Sea Guardian e à noite fomos, pela tras na área da saúde, entre outros.
úlƟ ma vez, recebidos a bordo do HNoMS OƩ o Sverdrup, para o Houve ainda oportunidade para eventos lúdicos, nomeadamente
úlƟ mo evento protocolar desta missão. Após estes 2 dias preen- torneios de videojogos, cartas, setas, concursos de fotografi a,
chidos, cada um folgou e aproveitou para visitar a cidade Lon- aulas de dança e de fi tness bem como convívios temáƟ cos.
drina. No fi nal, apesar de todos terem gostado da estadia nesta
cidade, foi com um sorriso rasgado que o NRP D. Francisco de CONCLUSÕES
Almeida, a 2 de dezembro, disse adeus a Inglaterra e ao SNMG1
e rumou para a Base Naval de Lisboa, para casa e para a família. Do Golfo da Finlândia, no Mar BálƟ co, ao Mar Mediterrâneo
Este úlƟ mo trajeto foi parƟ cularmente marcado pelo ambiente Central, passando pelo Mar do Norte e pelo AtlânƟ co, os 186
de conƟ da ansiedade pelo regresso a casa, mas com senƟ do de militares da fragata D. Francisco de Almeida levaram o navio a
saƟ sfação pelo trabalho realizado. Desta feita, a 6 de dezembro, bom porto e executaram as suas funções com orgulho e profi s-
o NRP D. Francisco de Almeida atracou na BNL, num úlƟ mo sus- sionalismo, cumprindo assim a sua missão.
piro, já com um pé de fora, olhou novamente para o mar e disse: No fi nal de quatro meses o NRP D. Francisco de Almeida parƟ -
“até já”. cipou em dois exercícios mulƟ nacionais, efetuou presença naval
no Mar BálƟ co, onde acompanhou vários grupos de navios rus-
sos e parƟ cipou numa operação real dirigida pela NATO, onde
ATIVIDADES A BORDO
desempenhou funções e tarefas de grande complexidade e
Escrevendo à parte da área operacional, a vida diária a bordo importância.
a navegar é feita de roƟ nas ininterruptas que se estendem por Entre períodos de navegação, esta unidade da Marinha Portu-
todo o tempo que se passa no mar. Desta forma, em períodos guesa reforçou as relações diplomáƟ cas de Portugal com países
mais alongados é inevitável o desenvolvimento de aƟ vidades membros e não membros da NATO, estreitando laços, fortale-
menos “operacionais” que desenvolvem o espírito de equipa e cendo a interoperabilidade e abrindo possibilidades a futuras
camaradagem. colaborações.
Durante toda a missão houve ainda oportunidade para alguns Terminada a missão, é altura da guarnição aproveitar o mere-
elementos da guarnição efetuarem troca de experiências no mar cido descanso para reencontrar amigos e familiares. É com sen-
com os outros navios da força. Estas aƟ vidades visam criar proxi- Ɵ mento de saƟ sfação que voltam a casa, e com a alma de mari-
midade entre os diversos elementos e, forçosamente, comparar- nheiro já norteada para a próxima oportunidade que terão para
mo-nos com outros no que diz respeito ao Ɵ po de plataforma e representar condignamente e em qualquer lugar a Marinha e
procedimentos uƟ lizados. Portugal.
Para manter a guarnição alerta e pronta, de forma a desenvol-
ver as suas capacidades e competências, realizaram-se inúmeros Colaboração do COMANDO DO NRP D. FRANCISCO DE ALMEIDA
MARÇO 2018 11