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REVISTA DA ARMADA | 557
GRUPO AERONAVAL DO PORTAAVIÕES
HMS QUEEN ELIZABETH
da Dunvania de ataques aéreos e de incursões de unidades de
superİ cie; enquanto fazia isso, não deixava de exercer pressão DR
sobre o HMS Queen Elizabeth, garanƟ ndo permanentemente o
posicionamento de unidades capazes de atacar o grupo aero-
naval sem aviso prévio.
Por moƟ vos externos, o exercício acabou por ser inicialmente
suspenso e posteriormente concluído, quando se preparava a
formação do Surface Strike Group para realizar o ataque direto
ao HMS Queen Elizabeth. Embora não tenha havido oportuni-
dade de levar a cabo os ataques cirúrgicos longamente planea-
dos, a parƟ cipação do NRP Corte-Real no Joint Warrior 202 foi
muito proİ cua, consƟ tuindo uma rara oportunidade de operar
com um tão elevado número de meios navais e aéreos, num O porta-aviões HMS Queen Elizabeth, recém-integrado na
cenário e áreas de exercícios desafi antes. Marinha britânica, tem por objeƟ vo aƟ ngir a sua capacidade
operacional inicial (IOC) até ao fi nal do ano. Para tal precisava
ESTADIA EM DEVONPORT de operar no mar com a capacidade plena de meios aéreos
(14 aviões de combate e 8 helicópteros Merlin) embarcados e
O NRP Corte-Real e o BNS Leopold I atracaram na Base Naval chefi ar, simultaneamente, um grupo de navios de escolta. O
de Devonport, Plymouth, Reino Unido a 17 de outubro. O HMCS conjunto consƟ tuiria o Grupo Aeronaval do porta-aviões HMS
Toronto Ɵ nha já sido destacado da força alguns dias antes, para Queen Elizabeth.
atracar no porto de Portsmouth e iniciar um período de descanso. Sem meios aéreos próprios – aviões de 5ª geração F-35B Joint
A estadia em Plymouth, que viria a terminar a 3 de novembro, Strike Fighter (versão STOVL – descolagem curta/aterragem
foi interrompida duas vezes. O navio saiu para o mar de 20 a 23 verƟ cal) – em número sufi ciente, houve que juntar ao esqua-
de outubro, para integração no SNMG1 do reabastecedor fran- drão inglês “The Dambusters” da RAF, o esquadrão VMFA-211
cês FS Somme; voltou a sair no dia 1 de novembro para a rea- “The Wake Island Avengers” do U.S. Marine Corps, dispondo de
lização de provas de mar, após a reparação efetuada no motor meios idênƟ cos.
principal de EB por uma equipa da Arsenal do Alfeite, SA. A escolta era consƟ tuída pelos contra-torpedeiros HMS Defen-
A missão do NRP Corte-Real como navio almirante da SNMG1 der, HMS Diamond e USS The Sullivans, pelas fragatas HMS Kent,
conƟ nua, sem limitações operacionais; a guarnição está pronta HMS Northumberland e HNLMS Evertsen e por um submarino
a enfrentar os próximos desafi os: a parƟ cipação no exercício nuclear de ataque; como navios reabastecedores, dispunham
francês ORCA 2020; a integração do destacamento de helicóp- dos RFA Tideforce e RFA Fort Victoria, com guarnições civis.
teros alemão a bordo; e a chegada a novas áreas de operação, Há mais de 30 anos que um navio inglês não operava um
acima do Círculo Polar ÁrƟ co onde, nesta altura do ano, as bai- grupo aéreo embarcado tão poderoso. Também há mais de 20
xas temperaturas e o estado do mar irão, certamente, pôr à anos que não se reunia na Europa uma força naval conjunta e
prova a resiliência do navio. combinada tão poderosa. Logo o principal oponente da SNMG1
(com o NRP Corte-R eal como fl agship) no exercício JW202.
Colaboração do COMANDO DO NRP CORTE-REAL
DEZEMBRO 2020 7