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REVISTA DA ARMADA | 567

                                                               O exercício CALFEX realizou-se junto à fronteira com a Bielorrús-
                                                              sia, sob o comando da Motorized Infantary Brigade “Griffin” , e
                                                                                                             6
                                                              teve como objetivo o treino e a avaliação do contingente lituano
                                                              no planeamento e condução de operações defensivas convencio-
                                                              nais. No exercício foram empregues todos os sistemas de armas
                                                              da FFZ, i.e., foi feito fogo real, inclusivamente com os morteiros
                                                              de 60 mm de longo alcance, o canhão-sem-recuo Carl Gustav de
                                                              84 mm, o lança-granadas automático de 40 mm e o míssil anticar-
                                                              ro Milan (dois disparos).
                                                               O CALFEX constituiu uma oportunidade de excelência para um
                                                              melhor conhecimento mútuo, potenciando a interoperabilidade
                                                              entre as forças militares portuguesas e lituanas na sua defesa co-
                                                              letiva. Realce, ainda, para:
                                                               – Todo o conjunto de atividades de manutenção dos padrões de
                                                              prontidão operacional;
                                                               – Partilha de conhecimentos e perícias em ações de treino cruzado
                                                              com a unidade parceira Grand Duke Butegeidis Dragoon Battalion;
                                                               – O treino de combate a curtas distâncias e em áreas edificadas,
                                                              conduzido em infraestruturas variadas, culminando com treinos
           No decurso dos exercícios “Baltic Fortress 21” e “Strong Griffin   muito realistas, com fogo real e elevado grau de dificuldade; e
          21” foi patente o entusiasmo com que militares portugueses (da   – O tiro de combate, como uma área técnica proeminente.
          Marinha)  e  lituanos  (do  Exército  lituano)  partilharam  conheci-
          mentos e experiências, quer no planeamento e condução de pa-  ATIVIDADE OPERACIONAL - SOMTU
          trulhas ribeirinhas, quer nas ações de Quick Reaction Force (QRF).
          Para além da FFZ, participaram nos exercícios forças da Polónia,   Quanto à Componente de Operações Especiais, a principal uni-
          do Reino Unido e da Alemanha.                       dade parceira da SOMTU foi a Kovinių Narų Tarnyba (KNT) , sedia-
                                                                                                          7
           Para os Mergulhadores Sapadores, estes exercícios constituíram   da também em Klaipeda. Com o KNT e outras unidades lituanas,
          uma excelente oportunidade de partilha de experiências com a   realizaram-se diversos treinos conjuntos e combinados de Ope-
          unidade de mergulhadores de combate da Lituânia, o Povandeni-  rações Especiais, que se distinguiram pela complexidade e nível
          niu veiksmu komanda (PVK) .                         de ambição, abrangendo ações de mergulho (em águas abertas e
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           Os  exercícios  "Baltic  Fortress  21  e  Strong  Griffin  21"  tinham   interiores), operações de abordagem e ações diretas sobre obje-
          como finalidade o adestramento básico coletivo, i.e., tinham as   tivos em terra, incluindo contraterrorismo e resgates de reféns.
          habituais duas fases – a de Combat Enhancement Training/Field   Realce para a participação no exercício internacional combina-
          Integration and Training (CET/FIT) e a de Tactical Exercise (TACEX).    do “Baltic Fortress 21”, que teve como principal objetivo a consti-
          Na  CET/FIT  definiam-se  os  objetivos  a  alcançar,  esclarecia-se   tuição e validação de um Special Operations Maritime Task Group
          quanto à doutrina relativa ao processo de planeamento e con-  (SOMTG), constituído pela SOMTU Portuguesa, a SOMTU do KNT
          dução de operações anfíbias e patrulhas motorizadas. Já a TACEX   e a SOMTU Americana do SEAL TEAM 10. Na fase seriada inicial
          consistia na preparação técnica e tática de todos os militares para   do  exercício,  procurou-se  o  entrosamento  das  SOMTU  através
          atuação nos diferentes cenários criados; nesta fase, os Mergulha-  de cross-training. Na fase de Live Exercise (LIVEX), realizaram-se
          dores Sapadores do Destacamento de Mergulhadores Sapadores   ações:
          Nº1  realizaram  mergulhos  de  Explosive  Ordnance Reconnais-  – De treino evolutivo de Visit, Board, Search and Seizure (VBSS)
          sance (EOR) em zonas portuárias, operações com Autonomous   dinâmico;
          Underwater Vehicle (AUV) em áreas confinadas e resoluções de   – Em ambiente de visibilidade reduzida com oposição;
          Incidentes EOD/IED em ambiente marítimo. Houve ainda a opor-  – Na modalidade de Treino Baseado na Realidade (TBR);
          tunidade  de  realizar  operações  em  terra  como  Convoy Escort,   – Com recurso a Ultimate Training Munitions (UTM) ; e
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          QRF e patrulhas motorizadas com as viaturas HMMWV.    – Fazendo uso de meios combinados (Heli e RHIB) para inserção.



























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