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REVISTA DA ARMADA | 569
Mar Báltico, antes de uma atracação na Base Naval da Marinha
Holandesa em Den Helder, nos Países Baixos, para entregar os
equipamentos e sistemas de comunicações, já que, a partir de
7 de janeiro, será o HNLMS Rotterdam o navio chefe do SNMG1.
CONCLUSÕES
Este é o maior exercício anual organizado pela Marinha Real da
Noruega (Sjøforsvaret). O objetivo é treinar em todas as áreas
navais, para reforçar o potencial de combate no mar, norueguês
e aliado, em águas tão a norte. Isto é uma prioridade face ao
crescimento militar russo no Ártico.
It is an exercise where we tie allies closely to us, and they become
better acquainted with operating in our areas. It is good for our safety
that they get to know how to operate in our waters even when it is
cold and dark, afirmou o COM Trond Gimmingsrud, da Sjøforsvaret.
Dada a importância do exercício, face aos meios envolvidos e à
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proximidade geográfica dos Bastion da Esquadra Russa do Norte,
marcaram presença nas proximidades o contra-torpedeiro Vice-
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-Admiral Kulakov , da Marinha Russa, e o salvádego Murman.
O SNMG1 contribui, numa base permanente, para a defesa
coletiva da Aliança. Com o envolvimento no exercício Flotex Silver
21, no norte da Noruega, os aliados ficam a conhecer melhor
as águas norueguesas e os desafios ambientais do teatro do
“Grande Norte Ártico”.
Colaboração do COMANDO DO NRP CORTE-REAL
FLOTEX SILVER 21
MEIOS NORUEGUESES
DA MARINHA:
Fragatas: KNM Thor Heyerdahl e KNM Roald Amundsen;
Corvetas: KNM Gnist, KNM Skjold, KNM Storm e KNM Steil;
Draga-minas: KNM Rauma e KNM Hinnøy;
Submarinos: KNM Utvær e KNM Uredd; e
Navios de Apoio: KNM Magnus Lagabøte e KNM Maud .
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DA GUARDA COSTEIRA
KV Nordkapp e KV Heimdal.
AERONAVES
Jatos F-16 e F-35;
Aviões de Patrulha Marítima P-8;
Helicópteros de salvamento marítimo; e
Outros helicópteros militares (NH90 e DA-20).
MEIOS DOS RESTANTES ALIADOS
FRAGATAS:
FGS Sachsen Anhalt;
FS Bretagne (FREMM );
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HDSM Triton; Notas
NRP Corte-Real. 1 O terceiro navio da classe Vasco da Gama foi entregue à Marinha a 22 de novembro
de 1991, nos estaleiros HDW, em Kiel (Alemanha), na presença de diversas entidades
MUDANÇA DE NAVIO-CHEFE políticas e militares, portuguesas e alemãs. Haverá um artigo, dedicado aos 30 anos
do navio, na próxima edição da RA.
2 Em Andøya há uma base aérea onde estão, habitualmente, os aviões de patrulha
No trânsito para Bodø, ocorreu um incêndio numa casa de marítima que “seguem” os submarinos russos que largam da estratégica Península
máquinas do navio-chefe do SNMG1, o HMCS Fredericton, na de Kola.
manhã de 18 de novembro. Embora prontamente extinto, o navio 3 O KNM Maud integra o SNMG1 como navio reabastecedor.
teve que abandonar a força e rumar ao porto de Trondheim para 4 Após o exercício, esta fragata francesa iria navegar para norte e depois rumo à
efetuar reparações . Islândia, onde decorreria, pela primeira vez fora duma base francesa, a rendição
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simultânea de toda a guarnição.
Concluído o Flotex Silver 21, o SNMG1 despediu-se das altas 5 Fragata para múltiplas missões. Neste exercício predominaram as operações
latitudes, iniciando trânsito para Sul. Em nova paragem logística anti-submarinas.
em Trondheim, a 2 de dezembro, o navio português recebeu do 6 As reparações, que tiveram o apoio da Fleet Maintenance Facility Cape Scott, esten-
HMCS Fredericton os equipamentos e sistemas de comunicações deram-se até ao início de dezembro, após o que o navio rumou à sua base em Halifax.
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pertencentes ao staff do COM SNMG1. Zonas de Defesa Avançada.
Supostamente em trânsito (muito lento) do Golfo da Guiné para a base de
Para o navio português, seguiu-se uma navegação para 8 Severomorsk.
monitorização marítima na região do Estreito de Kattegat e no
14 JANEIRO 2022