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EXERCÍCIOS NAVAIS
CONTEX/PHIBEX 01
CONTEX/PHIBEX 01
ealizou-se entre os dias 27 de Março
e 4 de Abril o exercício CON-
RTEX/PHIBEX 01. Com um novo fi-
gurino, resultante da fusão dos tradicionais
exercícios CONTEX e PHIBEX, o CON-
TEX/PHIBEX foi desenhado para satisfazer
os requisitos de treino das unidades navais,
nacionais e aliadas, numa vasta gama de
disciplinas da guerra naval, e proporcionar
treino avançado ao Batalhão Ligeiro de
Desembarque. Para este efeito foi activado
o Grupo Tarefa 443.05, comandado pelo
CMG Rodrigues Cancela, que incluíu as
fragatas “Comandante Hermenegildo
Capelo” e “Comandante Sacadura Cabral”,
as corvetas “General Pereira d’Eça” e
“Augusto Castilho”, o navio balizador
“Schultz Xavier”, com equipa de mergu-
lhadores embarcada, e a fragata espanhola
“Baleares”. A componente anfíbia do exer-
cício consistiu no Destacamento de Acções O CALM Fonseca, o Com. Rodrigues Cancela, Estado-Maior e Comandantes dos navios e forças envolvidas.
Especiais e no Batalhão Ligeiro de De- guerra de superfície, tiro de superfície con- Com a chegada à Area das Operações
sembarque, que incluíu, entre outros, duas tra alvo rebocado e lançamento de torpe- Anfíbias, localizada na zona do Pinheiro
Companhias de Fuzileiros, um Pelotão dos contra submarino, as segundas exerci- da Cruz, em 1 de Abril, deu-se início à ter-
taram as suas perí- ceira e última fase do exercício. Esta fase
cias nas Instalações constou do desembarque e subsequente
Navais de Tróia e progressão e operação em terra das
na área do Pinheiro Companhias de Fuzileiros, enquanto as
da Cruz. Unidades Navais conduziram, nas respec-
A força naval tivas aproximações uma operação de
atracou nas Insta- interdição marítima sob um cenário de
lações Navais de embargo decretado pelo Conselho de
Tróia na manhã de Segurança das Nações Unidas. A compo-
31 de Março, tendo nente terrestre viria a reembarcar em 4 de
o Estado-Maior do Abril, após atingidos os objectivos propos-
Grupo Tarefa apre- tos, tendo a Força Naval rumado à BNL,
sentado uma pri- onde atracou no final desse mesmo dia.
meira apreciação A reunião final do exercício decorreu
do exercício ao no CITAN em 6 de Abril, tendo sido
CALM Alexandre opinião unânime que os objectivos do
Anti-Carro, um Pelotão de Morteiros, um da Fonseca, 2º Comandante Naval, que exercício tinham sido consistentemente
Pelotão de Transportes Tácticos, um Grupo aí se deslocou para o efeito. alcançados.
de Botes de Assalto e um Grupo de Lanchas Já com o Batalhão
Anfíbias. Participaram ainda no exercício Ligeiro de Desem-
dois submarinos curiosamente do mesmo barque a bordo dos
nome, o português “Delfim” e espanhol diversos navios, o
“Delfin”, e aviões F-16, A-Jet, P-3P, C- Grupo Tarefa largou
212EW e SA-330 da Força Aérea Portu- para o mar iniciando
guesa. a 2ª fase do exercício,
Na sua estrutura o exercício compreen- a qual constou de um
deu três fases: uma primeira fase de ades- trânsito sob ameaça
tramento individual e aperfeiçoamento múltipla de aviões,
para combate, uma segunda fase de inte- navios e submarinos,
gração de forças e, finalmente, uma fase para a área do de-
final de treino táctico. A primeira fase sembarque anfíbio.
decorreu entre os dias 27 e 31 de Março, Simultaneamente, os
separadamente para as forças navais e dois submarinos exer-
anfíbias, enquanto as primeiras conduzi- citaram a recolha e
ram um programa de treino de complexi- insersão de forças es-
dade crescente, envolvendo exercícios de peciais em costas po-
guerra anti-aérea, guerra anti-submarina, tencialmente hostis. Regresso dos botes, após desembarque anfíbio.
12 JULHO 2001 • REVISTA DA ARMADA