Page 87 - Revista da Armada
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HISTÓRIA E EVOLUÇÃO
O treino, conduzido ini-
cialmente em instalações
limitadas, viria gradual-
mente a integrar instrutores
militares dos vários países
da Organização, dando as-
sim uma coloração multi-
nacional ao corpo docente.
Em 1963, o SHAPE, após
ter assumido em plenitude a
condução daquele, decidiu-
-se pelo recrutamento de
instrutores civis que, substi-
tuindo os instrutores das
empresas, assegurariam a
continuidade estrutural e
curricular dos cursos.
Desde 1959, ano em que a
NATO deu início à insta-
lação da sua primeira rede
de comunicações – uma
cadeia de comunicações
troposféricas, designada
por NATO’s ACE HIGH
Communications System –,
a escola viria com o decor-
Consola de “Manutenção e Controle” de uma estação Satélite instalada na escola. rer dos anos a ter diferentes
designações, consequência
sistemas a implementar. O local onde esse treino iria efectuar- da entrada em funcionamento de novos sistemas e novos con-
-se foi resultado do empenhamento do governo italiano e a ceitos de comunicações da NATO.
escola veio a ser instalada em Itália, na cidade de Latina, Da sua vocação inicial em leccionar apenas cursos na área de
integrada no complexo militar atrás referido. manutenção e operação de sistemas de comunicações, passou
durante a década de 70 a abrir-se a outras áreas, integrando
MISSÃO DESEMPENHADA PELA ESCOLA cursos para militares e civis cujas actividades envolvessem
planeamento, implementação e manuseamento de Comu-
Reconhecido que é, como vimos, o papel da NATO na nicações e Sistemas de Informação da NATO, bem como na
manutenção da paz na Europa durante os últimos 50 anos, é área de Comunicações e Segurança.
importante realçar que tal sucesso se deve sem dúvida à sua Uma evolução prosseguida até hoje. De tal modo que,
prontidão e preparação para reagir a todas as situações dentro estando desde então na Organização a desenvolver-se o con-
da sua vasta zona operacional que se estende, como se sabe, ceito de um Sistema Integrado de Comunicações NATO
desde a costa Este dos Estados Unidos e Canadá até ao Sul da
Turquia, cobrindo assim toda a Europa desde o Norte da
Noruega até à Grécia. CURSOS FREQUENTADOS
Elemento chave na estrutura desta Organização é sem dúvi- POR ALUNOS PORTUGUESES (ANO 2000)
da a componente “comunicações”, sem a qual tal sucesso seria
inatingível. Curso Mar Ex Fa
Criada para servir a NATO, a NCISS teve desde sempre NATO freq. Management 1 1
como missão o treino qualificado e avançado em comunicações Comsec officer 1 2
e sistemas de informação, quer de pessoal adstrito à Crypto custodian 1 1 1
Organização quer de pessoal que, embora não em organismos Satcom 1 1
dela, a frequentam com carácter nacional, mas cujas missões, OM-55 1
de uma forma ou de outra, se cruzam entre si. Aliás, a natureza
estática de alguns dos sistemas de comunicações outrora Scars 1
implantados reconhece-se como desadequada nos dias de NBSV(STUII) 2
hoje, se se atender à nova postura de intervenção da NATO, BID950 2
colocando-se agora maior ênfase na sua mobilidade e na IDNX 1
necessária interligação com as redes e sistemas de defesa CIS Orientation 2 1
nacionais. ADP-SSO(site security officer) 1 1 1
Além dos cursos essencialmente técnicos, a Escola ministra
ainda cursos de comando e coordenação destinados a oficiais ADP-TASO(Termi.sec. officer) 1 2 3
generais (Flag Officers) e outros direccionados a oficiais e sar- AIFS(allied info data flow) 2
gentos em desempenho de funções “Staff” em comandos da Freq. Managm. Theater oper. 1
NATO. MCCIS 4
Mais recentemente, a escola instituiu “cursos de orientação” RMP 2
a países não membros da NATO – os chamados PfP (partners MCCIS(administrator) 1
for peace), como por exemplo aqueles que de uma forma inte- INFOSEC 2
ractiva colaboraram com a NATO na crise dos Balcãs.
REVISTA DA ARMADA • MARÇO 2001 13