Page 201 - Revista da Armada
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rinha - 2002
Armada; o Bloco de Estandartes das Unidades da Armada, escoltados por um
pelotão da Escola Naval; o Bloco de Guiões; uma Companhia da Escola Naval;
uma Companhia mista do Grupo 1 e do Grupo 2 de Escolas da Armada; e duas
Companhias de Fuzileiros. Sua Ex.cia o Ministro da Defesa foi recebido pelas
Forças em Parada e saudado com uma salva de 19 tiros efectuada pelo Navio
Escola “Sagres”, fundeado em frente à Praça do Império, dando-se início à cerimó-
nia com a alocução proferida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante
José Manuel Garcia Mendes Cabeçadas. Foi a primeira vez que o novo CEMA se
dirigiu à Marinha em público e o discurso efectuado tem uma importância parti-
cular, num momento em que as dificuldades financeiras assumiram um protago-
nismo inusitado, que foi ao ponto de comprometer a actividade operacional e o
futuro dos meios navais disponíveis. Por isso este não podia deixar de ser um
ponto essencial das declarações do Almirante Mendes Cabeçadas, que esboçou as
suas preocupações respeitantes às carências de pessoal e de material. Salientou
que não é possível suprir qualquer destas carências a curto ou a longo prazo, até
porque à Marinha caberá “uma quota-parte dos sacrifícios impostos pela difícil
situação das finanças públicas do país, com a qual é nossa obrigação ser
solidários”. O problema da sobrevivência do núcleo militar da esquadra é uma
questão que tem vindo a ser abordada, sempre na perspectiva de que o planea-
mento da sua remodelação e modernização era algo fundamental, sem o que se
chegaria a uma posição insustentável, onde os navios existentes se tornariam
incomportáveis na sua manutenção, e a aquisição de novos, de uma só vez, uma
despesa que o país dificilmente suportaria. E este assunto voltou a estar presente
nas palavras do Almirante Mendes Cabeçadas, recordando como a Marinha não é
um luxo e como é “essencial à manutenção de um ambiente de segurança que é
condição indispensável ao progresso e ao desenvolvimento”. A esperança no
futuro será a última coisa a abandonar-nos, e as dificuldades não serão uma razão
para que não seja projectado o futuro, impondo-se a análise de alguns dos proble-
mas, tendo “em consideração as aspirações do pessoal, quer ao nível da gestão,
que desejamos mais flexível, quer das condições de bem estar”. E terminou, exortan-
do todos os militares, militarizados e civis da Marinha – homens e mulheres – para
que continuem a servir o país com patriotismo, empenho e excelência.
Seguiu-se uma homenagem aos militares mortos ao serviço da Pátria, a
imposição de condecorações, terminando com o desfile das Forças em Parada e a
passagem dos helicópteros “Lynx”, da Esquadrilha de Helicópteros.
Também inserida no dia da Marinha esteve a distribuição dos Prémios da
Revista da Armada correspondentes ao ano de 2001 e que teve lugar no dia 23 de
Maio no Gabinete do Almirante CEMA e tendo sido presidida pelo Almirante
Mendes Cabeçadas.
As comemorações do Dia da Marinha de 2002 foram concluídas no dia 25 de Maio
com a actuação da Banda da Armada no Auditório da FIL, gentilmente cedido pela
Associação Industrial Portuguesa. Com um programa em que mais uma vez se evi-
denciou a criteriosa escolha de temas, de música contemporânea, a execução foi pri-
morosa e terminou com a Marcha dos Marinheiros, cantada por toda a assistência.
Fotos do Gabinete de Fotografia do Estado-Maior da Armada