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fissional nas áreas militar-naval e de Fuzileiros.                     de Fuzileiros, actual Escola de Fuzileiros.
           O Programa-Quadro  2001-2004, ainda em                                O Programa-Quadro 2002-2004 define como
         vigor,  está direccionado para a organização da                       objectivo principal a organização do sistema de
         Marinha Nacional guineense e para a revitaliza-                       fiscalização das águas territoriais e da Marinha de
         ção do Sistema de Autoridade Marítima.                                Guerra de Moçambique, que contempla como
           O projecto de reestruturação da Marinha gui-                        subprojectos o apoio à formação técnica da Mari-
         neense integra as áreas de organização, logísti-                      nha e ao Centro de Formação de Fuzileiros.
         ca, administração e finanças, material e forma-                          Têm vindo a ser realizadas várias actividades
         ção de um destacamento de fuzileiros.                                 de formação de pessoal. Para além disso foram
           No quadro da prossecução destes objecti-  Cabo Verde, Imposição de Bóinas  entregues às autoridades moçambicanas vários
         vos, em Março de 2004 foram oferecidas pela                           pareceres sobre a estruturação operacional dos
         República de Taiwan à Marinha da Guiné-Bis-                           Fuzileiros e a organização do Sistema de Auto-
         sau duas lanchas de fiscalização construídas                           ridade Marítima.
         no Arsenal do Alfeite: a “Cacheu” e a “Caci-
         ne”. A manutenção e a reparação destes na-                            TIMOR-LESTE
         vios tem sido assegurada por pessoal da Mari-
         nha Portuguesa. Também em Março de 2004                                 As actividades de cooperação técnico-militar
         uma equipa da Direcção-Geral da Autoridade                            com Timor-Leste, desenvolvem-se no âmbito da
         Marítima, avaliou a situação na Guiné-Bissau                          assessoria à componente naval das Forças de
         quanto à possibilidade de estruturação de um   Moçambique, Aula de Abastecimento  Defesa de Timor-Leste (FDTL), e da assessoria
         Sistema de Autoridade Marítima.                                       técnica na área das Informações do Gabinete
                                                                               de Apoio ao Desenvolvimento das FDTL.
         SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE                                                     A assessoria à componente naval das FDTL
                                                                               assegura a organização e o funcionamento do
           Em São Tomé e Príncipe o Programa-Quadro                            apoio técnico à manutenção das Lanchas “Óe-
         2004-2006 consubstancia o apoio à formação                            cusse” e “Ataúro”, oferecidas pela Marinha Por-
         técnica da Guarda Costeira, e a sustentação da                        tuguesa em Janeiro de 2002.
         rede de Ajudas Visuais à Navegação.                                     Foram concluídos, durante o ano transacto,
           No âmbito do apoio à formação técnica da                            os trabalhos de construção das oficinas de elec-
         Guarda Costeira, decorrem presentemente algu-                         tricidade e máquinas, que permitiram a trans-
         mas acções de formação e foi entregue às au-                          missão, aos militares da Componente Naval das
         toridades santomenses, para apreciação, uma   Angola, exercício “Fast Rope”  FDTL, de uma diversidade de conhecimentos
         proposta de estrutura orgânica.                                       práticos em áreas de extrema importância para
           O projecto de sustentação da Rede de Ajudas                         a sua formação técnica.
         Visuais à Navegação tem vindo a ser desenvolvi-                         Em Março de 2004 uma equipa da Marinha
         do desde Agosto de 1994. Visa prestar assistência                     Portuguesa efectuou o levantamento das acções
         técnica às autoridades de São Tomé e Príncipe                         a realizar para reabilitação das estruturas portuá-
         na organização e instalação de um serviço de                          rias, dos meios navais e oficinas de apoio técni-
         Ajudas à Navegação, e no estabelecimento de                           co, dos meios de alagem, de outras infra-estrutu-
         regras e de procedimentos para a condução e                           ras de apoio e das comunicações navais.
         manutenção da respectiva rede. Também prevê
         a assistência técnica e o fornecimento de sobres-  Guiné Bissau, Acções de fiscalização  CONCLUSÃO
         salentes nas acções de manutenção e reparação.
         Contempla, ainda, a formação de pessoal técni-                          Nos últimos vinte anos a Cooperação Técni-
         co qualificado para o desempenho das funções                           co-Militar tem assumido diversas formas, função
         e execução das tarefas necessárias ao funciona-                       das necessidades mais prementes dos PALOP.
         mento do sistema de ajudas à navegação.                               A mais relevante pelos seus frutos, terá sido o
                                                                               envio de docentes, assessores e conselheiros
         ANGOLA                                                                militares para apoio à elaboração de diversos
                                                                               projectos legislativos e outros ligados ao cum-
           Em Angola a Marinha participou, entre ou-                           primento de programas de reorganização das
         tros, nos seguintes projectos: Apoio ao Coman-  São Tomé e Príncipe, Acção de formação  respectivas estruturas superiores de Defesa.
         do da Marinha de Guerra Angolana e à reestru-                           Também se realça a colaboração no levanta-
         turação da Força de Fuzileiros Navais.  consistem em executar actividades lectivas na  mento de Estabelecimentos de Ensino, Unida-
           O Programa-Quadro 2004-2006 considera  área das operações navais.   des e Especialidades Militares, passando pela
         como principais objectivos:   estruturar o Minis-  No quadro do aperfeiçoamento da organiza-  formação de recursos humanos em Portugal,
         tério de Defesa Nacional, o EMGFA, e a Mari-  ção e edificação da Força e da Escola de Fuzi-  mediante cursos e estágios ministrados nas di-
         nha de Guerra Angolana; organizar a instrução   leiros Navais de Angola, realçam-se as acções  versas Unidades, Órgãos e Estabelecimentos.
         no Instituto Superior de Ensino Militar (ISEM); e  conducentes à constituição de um Grupo de   Face ao enorme esforço realizado e aos ob-
         aperfeiçoar a organização da Força e da Escola  Assalto a Plataformas Marítimas e de um Gru-  jectivos alcançados, pode afirmar-se que a co-
         de Fuzileiros Navais.              po Especial de Fuzileiros.         operação técnico-militar se constitui como uma
           No âmbito da estruturação do Ministério da                          referência doutrinária e como exemplo para-
         Defesa Nacional, do EMGFA e da Marinha de   MOÇAMBIQUE                digmático do sucesso do nosso empenhamen-
         Guerra de Angola, as acções de cooperação téc-                        to em África, e é um símbolo da participação
         nico-militar a cargo da Marinha Portuguesa, per-  No que diz respeito à CTM com Moçambique,  responsável de Portugal na preservação da Paz
         mitirão contribuir para ajustar estes organismos  destacam-se, entre os projectos já realizados, o  e na promoção do desenvolvimento, numa re-
         à legislação e reestruturação aprovadas.  apoio à criação do Grupo de Escolas da Marinha  gião que conhecemos bem e à qual nos ligam
           Relativamente à organização da instrução  de Moçambique, responsável pela formação na  fortes laços históricos.  Z
         no ISEM, os contributos da Marinha Portuguesa  vertente técnico-militar, e do Centro de Instrução   EMA – Gabinete para a Cooperação
                                                                                       REVISTA DA ARMADA U MAIO 2005  25
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