Page 172 - Revista da Armada
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O Apoio do USS “MOUNT WHITNEY”
O Apoio do USS “MOUNT WHITNEY”
ao JC Lisbon
ao JC Lisbon
a sequência do último processo de
reestruturação da NATO, o Regional
NHeadquarters South Atlantic deu lu-
gar ao Joint Command Lisbon (JC Lisbon)”,
um dos três novos comandos operacionais
dependentes do Allied Command Operations
(ACO). Os restantes dois são o Joint Forces
Command Headquarters Brunssum (JFCB) e
o Joint Forces Command Naples (JFCN), que
se distinguem do JC Lisbon por possuírem co-
mandos de componente subordinados.
Neste novo contexto da Aliança, o JC Lis-
bon terá como missão o levantamento do
Quartel-General Conjunto Combinado em-
barcado (Sea-based CJTF HQ) e o comando
da NATO Response Force (NRF), esta última
em rotação com os dois restantes comandos
operacionais. Para o efeito, o JC Lisbon de-
verá estar dotado da capacidade de poder
ser destacado para qualquer área de opera-
ções e dispor de meios de comando e con-
trolo para fazer face a necessidades que de- do USS “LASALLE”. Cumulativamente, O mo de 19.760 toneladas, comprimento 194
corram de diferentes situações operacionais USS “MOUNT WHITNEY” passou a ser o metros, largura 32.9 metros, calado 8.8 me-
que poderão variar desde acções de manu- Navio-Chefe da Striking Force NATO, com tros, pode atingir uma velocidade máxima
tenção da paz a cenários de guerra. base em Nápoles, Itália, e a plataforma de de 23 nós e tem uma autonomia de 13.000
Para a concretização da sua missão, o JC comando no mar do JC Lisbon. Neste con- milhas a 16 nós.
Lisbon conta com o apoio do USS “MOUNT texto, o navio desloca-se frequentemente a A passagem do navio da 2ª para a 6ª Es-
WHITNEY” como plataforma de coman- Lisboa para embarcar o staff deste coman- quadra, implicou algumas alterações no que
do. Esta unidade da Marinha dos Estados do NATO. respeita à guarnição. Assim, a componente
Unidos, considerada uma das plataformas Como elementos relevantes do USS militar foi reduzida para 175 elementos e
mais sofisticadas de C4I (Comand, Control, “MOUNT WHITNEY”, refere-se que é um as funções de navegação e apoio do navio
Communications, Computer and Intelli- navio da classe “BLUE RIDGE” que entrou foram atribuídas ao Military Sealift Com-
gence), foi, durante muitos anos, o Navio- ao serviço da Marinha norte-americana em mand, através do embarque de uma guar-
Chefe da 2ª Esquadra americana e, cumu- Janeiro de 1970, existindo outra unidade, nição de 147 civis. Quanto à capacidade
lativamente, da Striking Fleet Atlantic da precisamente o que deu nome à classe, que de apoio ao staff embarcado, refere-se que
NATO, com base em Norfolk, EUA. Desde desempenha as funções de Navio-Chefe da o navio poderá alojar um estado-maior até
o início do corrente ano, passou a estar ba- 7ª Esquadra, baseada em Yokosuka, Japão. 615 homens e mulheres, dispõe de cerca
seado em Gaeta, Itália, tornando-se o Na- Quanto a características, o USS “MOUNT de 400 estações de trabalho e pode trans-
vio-Chefe da 6ª Esquadra em substituição WHITNEY” tem um deslocamento máxi- ferir informação a velocidades que podem
ir até aos 4.8 Mbps.
No âmbito das suas novas funções como
plataforma de comando no mar do JC Lis-
bon, prevê-se que, a partir de 01 de Julho,
o USS “MOUNT WHITNEY” possa apoiar o
comando da NRF onde e quando esta seja
chamada a intervir, no quadro das missões
que lhe estão atribuídas. Esta força, estabe-
lecida na Cimeira de Praga de 2002 como
instrumento de resposta rápida da Aliança
para gestão de crises, conta, actualmente,
com um efectivo de cerca de 20.000 mili-
tares, com uma prontidão de até 30 dias e
será comandada pelo JC Lisbon de 1 de Ju-
lho de 2005 a 30 de Junho de 2006.
Durante o mês de Maio de 2005, o esta-
do-maior do JC Lisbon irá embarcar no USS
“MOUNT WHITNEY” para conduzir o exer-
cício “Allied Action 2005”, cuja finalidade
é a certificação deste Comando NATO para
o comando da NRF.
Z
(Colaboração do EMA – Divisão de Informações)
26 MAIO 2005 U REVISTA DA ARMADA