Page 271 - Revista da Armada
P. 271
submarinos modernos capazes de cumprir enfrentar os riscos e ameaças actuais e fu- tradição naval. Sendo um símbolo da nossa
a sua Missão.” turas, ampliando a nossa percepção e con- História contemporânea, o seu nome para
Abordou ainda a forte tradição marítima sequente capacidade como contribuintes sempre ficará ligado a este (…) submarino.
de Portugal, apontando-o como a primeira válidos para um Mundo mais pacífico.”. Estou certo que os seus votos ecoarão nas
potência marítima à escala global e relevan- O ALM CEMA dirigiria ainda palavras de almas dos que servirem a bordo do “Arpã o”,
do a importância do Mar para a sua afirma- agradecimento à Madrinha, declarando. inspirando guarnições prontas a servir o nos-
ção e sobrevivência. “(…) Drª Maria Barroso, mais uma vez mui- so País.”.
Finalizaria com uma referência ao traba- to obrigado por ter aceite ser parte desta Terminaria formulando o voto de: “(…)
lho conjunto levado a cabo pelo Consórcio Abençoe Deus este navio e todos os que
(GSC – German Submarine Consortium) e nele servirem.”.
pela Marinha e formulando o voto de que Após os três discursos a Madrinha seria
o “Arpão” sempre realizasse viagens se- convidada a subir ao palanque montado
guras e protagonizasse felizes regressos à ao lado do navio a fim de selar o baptismo
sua base. com o tradicional arremesso de uma gar-
Terminada a sua intervenção, a Sr.ª Cathy rafa de champanhe.
Kietzer, Presidente do Conselho Municipal Antes de libertar o mecanismo que segu-
da cidade de Kiel, no seu breve discurso rava a garrafa, a Madrinha formularia, com
começou por tecer alguns considerandos sentida emoção, o seguinte voto: “Baptizo
sobre a longa tradição de construção naval este Navio com o nome de “Arpão” e de-
de Kiel, tradição essa ainda hoje patente sejo à sua guarnição as maiores felicidades.
na actividade desenvolvida pelo estaleiro Faço votos para que navegue sempre em
da HDW, para prosseguir afirmando que: águas safas e que regresse em segurança
“(…) Mesmo nações amigas da Paz como à sua Base.”
as nossas aprenderam nos últimos anos Quebrada a garrafa de encontro ao casco
que as operações militares são muitas das do a partir de então “Arpão”, fizeram -se ou-
vezes necessárias para a preservação des- vir os hinos nacionais de Portugal e da Repú-
sa Paz. (…) É pois uma grande honra para blica Federal da Alemanha, executados pela
Kiel que os seus submarinos contribuam “Schleswig-Holstein Polizei Big Band”.
para esse importante papel na Marinha de De seguida, enquanto os convidados se
Guerra Portuguesa. (…) Desejo que este dirigiam a uma tenda montada nas imedia-
navio sirva sempre bem o seu país. E que ções onde foi servido um almoço, o “hidro-
sempre regresse à sua base com as guarni- lift” era activado, iniciando a sua descida
ções sãs e salvas.”. colocando o “Arpão” na água.
A terminar discursaria o ALM CEMA Findo o almoço, antes de empreender o
que após os tradicionais agradecimen- regresso a Portugal, a comitiva VIP teve a
tos a todos os presentes, em particular oportunidade de visitar o navio, já a flutua r;
à Drª Maria Barroso, Madrinha do navio, de todos sem dúvida a mais entusiástica foi
começaria por afirmar que: “(…) O bap- a Madrinha, que apesar de trajar saia evi-
tismo de um navio é um momento único. denciou melhor forma que muitos jovens e
A partir dele este desenvolve o seu carác- não deixou escapar a oportunidade de vi-
ter pois, como é crença entre os Homens sitar aquele que é o seu mais novo afilha-
do Mar, os navios, tais com os homens são do, percorrendo com detalhe o interior do
todos diferentes e únicos.”. De seguida re- navio, atenta e curiosa acerca das explica-
censearia as vantagens da arma submari- ções que lhe iam sendo dadas.
na, declarando: “(…) os submarinos têm Terminado o evento, após todos os con-
uma capacidade de dissuasão única, que vidados terem abandonado o recinto onde
em muito aumenta o valor das Marinhas. tudo decorreu, prosseguiram os trabalhos
Tal foi desde cedo reconhecido e, como no “Arpão”: o reboque para o cais onde
tal, a Marinha de Guerra Portuguesa de- permanecerá atracado enquanto decorrem
tém uma longa tradição de condução de as restantes fases das Provas de Aceitação
operações submarinas o que se considera a Cais (HAT – Harbour Acceptance Trials).
ser um factor relevante na manutenção da Depois, no início de 2010, iniciar-se-ão as
segurança nas águas sob jurisdição nacio- Provas de Mar, primeiro em águas pouco
nal e uma base sólida para profundas, nos fiordes de
o emprego dos novos sub- Kiel e Eckernförde, e de-
marinos. (…) A aquisição pois em águas profundas,
dos novos submarinos de- com o submarino basea-
verá ser encarada como um do em Kristiansand e Ber-
investimento e não como gen (nesta última cerca de
uma despesa, pois eles irão, uma semana, para realiza-
indubitavelmente desem- ção de medições do ruído
penhar um importante pa- irradiado).
pel nas futuras missões da Concluídas estas, o “Ar-
Marinha de Guerra Portu- pão” regressará a Kiel onde
guesa e potenciarão a nos- será empenhado no treino
sa contribuição a amigos e da sua primeira guarnição.
aliados.(…) Estou convicto Z
de que estamos a erguer Colaboração da MCSUB
uma capacidade capaz de Fotos CAB FZ Chorão
REVISTA DA ARMADA U AGOSTO 2009 17