Page 303 - Revista da Armada
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e ajustamento do quadro de competências  financeiros (planeamento, organização,   UÊ ˆÀiVXKœÊ`œÃÊ-iÀۈXœÃÊ `“ˆ˜ˆÃÌÀ>̈ۜÃÊ
         financeiras estabelecidas no RAFM: desde  execução e controlo) numa perspectiva  e Financeiros Centrais (DSAFC) – Órgão
         logo, a implementação do Sistema Integrado  gestionária moderna, englobando as ver-  responsável pelas operações financeiras de
         de Gestão da Defesa Nacional (SIGDN), du-  tentes orçamental, financeira, económica  carácter global, ou relativas à obtenção e/ou
         rante o ano de 2008, enquanto instrumento  e patrimonial, como se indica:  aplicação de recursos geridos centralizada-
         operativo de suporte da actividade financei-  UÊ ˆÀiVXKœÊ`iÊ `“ˆ˜ˆÃÌÀ>XKœÊ ˆ˜>˜Viˆ-  mente, e pelo cumprimento das obrigações
         ra da Marinha; depois, a alteração do mo-  ra (DAF) – Órgão responsável pela gestão  fiscais de carácter institucional e representa-
         delo de prestação de contas ao Tribunal de  global do financiamento da Marinha (pla-  ção externa da pessoa colectiva “Marinha”
         Contas, agora assumido pela Marinha en-  neamento, mobilização, disponibilização e  junto da Administração Fiscal, e que, com-
         quanto “entidade única prestadora de con-  controlo de utilização dos meios financeiros)  plementarmente, continuará a assegurar o
         tas”. Procedeu-se, assim, à reestruturação  e pela implantação, coordenação e funcio-  processamento, liquidação e pagamento dos
         do sistema de administração financeira até  namento dos sistemas contabilísticos e or-  vencimentos e outros abonos a todo o pes-
         então vigente, o que abrangeu as respecti-  çamentais no âmbito da Marinha.  soal da Marinha, decorrentes das decisões
         vas estruturas, a matriz de competências   UÊ ˆÀiVXKœÊ`iÊ Õ`ˆÌœÀˆ>ÊiÊ œ˜ÌÀœœÊ ˆ-  dos órgãos detentores de competências em
         e o modus operandi, aproando-se renovado  nanceiro (DACF) – Órgão de controlo fi-  matéria de administração de pessoal.
         paradigma de gestão financeira na nossa  nanceiro de escalão estratégico em relação   Como resultado da acção laboriosa e
         Marinha, com um sistema de controlo in-  à Marinha, reconhecido pelo Tribunal de  profícua de todos os que ao longo destes
         terno sustentado.                  Contas como fazendo parte do Sistema de  35 anos serviram a Marinha na Superinten-
           Com a recente publicação da nova Lei  Controlo Interno da administração financei-  dência dos Serviços Financeiros, tem sido
         Orgânica da Marinha pelo Decreto-Lei  ra do Estado, responsável pela execução de  possível alcançar elevados níveis de profici-
         n.º 233/2009, de 15SET, são dados novos  auditorias financeiras e de resultados rela-  ência técnica nos seus segmentos orgânicos,
         passos na evolução organizativa da SSF,  tivamente à aplicação dos recursos (aspec-  o que contribuiu e assegurará a edificação
         mantendo a sua act ual caracterização e  tos formais e materiais), contribuindo para  da Marinha do futuro, moderna, eficiente
         acolhendo, além do Superintendente e  a apresentação rigorosa e apropriada da  e prestigiada.
         respectivo Gabinete, três direcções que  situação financeira e patrimonial da Mari-                    Z
         assegurarão a coerência e integridade ins-  nha e para a adopção das melhores práti-  (Colaboração da SUPERINTENDÊNCIA
         titucional do ciclo de gestão dos recursos  cas de gestão.                         DOS SERVIÇOS FINANCEIROS)



                 Localização da embarcação «TROMBAS»
                 Localização da embarcação «TROMBAS»

             ituação amplamente divulgada nos ór-
             gãos de comunicação social, a Marinha
         Sconcluiu com sucesso as operações de
         busca e localização da embarcação de re-
         creio “Trombas”, que afundou no passado dia
         12 de Agosto a cerca de 8 milhas náuticas ao
         largo da praia do Pedrógão, Leiria.
           Recorde-se que aquela embarcação, com
         uma tripulação constituída por 3 elementos,
         afundou devido a um problema de entrada de
         água junto ao motor, tendo sido salvos na al-
         tura do acidente dois dos elementos da tripu-
         lação por uma outra embarcação de recreio
         que se encontrava nas proximidades.
           Utilizando um vasto leque de valên-
         cias e capacidades de busca e localiza-
         ção, foram empenhadas no decorrer das
         operações aeronaves de asa fixa e rotati-
         va da FAP, meios das capitanias dos por-
         tos da Figueira da Foz e da Nazaré, os                                               embarcação, foi poste-
         NRP “Shultz Xavier”, “Argos”, “António                                               riormente realizada uma
         Enes”, “Baptista de Andrade” (com câ-                                                complexa operação de
         mara hiperbárica embarcada) e “Andró-                                                mergulho, caracterizada
         meda”, este último equipado com sonar                                                pela utilização de equi-
         lateral e um veículo submarino operado                                               pamento específico e de
         remotamente (ROV – Remoted Opera-                                     uma equipa de mergulhadores especializada,
         ted Vehicle), uma equipa da divisão de   cidade que é complementada com um ROV  atendendo à profundidade do local. Releva no
         geologia marinha do Instituto Hidrográfico e  para a identificação positiva do alvo através  decorrer desta operação, na qual foi recupera-
         uma equipa de mergulhadores especializada  de imagem. Foi desta forma que o NRP “An-  do o corpo do tripulante, a utilização do ROV
         em mergulho profundo.              drómeda”, fazendo uso destes equipamen-  para a fixação na embarcação do cabo de
           Dos meios empregues nas operações,  tos, localizou e identificou positivamente a  descida dos mergulhadores, revelando-se as-
         que se prolongaram por 8 dias consecuti-  embarcação a 75 metros de profundidade,  sim este equipamento fundamental no apoio
         vos, destacam-se o uso do sonar lateral para  numa posição a cerca de 300 metros a NW  às várias acções desenvolvidas no decurso de
         detecção e localização da embarcação nau-  do presumível local de afundamento.    todas as operações realizadas.
         fragada, possibilitando assim a extensão da   Existindo a possibilidade do corpo do tripu-            Z
         área de buscas até ao fundo marinho, capa-  lante desaparecido permanecer no interior da   (Colaboração do COMANDO NAVAL)
                                                                              REVISTA DA ARMADA U SETEMBRO/OUTUBRO 2009  13
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