Page 24 - Revista da Armada
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TOMADA DE POSSE
VICE-CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA
¬ Realizou-se no passado dia 12 de Janeiro, na Casa da Foto Júlio Tito O Estado-Maior da Armada é fundamental para apoiar as
Balança, a tomada de posse do novo Vice-Chefe do Estado- decisões que terei que tomar, requerendo-se na sua acção objec-
Maior da Armada, VALM Conde Baguinho, em substitui- tividade, pragmatismo e sentido das realidades. (…)”.
ção do VALM Telles Palhinha. O Chefe do Estado-Maior
da Armada, Almirante Melo Gomes, presidiu à cerimónia, O VALM José Conde Baguinho nasceu no Porto, tendo ingressado na
onde estiveram presentes as mais altas entidades da Mari- Escola Naval, onde concluiu o curso de Marinha, no ano de 1971, altura
nha, representantes de empresas do universo EMPORDEF, em que foi promovido ao posto de G/M.
bem como outros oficiais, sargentos, praças e civis.
Como oficial subalterno, serviu a bordo de várias unidades navais,
Após a leitura da Ordem, o novo Vice-CEMAusou da tendo ainda cumprido uma comissão de serviço em Angola e Cabo
palavra, sendo de realçar: “…Ciente do enorme e complexo Verde, após o que se especializou em submarinos.
desafio que, uma vez mais, me é colocado, enfrentá-lo-ei com a
mesma fórmula que tenho adoptado ao longo da minha vida pro- Comandou os submarinos “Delfim” e “Barracuda”, tendo poste-
fissional, da qual, envolvendo outras importantes componentes, faço sobressair – riormente desempenhado os cargos de Chefe do Estado-Maior e de
a dedicação, a responsabilidade, o zelo, a lealdade e a determinação de bem servir 2º Comandante da Esquadrilha de Submarinos.
(…) Realço, em particular, a tarefa de incutir racionalidade ao processo de edifi-
cação, estruturação e emprego das capacidades da Marinha, e a tarefa de fomentar Após cerca de doze anos servindo nos submarinos e, em terra, na Es-
uma cultura organizacional orientada para o sucesso, em respeito dos paradigmas quadrilha de Submarinos, cumpriu três anos em funções na Divisão de Operações do EMA
definidos na estratégia naval, nos âmbitos genético, estrutural e operacional. De e, igual período, na embaixada de Portugal em Madrid, como Adido de Defesa Adjunto.
mim poderão esperar apoio e solidariedade em matérias de serviço e a atenção e
disponibilidade para vos ouvir, sempre que julguem necessário (…).” Em 1996, assumiu o comando da fragata “Vasco da Gama”, onde, além de ter parti-
cipado em diversos exercícios nacionais e NATO e no Operational Sea Training em Ply-
No seu discurso, o Almirante CEMA afirmou “… Como número dois mouth, integrou a Standing Naval Force Atlantic (STANAVFORLANT) durante cerca
da hierarquia, compete-lhe substituir-me nas minhas ausências e impedimentos de cindo meses e participou na operação FALCÃO, uma operação de evacuação de não-
e, ainda, dirigir superiormente o funcionamento do Estado-Maior. Como bem combatentes, de apoio à paz e, simultaneamente, de ajuda humanitária que, em meados
sabe, o EMAestá em processo de reorganização, com o propósito de melhor res- de 1998, se desenrolou na Guiné-Bissau.
ponder às novas exigências, internas e externas, conferindo-lhe uma estrutura
mais leve, ágil e adequada às reais necessidades. Foi nomeado CEM do CN, onde desempenhou funções ao longo de mais quatro anos
e teve a oportunidade de participar na preparação, planeamento, condução e controlo de
múltiplos exercícios e, em particular, várias operações reais em que intervieram unidades
navais e de fuzileiros, na Bósnia, Timor-Leste, Guiné-Bissau e Moçambique.
Após ter sido promovido ao posto de CMG, em 1999, e ter frequentado o CSNG, foi
nomeado Chefe do Gabinete do ALM CEMA, no qual foi promovido a CALM.
Já no posto de VALM assumiu, em Maio de 2007, o cargo de SSM.
Foi agraciado com diversos louvores e condecorações.
ENTREGA DE COMANDO
COMANDANTE DA FLOTILHA
¬ Realizou-se no passado dia 9 de Dezem- No final o Comandante Naval, proferiuFoto Júlio Tito
bro, no Salão Nobre do Palácio doAlfeite, a uma alocução, onde manifestou a sua con-
cerimónia de entrega do cargo de Coman- fiança no novo Comandante da Flotilha e
dante da Flotilha e de 2º Comandante Na- reafirmou a importância da Flotilha para
val, pelo CALM Mina Henriques, em subs- a Marinha.
tituição do CALM Pires da Cunha.
O CALM Carlos Manuel Mina Henriques foi incor-
A posse foi presidida pelo Comandante porado na EN e promovido a G/M em OUT77. Foi
Naval, VALM Saldanha Lopes. Estiveram oficial de guarnição das corvetas “Baptista de Andra-
presentes os antigos Comandantes da Flo- de” e “Augusto Castilho” e imediato do D/M “Lagoa”
tilha, VALM RES Ferreira Barbosa, VALM (1978/79).
RES Silva da Fonseca e CALM RES Rodri- Especializado em Armas Submarinas (1980) serviu a bordo das fragatas “Cte Sacadura
gues Cancela, bem como outros oficiais generais e superiores da Ma- Cabral” e “Cte Roberto Ivens” como chefe de serviço e como oficial de operações.
rinha, e ainda oficiais de diversas unidades e militares que prestam Entre 1985 e 1987 foi comandante dos NRP’s “Bombarda” e “Alabarda” e foi imedia-
serviço na Flotilha. to da UAM “Creoula”.
Prestou serviço como Director de Instrução do Centro de Instrução de Minas e Con-
Das palavras do novo Comandante da Flotilha é de realçar: tramedidas (1988/1992). Durante este período foi o representante português nos “Mi-
“(...) Hoje a Flotilha, como no passado, constitui um marco de referên- newarfare Working Patty” e “Minewarfare Conference” da OTAN.
cia para toda a esquadra, pois é através dela e dos resultados obtidos, que se Foi imediato do NRP “Vasco da Gama” e participou no “Operational Sea Training”,
pode avaliar a qualidade do produto operacional da Marinha que são os na- no Reino Unido, na Operação “Cruzeiro do Sul” e na Operação “Sharp Guard”.
vios do mar. Para obter aquele produto, a Flotilha apoia-se em três pilares Serviu no EMA, na Divisão de Pessoal e Organização.
essenciais: No final de 1997 foi nomeadoAssessor Militar para a Marinha do Ministro da Defesa
O pilar financeiro, em apoio aos navios, aos Comandos de Zona Marítima e Nacional. Nestas funções foi designado Membro do Comissariado da Exposição Inter-
às Esquadrilhas, é responsável pela superior prestação de contas e envolvendo nacional de Lisboa-EXPO98.
um trabalho de grande exigência e rigor e requerendo uma gestão criteriosa Desempenhou funções no Comando Supremo Aliado do Atlântico-SACLANT, em
dos recursos humanos e financeiros. Norfolk, EUA.
O pilar logístico que, em cooperação com as esquadrilhas e com os navio, Liderou a Divisão de Logística e o Departamento deApoio do Comando Naval e de-
cumpre os requisitos de apoio necessários nas áreas do pessoal, do material e pois foi Chefe do Estado-Maior.
da manutenção, integrando o SANFLOT... Desde OUT07 foi Chefe do Estado-Maior do Centro de Operações Conjunto do
O seu terceiro pilar, responsável pela condução do Treino Avaliação dos na- EMGFA.
vios, visa assegurar que os padrões de prontidão superiormente estabelecidos Frequentou variados cursos de formação, destacando-se os cursos “CMCV Comman-
para cada classe de navios são atingidos, tendo sempre em objectivo o neces- ding Officer” e Minewarfare Staff Officer”, na Escola de Guerra de Minas, na Bélgica, o
sário equilíbrio de desempenho das unidades navais, (...)”. Curso Geral Naval de Guerra, o Curso Complementar Naval de Guerra e o Curso de
Promoção a Oficial General.
24 ABRIL 2010 U REVISTA DA ARMADA Ao longo da carreira foi agraciado com diversos louvores e condecorações.