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Redescoberta da Ribeira das Naus
Por proposta do vice-presidente da Câma- duzida pendente e em Fotos CAB FZ Carmo
ra Municipal de Lisboa, arquiteto Manuel degraus com cerca de
Salgado, teve lugar nas Instalações Cen- 250m de extensão e 15m A obra agora consignada vai decorrer duran-
trais da Marinha (Casa da Balança), em 10 de de largura. Paralelo a esse te este ano e representa um investimento total
janeiro de 2012, a cerimónia de assinatura do plano e junto ao rio será de 10 milhões de euros, dos quais 6,5 milhões
auto de consignação da empreitada “Avanço de construída uma nova via provêm do Quadro Comunitário de Apoio e o
Margem e Nova Ribeira das Naus”, que consti- para circulação automó- restante de capital da autarquia.
tui a primeira fase do projeto “Redescoberta da vel, dando continuid ade
Ribeira das Naus”. ao alinhamento do arrua
mento da Praça do Co-
Após as boas-vindas dadas pelo Chefe do mércio. Colaboração da DIREÇÃO DE INFRAESTRUTURAS
Estado-Maior daArmada,Almirante José Salda-
nha Lopes, o Presidente da Câmara Municipal A segunda fase prevê, REVISTA DA ARMADA • MARÇO 2012 23
de Lisboa (CML), Dr. António Costa, salientou entre outros, a redefini-
e agradeceu à Marinha os esforços e a dispo- ção da barreira de con-
nibilidade dos seus técnicos em colaborar nas trolo da área de segu-
soluções que permitem “devolver o rio Tejo às rança da Marinha com a
pessoas” tendo em consideração as caraterísti- criação de um sistema de
cas especiais de uma área militar. “Vamos ter vedação / portões pivo-
que ir gerindo com a Marinha porque isto não tantes e o desaterro total
é um espaço qualquer, é o espaço onde funcio- da Doca Seca. O projeto
na o Estado-Maior da Armada. Há restrições de inclui ainda a criação de
segurança que têm de ser preservadas, há ativi- dois planos inclinados
dades cerimoniais que a Marinha desenvolve e (rampas varadouro) de
que também têm de ser respeitadas”, explicou. grandes dimensões, com
superfícies relvadas. A
Já o arquiteto João Gomes da Silva, autor do rampa nascente irá alber-
projeto, adiantou que o que se pretende é “re- gar, sob a laje, uma zona
velar o local, através das escavações de várias para estacionamento de
docas, rampas e pontões, ao mesmo tempo que viaturas militares e posto
se cria um espaço público com ligação direta de controlo de acessos.
ao rio”. Assim, a primeira fase da intervenção,
agora adjudicada, consiste nos trabalhos de Embora o protocolo
consolidação e avanço de margem, enquanto inicial previsse a cedência à Marinha do par-
na segunda fase, “Zona de Terra”, terão lugar que de estacionamento do Corpo Santo, a ver-
as escavações. são atual prevê a intenção de, na segunda fase,
se construir um silo automóvel com três pisos
A intervenção da primeira fase pretende a e capacidade para aproximadamente 270 via-
redefinição da linha de costa da cidade com turas, ficando garantidos os 90 lugares já ante-
avanço de margem, com a criação de uma riormente acordados para a Marinha.
plataforma inclinada em direção ao rio, de re-