Page 11 - Revista da Armada
P. 11
primeira instância para estas situações é o USS Comandos NATO são convidados a preencher junto capaz de produzir os desejados efeitos
Mount Whitney, havendo outras alternativas os cargos necessários. para uma campanha conjunta centrada no
como os HMS’s Bulwark, Albion e Illustrious, Decorrente da situação económica global, da ambiente marítimo. Surgiu assim o conceito
do Reino Unido, os SPS’s Galicia e Castilla, da evolução do espectro dos conflitos e da crescen- na NATO, não inovador mas atualizado pe-
Espanha, o ITS Garibaldi, de Itália, o HNLMS te necessidade de evitar baixas por ser cada vez rante os novos desafios da Aliança – Opera-
Johan de Witt, da Holanda, e os FS’s Mistral e menos tolerado pelas sociedades, a tendência ções Expedicionárias Marítimas – e é descrito
Tonnerre, da França. é para que as forças navais assumam um papel da seguinte forma:
Um aspeto de maior relevo a destacar é o mais relevante nos conflitos. Isto porque as ca-
facto da SFN, como elo de ligação “Maritime Expeditionary Operations com-
operacional entre a NATO e a Mari- prise NATO’s ability to project
nha Americana, permitir que forças maritime forces at up to strategic
navais americanas de elevada capa- distance that can deliver decisive
cidade expedicionária, como Gru- joint effects from the sea on land,
pos de Porta Aviões (Carrier Strike at sea, in the air, space and cy-
Groups) ou Anfíbios (Amphibious berspace, with little or no host
Readiness Groups), possam ser dis- nation support. This immediate
ponibilizados à NATO com pouco response capability is built on
pré-aviso. O facto do Comandante rapidly deployable and interop-
da SFN ser Americano e também erable maritime forces including
o COMSIXFLT, isso permite agilizar sea-based strike, initial entry and
rapidamente o processo de transfe- amphibious assets, sustained by
rência de meios, em caso de neces- embedded logistics and com-
sidade. USS Mount Whitney. munications. It provides an ag-
ile and flexible Allied response
Em tempo de paz, a SFN tem um Estado-maior pacidades robustamente existentes nas forças
de 126 elementos que constituem o Peace Esta- navais modernas nos domínios marítimo, aéreo, across the full range of the crisis spectrum”.
blishment (PE), dos quais 7 são da Marinha Por- anfíbio e ciber defesa, permitem que os deseja- A SFN está em plenas funções na sua nova
tuguesa (4 oficiais superiores e 3 sargentos nas dos efeitos sejam eficazmente produzidos em
áreas de Planeamento, Logística Operacional, terra com menor exposição das forças aos ris- casa em Portugal e espera-se que continue por
Informações e Protocolo). Em tempo de crise, e cos e quiçá com menores custos. Naturalmente muitos anos vindouros, não só pela presença de
conforme o nível de exigência, o PE é aumen- que, em fases posteriores, as forças terrestres são uma importante estrutura da NATO no território
tado para o chamado Crisis Establishment (CE). o único garante do estabelecimento do Deseja- português, mas pela importante ligação e troca
O CE é de 165 para o Comando de uma Força do Estado Final, pela capacidade de fixarem no de experiências no âmbito marítimo com o Co-
Tarefa por um Oficial General de 2 estrelas ou terreno os objetivos militares definidos. mando Operacional da Marinha cuja colocali-
de 233 para o Comando de uma Força Tarefa Consequentemente, o SHAPE (Supreme He- zação no Reduto Gomes Freire permite explorar
Expandida por um Oficial General de 3 estrelas. adquarters Allied Powers Europe) incumbiu a com benefícios mútuos.
O reforço do PE para o CE é efetuado por um SFN de desenvolver um conceito que apoie o
processo de augmentation onde as Nações e os estabelecimento de um Quartel-General con- M. Amaral Mota
CFR
STRIKFORNATO – Chefe da Divisão de Logística
CERIMÓNIA DO DIA DO COMBATENTE NA BATALHAo dia 6 de abril realizou-se, no Mos-
teiro de Santa Maria da Vitória, na Ba-
Ntalha, as comemorações do Dia do
Combatente – 9 de abril – Batalha de La Lys gal – o Capitão-Tenente Oliveira e Carmo e
o Capitão Salema de Carvalho, tendo sido
descerradas duas fotos destes heróis junto das
suas condecorações que ali se encontram ex-
da 1ª Grande Guerra. postas.
As cerimónias foram presididas pelo Chefe Os convidados seguiram depois para a Sala
do Estado-Maior General das Forças Arma- do Capítulo (Túmulo do Soldado Desconhe-
das, General Luís Araújo, e esteve presente o cido), onde teve lugar a homenagem aos dois
Secretário de Estado da Defesa Nacional que soldados que ali permanecem em câmara ar-
representou o Ministro da Defesa Nacional. dente, um que morreu na Flandres durante a
A missa de homenagem aos combatentes 1ª Grande Guerra e outro em Moçambique.
que morreram pela Pátria foi celebrada pelo Discursou então o General CEMGFA como
Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal orador convidado e foi feita a deposição de
Ferreira, na qual tomaram parte muitos Nú- coroas de flores por todas as entidades pre-
cleos e Associações de Combatentes com os sentes e associações de combatentes, com os
seus guiões. toques de silêncio e alvorada pela fanfarra do
Estiveram presentes as seguintes entidades Exército.
oficiais: Chefe do Estado-Maior General das A cerimónia terminou com o toque do
Forças Armadas, General Luís Araújo, Chefe Hino Nacional pela Banda do Exército nos
do Estado-Maior da Armada, Almirante Sal- jardins do claustro do Mosteiro.
danha Lopes, Chefe do Estado-Maior do Exér- No fim, realizou-se um almoço de confra-
cito, General Pina Monteiro, e Chefe do Estado- te da Direção Central da Liga dos Combatentes, ternização no Regimento de Artilharia de Leiria,
-Maior da Força Aérea, General Luís Pinheiro, General Chito Rodrigues. que contou com a presença de cerca de 500
os Presidentes da Câmara Municipal de Leiria e Seguiu-se a assinatura do Livro de Honra da combatentes e familiares.
da Batalha, o Diretor Geral da PSP. Liga dos Combatentes no Museu das Oferen-
Perante uma formatura de militares dos três ra- das e uma homenagem a dois militares que
mos das Forças Armadas, discursou o Presiden- morreram heroicamente ao serviço de Portu- Colaboração da LIGA DOS COMBATENTES
REVISTA DA ARMADA • MAIO 2013 11