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REVISTA DA ARMADA | 491

fíbio espanhol), com a participação dos      A crise desenrolou-se entre dois países,    e anti-submarina, e em ambiente de mul-
diversos grupos da Força Tarefa 445, no-   um dos quais Estado-membro da NATO. A         tiameaça. Ainda nesta fase sublinha-se a
meadamente, o grupo anfíbio (TG 445.01),   influência da NATO na região, a perceção      oportunidade de condução de alguns rea-
a força de desembarque (TG 445.02), o      de isolamento e o aumento dos protestos       bastecimentos no mar, durante a noite e o
1º grupo de escoltas (TG 445.03) com o     regionais, levaram ao abandono das ne-        dia, com o reabastecedor francês Marne.
COMSNMG2 embarcado, o 2º grupo de          gociações políticas e ao uso de medidas
escoltas (TG 445.04), o grupo das aerona-  excecionais, ameaçando desta forma a so-        A terceira e a última fase do exercí-
ves de patrulha oceânica (TG 445.06), o    brevivência política do Estado-membro da      cio consistiu numa fase de free-play, de
grupo de reabastecedores (TG 445.07), o    NATO e a estabilidade regional.               modo a permitir o jogo das Regras de
grupo de draga-minas (TG 445.05) e o gru-                                                Empenhamento e a interação das forças
po COMSUBNATO (TG 445.08), estes dois        Terminada a fase de terra, a segunda        e dos comandos da TF 445 com as forças
últimos, sedeados em Cartagena, partici-   fase do exercício foi caracterizada por um    opositoras, tendo terminado com um de-
param por VTC.                             seriado multidisciplinar com o objetivo       sembarque anfíbio e o início da fase de
                                           principal de garantir a integração, a coesão  estabilização na região.
  As unidades e os meios participantes,    e a interoperabilidade das unidades navais
que integraram a TF 445 e os grupos ta-    e dos diversos comandos envolvidos.             Paralelamente, no âmbito do treino e da
refa acima referidos, totalizaram 22 na-                                                 batalha interna, o NOMR 14 constituiu-se
vios, 6 submarinos, diversos aviões de       Assim, foram realizados vários exercí-      como uma boa oportunidade de treino em
patrulha marítima e caças, baseados        cios que abarcaram o treino na guerra         condição geral 1 (postos de combate), em
em terra e embarcados no ESPS Juan         assimétrica, nas diversas disciplinas da      condição geral 2 (bordadas), nas áreas de
Carlos I, e uma força de desembarque       guerra convencional, nomeadamente na          emergência – incidentes de limitação de ava-
com cerca de 1.100 homens.                 guerra anti-aérea e na luta de superfície     rias (incêndios/alagamentos), conventional
                                                                                         weapons incidents, emergência médica, ho-
  O NRP D. Francisco de Almeida inte-                                                    mem ao mar – e noutros aspetos relevantes
grou o grupo Tarefa 445.03, constituí-                                                   do dia-a-dia do navio, tal como é a seguran-
do maioritariamente por escoltas oceâ-                                                   ça para navegar, o carregamento de armas,
nicos da SNMG2, tais como o destroyer                                                    a segurança militar (ameaça de bomba), os
norte-americano USS Leyte Gulf, a fra-                                                   exercícios de eletrotecnia e de máquinas,
gata turca TCG Kemalreis, a fragata ale-                                                 entre muitas outras atividades.
mã FGS Niedersachsen, a fragata cana-
diana HMCS Toronto e as fragatas espa-                                                     Em jeito de conclusão, o NOMR 14 foi um
nholas ESPS Reina Sofia, ESPS Almirante                                                  excelente momento de treino para a guar-
Juan de Borbón e ESPS Mendez Nuñez.                                                      nição do NRP D. Francisco de Almeida, per-
                                                                                         mitindo desta forma consolidar rotinas, pro-
  De modo a tornar o NOMR 14 numa                                                        cedimentos e proficiências coletivas, funda-
representação mais próxima quanto                                                        mentais para a sustentação e a manutenção
possível da realidade político-estratégi-                                                dos padrões de prontidão do navio.
ca contemporânea, foi desenvolvido um
cenário de crise que, no âmbito do ar-                                                                             Colaboração do COMANDO
tigo 5º/não-artigo 5º, exigiu a ativação                                                                 DO NRP D. FRANCISCO DE ALMEIDA
da NRF.

                                                                                         DEZEMBRO 2014            9
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