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REVISTA DA ARMADA | 520
         “NRP SINES”






          CERIMÓNIA DE FLUTUAÇÃO




             o passado dia 3 de maio teve lugar, pelas
         N18h00, nos estaleiros da West Sea em Viana
          do Castelo, a cerimónia de flutuação do terceiro
          Navio de Patrulha Oceânico (NPO), a construção
          nº 8 do estaleiro segundo a contagem reiniciada
          após  a  extinção  dos  Estaleiros  Navais  de  Viana
          do  Castelo  (ENVC).  Esta  cerimónia  foi  presidida
          pelo  Ministro  da  Defesa  Nacional,  Dr.  Azeredo
          Lopes, tendo contado também com as presenças
          da Ministra do Mar, Dra. Ana Paula Vitorino, do
          Almirante  CEMA  e  de  diversas  individualidades
          civis e militares, bem como dos presidentes dos
          conselhos de administração das duas empresas
          que constituem o consórcio construtor do navio,
          o Eng.º Carlos Martins (West Sea) e o Eng.º João
          Araújo (Edisoft).
           A cerimónia foi precedida de um painel de apre-
          sentações às altas individualidades presentes, onde
          foi  realçada  a  importância  do  projeto,  quer  para
          a  Marinha  quer  para  a  indústria  nacional,  tendo
          sido salientado o rigoroso cumprimento do contrato, em prazo e em   navios para a Marinha, mas que foi marcado por atrasos e proble-
          custo, conseguido até ao momento presente.          mas diversos que a gestão atual se esforça vivamente por evitar. O
           A cerimónia propriamente dita constou da primeira atracação do   contrato para a construção dos NRP Sines e Setúbal  entrou em vigor
          navio no cais de aprestamento, saindo da doca de construção, e da   em setembro de 2015, o corte do aço foi iniciado em fevereiro de
          visita a bordo das altas individualidades presentes, tendo a ocasião   2016, o primeiro bloco estava completo em julho do mesmo ano e
          sido abrilhantada pela presença da Banda da Armada, que tocou a   já em novembro começou a assemblagem dos blocos na doca, pro-
          famosa “Marcha dos Marinheiros”, tão cara a todos os que vestem a   cesso este que se completou nas vésperas da flutuação. Esta forte
          farda com o botão de âncora, enquanto o navio fazia a aproximação   cadência de trabalho será para manter ao longo de toda a fase de
          ao cais. À noite, pelas 21h00, a Banda da Armada atuou no centro   aprestamento, sendo que o futuro NRP Sines deverá iniciar as provas
          da cidade, tendo sido especialmente acarinhada e muito ovacionada   de mar em junho de 2018 e um mês depois encontrar-se pronto para
          pela população de Viana do Castelo.                 começar a servir Portugal no Mar. Ou seja, menos de três anos entre
           Recorde-se que o futuro NRP Sines resulta de um contrato para   o arranque do contrato e o navio a operar.
          a construção de dois NPO iguais, tanto quanto possível, aos NRP   Seis meses depois, seguir-se-á o NRP Setúbal.
          Viana do Castelo e Figueira da Foz, construídos pelos ENVC entre                                    
          2004  e 2013 através de um processo do qual resultaram excelentes                    Colaboração da EAF-NPO

          TROIA 17







          “UM EXERCÍCIO DE CADETES PARA OS CADETES”



            Escola Naval, no âmbito do seu Plano Anual de Atividades Escola-  damente, a função de Defesa Militar e o Apoio à Política Externa, servi-
         A res, inserido na vertente de aplicação militar naval, realizou mais um   ram de base ao desenvolvimento das várias etapas do exercício.
          exercício de campo com os seus alunos, na área da península de Troia,   Na madrugada do dia 7 de abril, deu-se início ao exercício simulado
          denominado Troia 17, no período de 7 a 11 de abril. Com este exercício   de ajuda humanitária, designado Humanitarian Aid Exercise (Humanai-
          pretendeu-se que os cadetes exercitassem os conhecimentos adquiri-  dex), exercício com duração de 24 horas, realizado em simultâneo nas
          dos na sua formação militar naval e desenvolvessem as suas competên-  instalações do Ponto de Apoio Naval de Troia (PANTROIA) e no antigo
          cias de liderança e de trabalho em equipa, enquadrado pelo modelo de   Posto  de  Desmagnetização.  Aqui,  os  cadetes,  face  às  necessidades
          liderança funcional adotado pela Escola Naval, nomeadamente ao nível   identificadas, organizaram e implementaram uma estrutura funcional
          do planeamento, organização, execução e controlo. Para o efeito, foi   composta por uma equipa de coordenação (Posto de Comando), qua-
          criado um cenário onde as Funções e Missões do Poder Naval, nomea-  tro equipas de reconhecimento e segurança, seis equipas de busca e


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