Page 13 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 524
Como salvar um camarada –
Suporte Básico de Vida e Oxige-
noterapia
No mar há sempre situações a
que temos que acorrer rapida-
mente para salvar um compa-
nheiro.
Objetivo – Dar especial atenção
a regras e procedimentos rela-
cionados com o suporte básico
de vida e a oxigenoterapia.
A prática do uso do colete salva-
-vidas enquanto meio de salva-
mento
Muitas das mortes que ocorrem
no mar têm como causa a falta
de uso ou uso incorreto do colete
salva-vidas.
Objetivo – Explicar as razões da
utilização do colete e qual a forma correta de o usar. COSTA SEGURA
Foram realizadas diversas sessões junto das principais comu-
nidades piscatórias, estando previstas muitas mais, de modo a O sistema ‘Costa Segura’ tem por objetivo a obtenção do conhe-
chegar a todos os armadores e pescadores de todo o território cimento situacional das zonas costeiras e litorais sob jurisdição das
nacional. Capitanias, recorrendo a um sistema integrado de hardware e soft-
ware, efetivo mas de baixo custo. Esse conhecimento situacional
CIDADANIA MARÍTIMA das zonas costeiras e litorais destina-se a:
• Promover a segurança da navegação (efetuando o seguimento
O programa ‘Cidadania Marítima’ tem como objetivo promo- da navegação numa área restrita, como por exemplo a entrada
ver junto das comunidades uma cultura de segurança de pessoas de uma barra, acompanhando eventuais navios em dificuldade);
e bens, dinamizar o civismo e cidadania e contribuir para a afir- • Suportar ações de busca e salvamento (guiando eventuais
mação das zonas costeiras, enquanto espaços de lazer e diversão, embarcações de socorro); e
alertando as populações para eventuais comportamentos de risco • Apoiar ações de combate à poluição (guiando os navios/embar-
nos espaços do Domínio Público Marítimo e zonas balneares. cações de combate à poluição para as zonas afetadas.
Pretende-se sensibilizar para os direitos e deveres que impen- Complementarmente, pode ainda permitir:
dem sobre cada um de nós, visando, assim, contribuir para que • Monitorizar e eventualmente controlar a navegação; e
a cidadania marítima possa ser, efetivamente, concretizada, ativa- • Detetar atividade ilegal (pesca não autorizada, contrabando,
mente e com responsabilidade. imigração ilegal, pirataria e terrorismo).
Os Comandos Locais da Polícia Marítima têm realizado inúmeras A informação recolhida do radar, da câmara ótica, do AIS e even-
ações de sensibilização por todo o País, incluindo os arquipélagos tualmente do rádio VHF é integrada através de um software desen-
dos Açores e da Madeira, com a participação da comunidade esco- volvido especificamente para o efeito e visualizada na estação de
lar e de inúmeras pessoas ligadas ao mar. comando local. A informação pode também ser visualizada remo-
Este programa tem-se revelado de enorme importância, face ao tamente numa estação central de comando, sendo a informação
tipo de influência que pode ter no âmbito educacional, de apren- transmitida via Internet (protocolo TCP/IP).
dizagem e de evolução pessoal e coletiva, e tem merecido uma O sinal radar, as imagens da câmara ótica, o sinal do AIS e as comu-
grande adesão de todas as comunidades. nicações do rádio VHF são gravados e podem ser reproduzidos pos-
Para além de alertar para a necessidade do cumprimento de teriormente de uma forma integrada. O sistema pretende cobrir as
determinados deveres, e por operar numa lógica de prevenção, zonas costeiras nacionais, incluindo os arquipélagos da Madeira e
estas ações poderão constituir-se como um útil e eficaz instru- dos Açores, priorizando aquelas que implicam necessidades espe-
mento para evitar comportamentos de risco, que podem pôr em ciais (zonas fronteiriças, entradas de barras, fundeadouros).
causa a segurança e o bem-estar, não só das pessoas que os prati- Os radares instalados têm um alcance efetivo de 24 milhas. As
cam, mas também de toda a sociedade. infraestruturas dos faróis, estrategicamente colocados ao longo da
costa, são localizações ideais para colocação das estações locais,
embora não esgotem as soluções possíveis.
Foram elencadas as principais iniciativas que estão atualmente
em curso na Autoridade Marítima, cuja operacionalização pre-
tende contribuir para a diminuição de acidentes, tendo sempre em
vista o superior interesse da salvaguarda da vida humana no mar e
a manutenção dos requisitos de segurança das embarcações e de
todas as pessoas que usam o mar em trabalho ou em lazer.
MAR SEGURO… A SEGURANÇA COMEÇA EM SI
CIDADANIA NO MAR… SEGURANÇA A DOBRAR
Colaboração da DIREÇÃO-GERAL DA AUTORIDADE MARÍTIMA
DEZEMBRO 2017 13