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REVISTA DA ARMADA | 524




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          Entrega do escudete do navio ao MDN.                NRP Douro atracado no cais da Ribeira.

          no rio Douro, o navio singrou o seu primeiro trânsito para norte.   na tolda, tiveram lugar as alocuções do Almirante CEMA e AMN e
          Com os primeiros alvores, descobriu uma barra tapada por um   do Ministro da Defesa Nacional.
          nevoeiro cerrado em que mal se via a buzina de proa; infeliz-  Nas  suas  palavras,  o  Almirante  CEMA  e  AMN  agradeceu  a
          mente, não dispondo de outra maré para entrar, o NRP Douro   presença  das  diversas  entidades  presentes,  nomeadamente
          efetuou  a  sua  entrada  sem  conseguir  aproveitar  a  beleza  das   os representantes das Câmaras Municipais do Porto, de Gaia e
          margens do rio Douro.                               de Matosinhos, o Secretário de Estado da Defesa Nacional e o
           Após atracar no Cais da Estiva da Ribeira, iniciaram-se os pre-  Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, bem como
          parativos para a cerimónia, sob o olhar atento de turistas e habi-  do Ministro da Defesa Nacional, por ter aceite presidir à ceri-
          tantes da cidade do Porto. Com o apoio do Gabinete do CEMA,   mónia. O Almirante CEMA e AMN realçou ainda a importância
          do Comando Naval e do Comando da Zona Marítima do Norte, o   do esforço na continuação da renovação da esquadra, por uma
          dia decorreu dentro da normal azáfama associada à preparação   Marinha pronta, capaz e útil para Portugal e para os Portugueses.
          de um evento protocolar que, sendo a apresentação de um novo   Seguiu-se um Porto de Honra, a acompanhar o Bolo do Navio.
          navio, não deixava de ter uma importância acrescida.  Terminada a cerimónia, o Ministro da Defesa Nacional assinou
           Momentos antes da cerimónia, durante a chegada dos convidados,   o Livro de Honra do navio, tendo reforçado que “ao serviço dos
          decorreu uma breve, mas animada, atuação da Banda da Armada   Portugueses e de Portugal (…) irá com toda a certeza cumprir de
          no Cais da Ribeira, tendo sido bastante aplaudida pelas inúmeras   forma valorosa as suas missões”.
          pessoas que passeavam pela Ribeira naquele fim de tarde.  Aproveitando a oportunidade de estar atracado na Ribeira, o
           O Ministro da Defesa Nacional, Prof. Dr. Azeredo Lopes, enti-  navio abriu pela primeira vez a visitas, tendo recebido mais de
          dade que presidiu à cerimónia, entrou a bordo às 19h30, tendo   2000 visitantes entre cidadãos nacionais e estrangeiros, de todas
          sido recebido pelo Almirante CEMA e AMN. Iniciada a cerimónia,   as idades.


          COMISSÃO NA ZONA MARÍTIMA DA MADEIRA




            hegámos  a  Lisboa  na  madrugada  de  10  de  outubro,  após   Após considerados prontos a 7 de julho, largámos de Lisboa a 28
         Ccumprida  a  nossa  primeira  comissão  na  Zona  Marítima  da   de julho para render o NRP Zaire, que assegurava o dispositivo na
          Madeira.                                            Zona Marítima da Madeira. O período de aprontamento tinha sido
           Com um persistente nevoeiro cerrado em que mal se via o bico   longo e há muito que ansiávamos a nossa primeira missão.
          de proa, a noite tinha sido longa e a entrada no Tejo não se previa   Avistámos a Madeira no dia 30 de julho e fomos prontamente
          melhor. Entrámos a barra cautelosos, com a saudade controlada e   empenhados numa ação de busca e salvamento a norte da Ilha,
          a confiança de uma guarnição treinada, concentrados no rigor e   onde se já se encontrava o NRP Zaire, que mesmo no seu último dia
          na segurança, privados da maravilhosa silhueta de Lisboa, cumpri-  de missão, após 4 meses na área, procurava um pescador que tinha
          mos o nosso planeamento de entrada no rio Tejo em visibilidade   desaparecido. Infelizmente, não tivemos sucesso nas buscas, mas o
          reduzida como treinámos, tendo regressado às famílias que aguar-  infortúnio apenas contribuiu para solidificar a nossa determinação.
          davam pacientemente no cais. O regresso a casa era merecido,   Apenas com o tempo à justa para embarcar o material e pessoal
          tínhamos cumprido a nossa primeira missão no Dispositivo Naval   necessários, partimos para a nossa primeira ida às Ilhas Selvagens
          Padrão, contribuído para o contínuo esforço de controlo e fiscaliza-  para efetuarmos a rendição dos Vigilantes da Natureza e dos agen-
          ção das águas sob jurisdição nacional.              tes da Polícia Marítima que aí prestam serviço. Era uma missão


                                                                                                 DEZEMBRO 2017  9
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