Page 12 - Revista da Armada
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sido utilizadas viaturas dos dica de emergência foi efectuada envolvimento de populares nas
bombeiros portugueses, para a uma evacuação médica por he- tarefas atrás mencionadas.
deslocação e distribuição no lo- licóptero, de dois doentes (trajec- No âmbito das actividades de
cal. Neste particular, é de real- to Oecussi – Dili, cobrindo uma colaboração e cooperação da
çar o aspecto extremamente cí- distância de cerca de 80 milhas). força, foi ainda prestada assis-
vico com que se comportaram tência técnica, na estruturação
todos os abrangidos por esta De realçar que todas estas de uma rede eléctrica provisória
ajuda (na sua maioria mulheres actividades foram executadas para servir o aquartelamento do
e crianças), respeitando uma li- em estreita coordenação com o 3 RAR.
nha organizada pelo pessoal de Comando das Forças Austra- Após este período de intensa
bordo, aguardando paciente- lianas no enclave (3º Regimento actividade, o navio rumou a
mente, e sem atropelos, a sua de Pára-quedistas – 3 RAR), Darwin, para reabastecer e per-
vez. No total foram distribuí- com elementos da guarnição do mitir o descanso da guarnição. Re-
das 1300 sandwiches, 500 bo- HMAS “SIDNEY”, e com as tornará à área de operações no dia
los, 360 chocolates e 900 refri- ONG’s, que forneceram grande 28 de Novembro onde se manterá
gerantes. Evacuação médica parte do material utilizado nos por cerca de quinze dias.
No respeitante ao apoio por helicóptero. trabalhos de reconstrução ou
médico-sanitário, esta tarefa de- reparação provisória. De referir, (Colaboração do NRP “Vasco da Gama”)
correu ao longo dos dias 20 e 21, que muito embora a massa hu-
mas com especial incidência no foram atendidos cerca de 500 mana trabalhadora da comuni- NR: A reduzida dimensão das foto-
primeiro dia, em que num doentes. dade timorense se encontre de- grafias resulta do seu envio pela
período de cerca de 5 horas Ainda no âmbito da ajuda mé- bilitada, tem sido encorajado o Internet.
Protocolo entre a Fundação para a Ciência
Protocolo entre a Fundação para a Ciência
e Tecnologia e o Instituto Hidrográfico
e Tecnologia e o Instituto Hidrográfico
o dia 29 de Outubro, as instala- no Programa Dinamizador das Ciências e
ções do IH foram o palco para a Tecnologias do Mar (PDCTM), foram
Ncelebração de um Protocolo entre focadas, o rejuvenescimento dos recursos
a Fundação para a Ciência e Tecnologia humanos, a simplificação de métodos e a
(FCT), representada pelo Presidente, Prof. racionalização e optimização de equipa-
Doutor Luís Magalhães, e o Instituto Hidro- mentos e dotar o IH de condições que lhe
gráfico (IH), representado pelo Director- permitam colaborar de uma forma efi-
-Geral, Vice-Almirante José Torres Sobral. ciente com a comunidade científica.
A assinatura do Protocolo foi confirma- O Prof. Doutor Mariano Gago, Ministro
da pelo Chefe do Estado-Maior da Arma- da Ciência e Tecnologia, referiu a cele-
da, Almirante Vieira Matias e homologado bração deste Protocolo como a concreti-
pelos Ministros da Ciência e Tecnologia, zação de um anseio e necessidades nacio-
Prof. Doutor Mariano Gago e da Defesa nais que permitirá o crescimento da co-
Nacional, Dr. Júlio Castro Caldas. A assistir encontravam-se diversas munidade científica nacional.
personalidades do seio da comunidade científica nacional. O Ministro da Ciência e Tecnologia pensa que num futuro próxi-
A celebração deste Protocolo tem como objectivo principal o re- mo, seja possível disponibilizar os meios navais nacionais ao nível
forço das capacidades científicas e técnicas em Oceanografia do IH europeu, o que possibilitará, por sua vez, transformar o IH numa
e é constituído primordialmente pelo apoio financeiro do Ministério grande instituição científica.
da Ciência e Tecnologia, através da Fundação para a Ciência e Tec- O Ministro da Defesa Nacional, Dr. Júlio Castro Caldas salientou
nologia (FCT), ao apetrechamento dos navios oceanográficos, classe o facto de a Sociedade de Informação se ter tornado, presente-
D. Carlos I, da Marinha Portuguesa e disponibilizados ao Instituto mente, numa prioridade nacional, o que, associado às condições
Hidrográfico; o acesso da comunidade científica a estas plataformas; internacionais, determina o acesso aos modernos meios de infor-
a formação de técnicos de oceanografia e o apoio à admissão de mação e do conhecimento. A isto acresce o facto de Portugal ter
novos doutorados no IH. uma grande responsabilidade pelas ciências do mar, porque detém
Na opinião do Vice-Almirante Torres Sobral, este acto representa hoje a maior zona económica exclusiva da Comunidade Europeia.
uma visão ampla e de longo prazo que permitirá ao IH desenvolver A esta realidade não fica alheio o seu Ministério que pretende
os núcleos de investigação que já existem, mas não têm tido o assumir uma posição de vanguarda.
apoio suficiente. O conhecimento e experiência que o IH tem vindo
a adquirir ao longo do tempo através da cooperação que tem efec- Este Protocolo representa o apoio do MCT ao único Laboratório
tuado com a comunidade científica, permitem ao Instituto ser um de Estado do MDN e também o interesse que as Forças Armadas
pólo dinamizador do desenvolvimento das ciências do mar, o que, têm no reforço das suas capacidades de investigação e desenvolvi-
mento tecnológico. O Ministro da Defesa Nacional terminou dizen-
com este protocolo pode ser aumentado. Por outro lado, haverá
agora condições para criar um laboratório de instrumentação do que tudo fará para apoiar a comunidade científica do mar e
oceanográfica. expressou o desejo que este protocolo seja o início de uma coope-
Na opinião do Prof. Doutor Luís Magalhães, este protocolo inclui ração duradoura entre a comunidade científica e a Marinha, repre-
um conjunto de medidas integradas que reforça o papel do IH sentada pelo IH.
como Laboratório de Estado perante a comunidade científica.
Como prioridades a serem atingidas e que se encontram expressas (Colaboração do IH)
10 JANEIRO 2000 • REVISTA DA ARMADA