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EXERCÍCIO INSTREX 02/02
                        EXERCÍCIO INSTREX 02/02




              e 25 a 29 de Novembro de 2002
              decorreu, em águas nacionais do
        DContinente, o exercício INSTREX
         02/02, que envolveu os seguintes meios:
           - Uma força naval nacional formada pelos
         NRP “Corte Real” (com o CTG 443.03 embar-
         cado), NRP “Comandante Sacadura Cabral” e
         NRP “Comandante Hermenegildo Capelo”
           - NRP “Delfim”, NRP “Afonso Cerqueira”,
         NRP “João Coutinho” e NRP “Sagitário”,
         actuando como força opositora
           - NRP “Schultz Xavier” e NRP “Bacamarte”
         para apoio de algumas séries específicas
           - 1 aeronave FTB, 4 caças F-16, 4 caças
         A-Jet e 1 avião de patrulha marítima P3P da
         Força Aérea Portuguesa
           - 1 avião de patrulha marítima CP-140
         AURORA canadiano
           - Uma força espanhola participante no exer-
         cício GRUFLEX 02/02, composta pelos SPS
         “Galicia”, SPS “Hernan Cortés”, SPS “Marqués  O NRP “Corte Real”.
         de Enseñada”, SPS “Baleares”, SPS
         “Andalucia”, “SPS “Victoria”, ITS “San Giusto”  O exercício consistiu, basicamente, de um  lado devido às adversas condições meteo-
         e SPS “Tonina”.                    programa seriado que, para além das habituais  rológicas. Em sua substituição, foi incluído no
           O Comandante da força naval portuguesa  séries de luta de superfície, anti-aérea (incluín-  programa seriado, o lançamento de um tor-
         (CTG 443.03) foi o CMG Almeida Gonçalves,  do defesa anti-míssil) e anti-submarina, incluiu  pedo MK 46 pelo helicóptero embarcado no
         que embarcou com o seu estado-maior no  treino de protecção de força contra acções ter-  NRP “Corte Real” (IZZY) e que foi realizado
         NRP “Corte Real”.                  rorista conduzidas a partir de aeronaves ou  com sucesso.
           O objectivo do exercício foi dar treino às  embarcações. Nestas séries foi dada especial  O ponto alto do INSTREX 02/02 viria a
         unidades navais no âmbito da manutenção e  importância ao jogo de regras de empe-  ocorrer no seu penúltimo dia, no decurso de
         melhoramento dos padrões de prontidão  nhamento, que visou testar a capacidade de  uma longa série de multi-ameaça conduzida
         operacional, tendo em vista o seu emprego em  controlar e dosear a proporcionalidade do uso  pelo NRP “Corte Real” e que, sempre em pos-
         missões específicas e a sua eventual integração  da força numa situação escalatória.  tos de combate e “tomado de assalto” por
         em forças navais. Outros objectivos incluíram  Outra novidade introduzida foi a utilização  algumas dezenas de avaliadores do Depar-
         o Treino Assistido do NRP “Corte Real”, o  do sonar SQS 510 das fragatas da classe  tamento de Treino e Avaliação da Flotilha,
         Curso de Comandantes de Submarino, a fase  “Vasco da Gama” na detecção de minas, si-  cumpriu galhardamente o seu papel, enquanto
         final do Plano de Treino Operacional do NRP  muladas por alvos sonar colocados pelo NRP  “choviam” ataques aéreos, submarinos e de
         “Schultz Xavier”, a colaboração com a Força  “Schultz Xavier”.        superfície.
         Aérea no lançamento de um torpedo MK 46 e  Foram também realizadas séries de fogo de  Na madrugada de 28 para 29, foi efectua-
         um torpedo HOTTORP por um avião de  artilharia utilizando o método de tiro desvia-  do um treino de oportunidade com uma
         patrulha marítima P3P ORION, e a partici-  do. O lançamento de torpedos de exercício  TG espanhola (a participar no exercício
         pação no exercício espanhol GRUFLEX 02/02.  pelas unidades navais acabou por ser cance-  GRUFLEX 02/02) em trânsito nas águas
                                                                               nacionais, em que as três fragatas portugue-
                                                                               sas, apoiadas pelo IZZY e pela aeronave de
                                                                               patrulha marítima canadiana, se “bateram”
                                                                               contra quatro navios anfíbios, um reabaste-
                                                                               cedor de esquadra, três fragatas, um sub-
                                                                               marino, um avião de patrulha marítima e
                                                                               vários helicópteros. Este combate desigual
                                                                               acabou por não ser conclusivo, uma vez
                                                                               que a pequena força portuguesa, por impe-
                                                                               rativos de cumprimento da série seguinte
                                                                               (em que estariam envolvidos aviões da
                                                                               FAP), teve de abandonar a área de exercício
                                                                               meia hora antes do final do exercício.
                                                                                 No final da tarde do dia 29, após um exer-
                                                                               cício de manobras e evoluções para adestra-
                                                                               mento dos Oficiais de Quarto à ponte, a
                                                                               força iniciou a entrada da barra do porto de
                                                                               Lisboa, o que encerrou a fase de mar do
                                                                               INSTREX 02/02.

         O Helicóptero em operações de voo.                                                  (Colaboração do CTG 443.03)
         10 FEVEREIRO 2003 • REVISTA DA ARMADA
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