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serviço nos submarinos da classe Foto Júlio Tito mente. De referir que toda a acti-

“Albacora”. Concebido na déca- vidade operacional de 2009 teve

da de sessenta do século XX, na sob pano de fundo uma Esquadri-

1ª década do século XXI ainda se lha em profunda transformação

encontrava operacional. de pessoal e infra-estruturas.

Foi com o propósito de guar- Vogando as águas doTejo, avis-

dar para a posteridade e testemu- tou-se ao longe, por fim, o canal

nhar a complexidade da vida a do Alfeite. A tristeza e melancolia

bordo deste tipo de plataforma tomaram conta de todos os sub-

concebida há quase meio sécu- marinistas que assistiam às derra-

lo que embarcou, na tarde do deiras jardas de navegação do seu

dia 10 de Dezembro, ao largo de “Barracuda”.

Portimão, com o apoio da Poli- Com o fim da missão do NRP

cia Marítima, uma equipa de re- “Barracuda” ao serviço da Ma-

portagem do SIRP- GABCEMA. rinha Portuguesa, no dia 11 de

Durante a manhã do dia 11, já Dezembro, volvidos 42 anos,

ao largo do cabo Espichel, foi encerra-se um palco de inco-

o “Barracuda” sobrevoado por mensurável esforço, dedicação e
um P3P da FAP que, na véspera, A última guarnição do “Barracuda”. empenho de inúmeras gerações

tendo tido conhecimento da última navega- do mundo. O navio perfez em 2009, 122 dias de marinheiros que serviram durante muitos

ção deste seu playmate, decidiu bater asas de maré 2408 horas de navegação tendo per- anos de actividade no derradeiro submari-

e voar, para com ele partilhar seus últimos corrido mais de 13000 milhas, atingindo a 4ª no da classe “Albacora”, do tipo “Daphné”,

momentos de glória. melhor marca da sua vida operacional, pois ainda ao activo com grande sacrifício para a

Pelas 13h30 do dia 11 de Dezembro, úl- os já longínquos anos de 1987 e 2001 haviam guarnição e respectivas famílias.

timo dia desta missão, a equipa do SIRP foi sido os anos de “prata” e “ouro” respectiva- Bem hajam todos aqueles que neste subma-

reforçada por uma embarcação rino serviram a Marinha e se os na-

da Policia Marítima com came- NRP “BARRACUDA” vios têm alma poder-se-á dizer:
ramen, os quais recolheram para – Descansa NRP “Barracuda”

a posteridade imagens e testemu- HORAS NAVEGAÇÃO ............................................52 411 pois cumpriste como poucos a
nhos de vidas literalmente entre- HORAS IMERSÃO...................................................35 725 tua missão.
gues aos submarinos. Imagens do
Z

NRP “Barracuda” regressando a MILHAS PERCORRIDAS........................................262 140 (Colaboração da

Lisboa. Lisboa…o melhor porto ESQUADRILHA DE SUBMARINOS)

ALM CEMA despede-se do NRP “Barracuda” no mar

No passado dia 26 de Janeiro, o Almi- reu demoradamente os vários compartimentos do Posto de Controlo da Plataforma, do Posto
rante Chefe do Estado-Maior da Ar- de bordo, observando o funcionamento dos
mada visitou o NRP “Barracuda” no Motores Eléctricos Principais, dos Geradores, de Comando e do Sistema de Armas. A opor-
decurso da sua derradeira missão.
Esta visita ganhou um significado tunidade foi também de contacto com alguns
muito especial por ter ocorrido no
mar, em ambiente operacional, e Fotos 1SAR FZ Pereira dos equipamentos mais recentes,
por constituir ao mesmo tempo, a
última navegação dos submarinos só existentes a bordo do Barracuda,
da Classe “Albacora”.
como o gónio acústico VELOX e o
O embarque decorreu em Setú-
bal, tendo o almirante CEMA sido sonar LOPAS, este último respon-
acompanhado pelo Comandan-
te da Flotilha e pelo Comandante sável pelo “salto” qualitativo nos
da Esquadrilha de Submarinos. O
planeamento do embarque pre- conhecimentos e experiência do
viu, entre outras actividades, a na-
vegação em águas restritas e em pessoal torpedeiro-detector, deter-
imersão, bem como a participação
num exercício com o NRP “Barto- minante na aquisição de valências
lomeu Dias”.
para a exploração operacional da
Durante o período em que o
submarino esteve em imersão, o Classe “Tridente”.
ALM CEMA contactou de perto
com os procedimentos de bordo, A oportunidade foi também de
seja a nível operacional de com-
pilação do panorama de superfí- contacto com a guarnição, permi-
cie e da produção da solução de
fogo com métodos passivos, seja tindo diversas interacções com todo
de controlo da plataforma. Percor-
o pessoal num sinal de comunhão

gratificante para todos.

O Almirante CEMA desembar-

cou a meio da tarde, deixando a

bordo um sentimento de agrade-

cimento a todos os submarinistas,

mas também de emoção por ter

partilhado os últimos momentos

de vida operacional dos submari-

nos da Classe “Albacora” e em par-

ticular do “Barracuda”, o qual tem

em comum com o Almirante Melo

Gomes o mesmo número de anos

ao serviço da Marinha. Z

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