Page 9 - Revista da Armada
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Prova de resistência em imersão profunda
No passado dia 22 de novembro, no Cais
6 Sul da Base Naval de Lisboa, apitou Depois do CALM Mina Henriques desembar- tais como a gestão dos diversos gases do ar am-
à faina no NRP Arpão, para o início car, o NRP Arpão entrou em imersão, perma- biente, a capacidade de manter em funciona-
de mais uma navegação com diversas tarefas necendo nesta situação por um período cinco mento um sistema complexo como a FuelCell
atribuídas em que se incluía a operação pro- vezes superior aquele que fora anteriormente e a capacidade de um conjunto de homens
longada do sistema de células de combustível atingido pelos submarinos da classe Albacora, permanecer num espaço exíguo sem contac-
(FuelCell), testando mais uma das capacidades assinalando-se, assim, o período mais exten- to com o exterior (salientando-se a impossibi-
dos submarinos da classe Tridente, so em que um submarino português se man- lidade de fumar, o que para alguns elementos
missão inserida no quadro das pro- teve em imersão, sem qualquer contacto com
vas de receção do navio. a atmosfera exterior. A grande maioria daquele constituiu um desafio enorme), tendo
tempo foi passada em imersão profunda no de- ficado o sentimento claro de que se
Numa navegação que contou com sempenho das diversas tarefas atribuídas, entre teria conseguido superar esta marca.
a presença do Comandante da Floti- as quais a realização de alguns exercícios de
lha, CALM Mina Henriques, embar- oportunidade com outros navios estrangeiros Considerando que o registo máxi-
caram 4 oficiais superiores da equipa de passagem por águas nacionais. mo anterior fora atingido estando o
de avaliação do CITAN (EACITAN), navio assente no fundo e em estado
no intuito de se familiarizarem com Durante este período, conseguiram atingir-se de “consumo mínimo”, esta marca
a realidade submarina e iniciar-se um vários objetivos e ultrapassaram-se várias metas assume uma maior relevância, de-
novo ciclo no Treino e Avaliação dos monstra claramente a eficácia do sis-
submarinos, um oficial submarinista tema AIP (Air Independente Propul-
da Marinha Espanhola, no âmbito da sion) e é mais uma prova das imensas
salutar e antiga política de coopera- capacidades que estas plataformas
ção entre as Esquadrilhas de Submari- possuem, assim como da proficiência
nos Ibéricas, uma equipa de técnicos de operação dos militares que servem
do estaleiro alemão (HDW) e ainda nestes navios.
um grupo de alunos do 2º Curso de Especiali-
zação em Submarinos da classe Tridente. Apesar de se ter atingido um feito
único em quase um século de histó-
Depois de terem presenciado diversas ações ria da Arma Submarina Portuguesa, ficou pa-
a bordo, os elementos da EACITAN desembar- tente que esta é uma meta facilmente superá-
caram no rioTejo, tendo o navio prosseguido o vel, tanto pelas capacidades da plataforma e
seu trânsito até Sesimbra. Neste trajeto, foram dos sistemas, como pela vontade, capacidade
realizadas diversas atividades de caráter opera- e dedicação dos seus militares fazendo jus a
cional interno a fim de testar algumas das capa- um lema submarinista:
cidades desta classe de submarinos. Submariners go deeper and stay longer.
Colaboração do COMANDO DO NRP ARPÃO
Cerimónia de encerramento
do Simulador de Voo do Lynx Mk95
Realizou-se no 20 de janei-
ro de 2012 a cerimónia de ve no simulador, o que melhorará
encerramento do Simula- o treino, segurança e reduzirá as
dor de Voo Lynx no “Joint Lynx horas de voo reais.
Simulator” localizado na Mariti-
me Air Station De Kooy, em Den Com as melhorias previstas
Helder – Holanda, tendo estado no sistema de simulação visual
a Marinha Portuguesa representa- e com a integração do cockpit
da pelo Diretor de Navios, CALM do Mk95, a Marinha Portuguesa
Garcia Belo, e pelo Comandante passará a dispor de uma capaci-
da Esquadrilha de Helicópteros, dade de excelência na formação
CFR Conceição Lopes. e treino das suas tripulações de
helicóptero.
O Simulador deVoo do Lynx, gerido por um con- A inclusão do simulador na formação e treino das
sórcio constituído pela Holanda, Noruega, Dina- tripulações de helicópteros é de elevada relevância
marca eAlemanha, tem sido utilizado pela Marinha em parte devido à exigente panóplia de emprego do
Portuguesa na formação e treino básico das suas tri- helicóptero naval em situações tais como operações
pulações desde 1994. embarcadas, voo noturno, luta anti-submarina, luta
anti-superfície, voo de instrumentos, e à possibilida-
O motivo do encerramento deve-se à saída da Ho- de de treino de emergências que não são possíveis
landa e Noruega do consórcio prevista para 2012, reproduzir no helicóptero real, potenciando desta
levando à transferência do simulador para a Alema- forma a segurança de voo.
nha.Após a relocalização naAlemanha, Portugal irá Em Junho de 2012 está previsto a reactivação
pertencer ao consórcio juntamente com Alemanha do simulador na Naval Air Station em Nordholz
e Dinamarca, passando a dispor de uma configura- – Alemanha.
ção do Lynx Mk95 da Marinha Portuguesa, facto que
proporcionará um treino tático avançado da aerona-
Colaboração da ESQUADRILHA DE HELICÓPTEROS
REVISTA DA ARMADA • ABRIL 2012 9