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REVISTA DA ARMADA | 510

SWORDFISH 2016

EXERCÍCIO

                                                                                                                                    Foto 1SAR A Ferreira Dias

No âmbito da preparação da Marinha Portuguesa para a res-            A PRTMARFOR foi comandada pelo CMG Oliveira Silva, que
     posta a cenários de crise, realizou-se, no período compre-    embarcou com o seu estado-maior no NRP Vasco da Gama.
endido entre 20 de junho e 1 de julho, o exercício SWORDFISH
2016 (SF16), sob a responsabilidade do CTF 443, VALM Pereira       MEIOS E ESTRUTURA DO EXERCÍCIO
da Cunha, e integrado no ciclo anual de aprontamento de forças.
                                                                     Este ano estiveram envolvidos no SF16 mais de 1600 militares,
   Este exercício, que se realiza normalmente a cada dois anos,    que treinaram de forma a manter os padrões de prontidão ope-
foi realizado numa abrangente área de operações navais na costa    racional estabelecidos. A componente de forças navais foi cons-
oeste e na costa sul portuguesa. Várias disciplinas da guerra na-  tituída por um total de 13 meios navais de Portugal e Espanha.
val foram exercitadas, com realce para a vigilância e interdição
de espaços marítimos, operações anfíbias e operações de forças       No que respeita à componente anfíbia, o exercício contou com
especiais.                                                         a participação do ESPS Galicia, que permitiu a condução de ope-
                                                                   rações anfíbias pelos Fuzileiros em combinação com a companhia
   O objetivo principal do SF16 foi testar e aperfeiçoar as ca-    de Infantaria de Marinha da Armada Espanhola, para além de ter
pacidades da Força Naval Portuguesa (PRTMARFOR) e do esta-         servido de base a forças de mergulhadores envolvidas em ações
do-maior embarcado na condução de operações navais, bem            em terra ou no mar. A força de desembarque foi comandada pelo
como a sua integração com outros comandos participantes no         CFR FZ Martins de Brito, que embarcou com o seu estado-maior
exercício: da força de desembarque, da força de operações es-      no ESPS Galicia.
peciais e do submarino participante no exercício, tendo sido
para este efeito criado um cenário fictício que teve em conta o      A componente de Operações Especiais foi constituída por
ambiente internacional e as atuais ameaças difusas do mundo        um Special Operations Maritime Task Group (SOMTG), escalão
real.                                                              máximo de força gerado pelo Destacamento de Ações Especiais
                                                                   (DAE). A SOMTG conduziu operações complexas no mar, na costa
   Durante o SF 16 foi também possível proceder à certificação da  e em terra, realizando todo o espectro de tarefas de operações
Força de Fuzileiros nº 3, constituída no âmbito da reestruturação  especiais, nomeadamente reconhecimento especial e ações di-
em curso no Corpo de Fuzileiros.

10 AGOSTO 2016
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