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REVISTA DA ARMADA | 510

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dade política resultante das últimas eleições. Destes factos resul-     Para tal, a Companhia de Infantería de Marina foi projetada para
tou uma escalada de violência com graves consequências para as          terra e montou um dispositivo de segurança e controlo na área en-
populações e estabilidade da região. Devido à rutura total entre        volvente da refinaria criada pelo cenário, enquanto a Companhia
as partes envolvidas, o governo de Summerland solicitou apoio           de Fuzileiros se constituiu como reserva, permanecendo embarca-
às Nações Unidas que, através de uma resolução do Conselho              da em prontidão para responder a qualquer eventualidade, o que
de Segurança decidiu destacar uma força naval multinacional             acabou por acontecer no terceiro dia do exercício quando se dete-
comandada por Portugal, com o propósito de garantir o cumpri-           tou a presença de um “Posto de Comando” do TLF nas imediações
mento das resoluções impostas por este.                                 de Murta, que foi neutralizado pela Companhia de Fuzileiros.

  A força naval constituída logrou cumprir, na íntegra, a missão          No dia 30 de junho teve lugar uma demonstração naval com a
de manter uma zona de exclusão, assegurando nessa região o              presença do Secretário de Estado da Defesa Nacional, do Almi-
controlo do mar, incluindo controlo e neutralização de ameaças          rante Chefe do Estado-Maior da Armada, do Comandante Naval
em terra, fazendo assim cumprir o embargo imposto pela resolu-          e ainda de alguns adidos de defesa e navais de embaixadas de
ção do Conselho de Segurança das Nações Unidas a todo o ma-             países amigos sediadas em Lisboa.
terial militar destinado às forças terroristas no país fictício desig-
nado por Summerland.                                                    CONCLUSÃO

  À Força de Desembarque, constituída por um Elemento de Ma-              O SF16 revelou-se uma excelente oportunidade de treino para
nobra (composto por uma Companhia de Fuzileiros e por uma               todos os meios envolvidos, tendo a Marinha assinalado, uma
Companhia de Infantería de Marina), um Elemento de Apoio de             vez mais, a importância que o treino assume na obtenção dos
Combate (com valências de Reconhecimento, Anti-Carro e Mortei-          padrões de prontidão operacional estabelecidos, que permitirão
ros), um Elemento de Assalto Anfíbio e um Elemento de Apoio de          desempenhar as tarefas que venham a ser cometidas aos meios
Serviços em Combate (sustentação logística e apoio sanitário), per-     operacionais, com segurança, eficácia e eficiência.
fazendo um total de aproximadamente 200 operacionais, foi atri-
buída a responsabilidade de implementar a zona de exclusão em             A missão foi cumprida com sucesso, tendo o profissionalismo
terra, garantindo a segurança das instalações da “Refinaria de Pi-      de todos os militares envolvidos sido digno de destaque.
nheiro da Cruz” e, simultaneamente, neutralizar a ameaça repre-
sentada pelo grupo terrorista “TROYLAND Liberation Front” (TLF).                                                                   Colaboração do CTG 443.20

12 AGOSTO 2016
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