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REVISTA DA ARMADA | 510
NRP TRIDENTE
MISSÃO NO BÁLTICO
PARTE 1
Na manhã de 16 de maio de 2016, na presença do Secretá- bilidade e capacidade de atuação da aliança face a eventuais
rio de Estado da Defesa Nacional, do Almirante Chefe do ameaças na sua fronteira a leste.
Estado-maior da Armada, do Almirante Chefe do Estado-Maior
do Comando Conjunto para as Operações e do Almirante Co- A atual postura da Federação Russa, mais assertiva e mais
mandante Naval, largava do cais 6 sul da Base Naval de Lisboa, próxima das populações russas residentes nas nações contí-
depois de trinta dias intensos de manutenção e preparativos, o guas às suas fronteiras ocidentais, em alguns casos atingindo
NRP Tridente para a sua próxima missão: Emprego de um sub- perto de 30% da população de algumas nações aliadas na re-
marino no mar Báltico, participando nas medidas de tranqui- gião, e as recentes crises na Crimeia e fronteira leste da Ucrâ-
lização (Assurance Measures) no âmbito do Readiness Action nia trouxeram de novo o foco para as operações militares e a
Plan (RAP) da OTAN e no exercício BALTOPS 16. necessidade de demonstrar a capacidade da NATO para res-
ponder a ameaças convencionais, após mais de uma década
Este exercício, atualmente dos mais antigos realizados sob a em que o centro das atenções foram a pirataria e o terrorismo.
égide da Aliança Atlântica e agora enquadrado nas Assurance É neste enquadramento que o estado Português, em cumpri-
Measures, visa em simultâneo garantir a liberdade de nave- mento das suas obrigações internacionais, atribui ao NRP Tri-
gação nas confinadas águas do mar Báltico e tranquilizar os dente, sob o Comando Operacional do Estado-Maior General
parceiros NATO e nações amigas da região quanto à disponi- das Forças Armadas, a missão de participar no exercício BAL-
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