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REVISTA DA ARMADA | 512







          MISSÃO NAFO 2016








           Na manhã do dia 24 de junho, pelas dez horas, o NRP Viana do Castelo iniciou a MISSÃO NAFO16, rumo aos Grandes Bancos de
          Pesca da Terra Nova. Para a realização da missão, no período de 24 de junho a 23 de julho de 2016, o navio contou com a participação
          de 49 militares da guarnição, 12 cadetes do 3º ano do Curso “Capitão-de-Mar-e-Guerra Henrique Quirino da Fonseca”, que realizavam
          neste mesmo período a sua viagem de Instrução de final de ano, um elemento coordenador da Agência Europeia de Controlo de Pes-
          cas (EFCA), e ainda 4 inspetores de pesca, dois deles de nacionalidade estónia. Uma vez mais, e à semelhança do que se tem verificado
          nos anos anteriores, esta missão constituiu um grande desafio para o navio bem como para a guarnição no cumprimento das duas
          grandes tarefas, fiscalização na área NAFO e Viagem de Instrução.


































             Missão NAFO encontra-se integrada no Plano de Ação Con-  Sublinha-se que o NRP Viana do Castelo foi construído nos Es-
         Ajunta  (JDP  –  Joint  Deployment  Plan),  sob  coordenação  da   taleiros Navais de Viana do Castelo em 2010, com deslocamento
          EFCA em colaboração com a Direção-Geral de Recursos Naturais,   de 1850 toneladas, possuindo dois motores diesel Wartsila, dois
          Segurança e Serviços Marítimos, no âmbito da participação ati-  motores elétricos Magnetti Marelli e uma peça OTO MELARA 30
          va da União Europeia para a North Atlantic Fishing Organization   mm.
          (NAFO). Neste contexto, a Marinha Portuguesa assume um papel   O  planeamento  das  fiscalizações  foi  assumido  como  a  fase
          fundamental disponibilizando, anualmente, uma unidade opera-  mais  importante  do  processo,  o  qual,  muito  suportado  pelas
          cional que garante o necessário apoio e suporte aos inspetores   capacidades satélite disponíveis a bordo, não só permitia o es-
          da EFCA, permitindo que estes conduzam as ações de fiscalização   clarecimento da sea picture, como também garantia a troca de
          e monitorização nas áreas de pesca NAFO.            informação com as autoridades canadianas, já que se encontra-
           A Viagem de Instrução dos Cadetes do 3º ano da Escola Naval   vam na área 2 navios da Coast Guard Canadiana em ação de fis-
          facultou aos cadetes um contacto muito próximo com a vida a   calização. O Chefe de Operações/Oficial Navegador do NRP Viana
          bordo proporcionado por uma elevada taxa de navegação, tendo   do Castelo e o Coordenador EFCA reuniam-se diariamente para
          sido ministradas diversas palestras e atividades de forma a en-  debater, escolher os alvos a fiscalizar no dia seguinte e falar sobre
          grandecer a sua formação.                           as lições aprendidas registadas nas fiscalizações anteriores; este
           Esta terceira missão veio confirmar as excelentes capacidades   processo terminava com apresentação dos alvos, janelas de tem-
          que possui a classe Viana do Castelo para este tipo de tarefas, a   po para efetuar a fiscalização (fiscalizações com duração entre 4
          sua capacidade de projeção aliada às condições de habitabilida-  a 5 horas) e da sugestão de navegação para as próximas 24 horas
          de garantem as condições ideias para quem planeia, executa as   tendo em conta os fatores meteoceanográficos versus posição
          fiscalizações e monitoriza esta atividade.          geográfica dos alvos.



         6    NOVEMBRO 2016
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